Cidades

COVID-19

A+ A-

Promotores vêem passageiros em risco e pedem multa diária de R$ 50 mil à prefeitura e consórcio

Superlotação de ônibus, aglomerações em terminais e higienização precária foram constatadas em vistorias técnicas em abril e maio

Continue lendo...

As aglomerações recorrentes nos pontos de ônibus, terminais do transporte coletivo e - em alguns casos - dentro dos veículos, levou o Ministério Público de Mato Grosso do Sul a ingressar com ação civil pública contra o município de Campo Grande e o Consórcio Guaicurus para que os decretos municipais e as recomendações da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) e de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (Semadur) para evitar a disseminação do coronavírus na cidade, sejam devidamente cumpridas e fiscalizadas. Na ação assinada pelos promotores Filomena Aparecida Fluminhan e Fabrício Proença Azambuja, o Ministério Público pede que a prefeitura da Capital e o concessionário do transporte sejam multados em R$ 50 mil por dia em caso de descumprimento das ações preventivas e de biossegurança já estabelecidas durante a pandemia.  

Os promotores pedem para que, em no máximo 48 horas (caso o pedido seja atendido pelo juiz) a Agência Municipal de Transporte e Trânsito e o Consórcio Guaicurus façam cumprir três decretos municipais e uma resolução conjunta das secretarias de Saúde e de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano, sobre higienização dos pontos de ônibus, dos terminais e da frota, que impeçam a circulação dos ônibus com número passageiros acima do permitido, e que observem e fiscalizem o devido uso de máscaras. Vistorias técnicas do Ministério Público realizadas em todos os terminais da cidade, nos meses de abril e maio, verificaram que os decretos municipais não estão sendo cumpridos.

Além disso, os promotores de Justiça pedem para que, em um prazo de dez dias, o município e o Consórcio Guaicurus elaborem um plano de biossegurança para o transporte coletivo, e que apresente o mesmo em até 10 dias. O terceiro pedido é que este plano tenha ampla divulgação na imprensa e nos pontos de embarque.  

Dentre outras medidas, o Ministério Público Estadual pede a Judiciário para que o Consórcio Guaicurus cumpra os decretos já existentes, e que a prefeitura de Campo Grande, cumpra seu papel (e poder de polícia) de fazer valer as regras dos próprios decretos que edita. Sobre a implantação do Plano de Biossegurança, ele deve observar regras mínimas, como o distanciamento social de 1,5 metro entre os usuários do transporte, disponibilização de itens sanitizantes como lavatórios com água e sabão nos terminais, e de álcool em gel 70% nos terminais de transbordo e dentro dos veículos, além de sinalização horizontal nos pontos de embarque e nos terminais para evitar aglomerações.

INSALUBRIDADE

Em vistorias técnicas realizadas no mês passado e no início deste mês, os técnicos do Ministério Público Estadual flagraram várias irregularidades, como por exemplo, 20 pessoas em pé em um ônibus da linha 075 no Terminal Guaicurus. Decreto autoriza, no máximo, 7 pessoas em pé transportadas nos veículos de maior porte, como o que o opera esta linha. Todos os passageiros devem usar máscara, descumprimento que também foi constatado.  

Nos terminais, a situação verificada beira a insalubridade, segundo os promotores de Justiça. No Terminal Guaicurus, por exemplo, os banheiros estão trancados, e as chaves estão com os responsáveis pelas obras. Além disso, não foram encontrados qualquer lavatório com fornecimento de água e sabão para os usuários do transporte nas unidades.  

Procurado pelos promotores de Justiça, durante inquérito civil, o Consórcio Guaicurus, confrontado sobre as irregularidades verificadas, limito-se a enviar cópia dos decretos municipais. Em um segundo momento, alegou “falta de poder de polícia de seus colaboradores para manter o social” Falta de espaço físico nas ilhas dos terminais”, e que também há falta de espaço físico nas ilhas dos terminais para evitar aglomerações.  

Os promotores também acusam a Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) de manter-se alheia no processo de fiscalização. Segundo o Ministério Público, as informações fornecidas a respeito da fiscalização, são vagas.  

MANDADO DE SEGURANÇA

No fim de abril, o Consórcio Guicurus ingressou com mandado de segurança -  e depois desistiu - contra a prefeitura, pedindo subsídio financeiro para atividade, isenção de impostos e fim das gratuidades no sistema. O concessionário do transporte alegou que, nos 20 dias que antecederam a pandemia, faturou aproximadamente R$ 9 milhões e, nos 20 primeiros dias de abril após o retorno das atividades, faturou pouco mais de R$ 2 milhões.  

Depois de não ter seus pedidos de tutela de urgência julgados em duas instancias, o concessionário do transporte desistiu da ação. 

