Os 17 vereadores suspeitos de venderem votos para cassar o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP) poderão ter novo pedido de afastamento feito pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) ao TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul). A informação é do responsável pela operação Coffee Break, promotor Marcos Alex Vera que, na manhã de ontem (01), informou ser necessária a retirada dos vereadores dos cargos para melhor “condução da investigação”. “Fiquei sabendo pela imprensa do indeferimento do afastamento que eu continuo reputando como necessário para uma segunda fase investigativa”, defendeu.
Nesta etapa da Coffee Break, celulares desses vereadores estão sendo periciados pelo Instituto de Criminalística que, amanhã (02), deve entregar os laudos ao Gaeco. “Esse material que foram extraídos dos celulares nós já percebemos que em várias conversas trocadas possuem pertinência no objeto de investigação. Tudo isso vai ser cortejado com provas testemunhais, com provas de interceptação telefônica e, também, com provas decorrentes da quebra de sigilo bancário e fiscal que foi autorizado pelo poder judiciário”, relatou.
Além dos dados bancários dos vereadores, Marcos Alex comentou ter em mãos a quebra do sigilo de três empresas e de ao menos 20 pessoas físicas.
(*) A reportagem, de Tavane Ferraresi e Gabriela Couto, está na edição de hoje do jornal Correio do Estado.