Tudo indica que os professores de Campo Grande irão se posicionar contrários ao projeto de lei 219, conhecida como Lei Harfouche, do deputado estadual Lídio Lopes (PEN) que dispõe sobre reparação de danos na rede escolar pública de Mato Grosso do Sul. Debate para encaminhamento de proposta começou há pouco no Sindicato Campo-grandense de Professores (ACP).
O presidente da entidade, Lucílio Nobre explica que debate definirá o posicionamento dos professores e então, votação decidirá que medida será adotada. "A certeza é que vamos sair daqui com uma proposta no que se refere à indisciplina e vandalismo nas escolas", afirmou.
Para a professora de Psicologia, Adriana Bassar, a proposta de lei fere artigos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) no que se refere à não colocar os jovens em situações vexatórias. "Não basta punir o aluno para evitar vandalismo e desrespeito, precisa ter caráter educativo", sustentou.
Mesma opinião é da professora aposentada, Antônia Joana da Silva. "Pra mim a lei é um equívoco, porque já começa discriminando ao prever punição somente a alunos das escolas públicas e depois, não apresenta uma abordagem pedagógica, apenas de castigo", afirma.
O deputado Pedro Kemp (PT), que é contrário à lei, foi convidado a falar sobre seu posicionamento. À imprensa, ele afirmou que já escreveu um projeto substitutivo ao atual, que não prevê punições e atende o ECA.