PANTANAL

Bombeiros irão prevenir incêndios com apoio de 52 militares, 13 viaturas e 5 embarcações

Prevenção é feita por meio da abertura de aceiros e capacitação de fazendeiros/produtores rurais sobre como devem agir em caso de queimadas

16/04/2024 12h45

Coronel Adriano Noleto Rampazo, do CBMMS MARCELO VICTOR

Continue Lendo...

Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul (CBMMS) atuará na prevenção de incêndios no Pantanal Sul-mato-grossense.

De acordo com o subcomandante geral da corporação, coronel Adriano Noleto Rampazo, cerca de 52 militares estarão alocados em 13 bases e terão apoio de, no mínimo, 13 viaturas e cinco embarcações, a partir de maio de 2024, no Pantanal. 

O objetivo é realizar trabalho preventivo de combate ao fogo nos meses de estiagem, que ocorre de maio a outubro. Militares irão conferir aceiros, abrir pontes para facilitar o acesso e capacitar fazendeiros, produtores rurais e funcionários de como devem agir em caso de incêndios. 

Segundo o subcomandante do CBMMS, a prevenção é o melhor caminho para evitar o incêndio florestal.

“O trabalho preventivo auxilia muito a diminuir os focos de incêndio, principalmente na capacitação que nós fazemos. A maioria das fazendas tem tratores, tem caminhões-pipas, mas não sabem como utilizar, conferindo a estrutura que as fazendas têm para auxiliar nos combates, porque cada fazenda também tem que ter sua estrutura. Então, nós vamos fazer essa capacitação”, explicou.

“PREVENIR É COMBATER”

Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas (Reflore/MS) lançou a 12ª Campanha de Prevenção e Combate à Incêndios, na manhã desta terça-feira (16), no auditório da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso do Sul (FAMASUL), localizado na rua Marcino dos Santos, número 401, Chácara Cachoeira, em Campo Grande.

O tema da campanha deste ano é “Prevenir é combater”. O objetivo é orientar e incentivar produtores rurais a prevenir incêndios antes da época de estiagem (maio a outubro), visando combater o fogo antes mesmo que ele chegue.

As formas de prevenir incêndios são:

  • Construir aceiros nos entornos das pastagens, às margens das casas, currais, celeiros, armazéns e galpões
  • Evitar usar fósforos e isqueiros próximo às áreas secas e os mantenha longe de crianças
  • Faça a correta manutenção de seus equipamentos com motores à combustão
  • Não ateie nenhum tipo de fogo em sua propriedade durante o período da seca (maio a outubro)
  • Evite usar fogo para queimar lixos, mesmo que seja os caseiros;
  • Mantenha as pastagens limpas
  • Não acenda fogueiras próximas à áreas florestais
  • Não descarte resíduos nas margens das estradas (bitucas de cigarro, vidros e latas)
  • Atuação de brigadistas

A orientação ocorre por meio de capacitações, treinamentos, palestras e peças publicitárias. Em rodovias de MS, há placas informativas instaladas na beira da via e distribuição de panfletos/adesivos que levam informações aos condutores. Além disso, profissionais do setor são treinados e capacitados para atuarem no combate ao fogo.

De acordo com o presidente do Reflore/MS, Luis Ramiro Junior, a campanha é essencial para evitar e minimizar incêndios no Pantanal.

“A campanha é voltada para a conscientização do público em geral em relação aos incêndios florestais que a todo ano são recorrentes, temos os períodos mais secos que ainda vão acontecer, então a gente faz agora com que as pessoas comecem a se preocupar porque na época da seca precisamos estar preparados para caso o fogo ocorra e a gente ter como lidar. Mas, o que a gente quer, é que o fogo não corra. O melhor combate é a prevenção. A gente quer que o produtor rural se prepare”, disse.

As queimadas são extremamente nocivas ao meio ambiente, pois emitem poluentes atmosféricos, reduzem a biodiversidade, destroem matas, devastam a vegetação, prejudicam a fauna e flora, eliminam a cobertura vegetal nativa, comprometem florestas, campos e savanas e matam o ecossistema.

Mudanças climáticas, calor excessivo, escassez de chuvas e baixa umidade relativa do ar favorecem a ocorrência de queimadas no Estado.

A campanha tem apoio da Famasul, Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MS), Governo de Mato Grosso do Sul, Corpo de Bombeiros Militar (CBMMS) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

De acordo a Famasul, 4.529 focos de calor foram registrados em 2023 e 2.368 em 2022. A área queimada em 2023 foi de 1.328.700 m² no ano passado e 736.575 no ano retrasado.

PROTESTO POR TERRAS

Manifestantes ocupam prédio do Incra pedindo retomada da reforma agrária

Protesto organizado pelo MPL começou às 5h em Campo Grande

16/04/2024 12h31

Protesto do MPL na frente do prédio do Incra-MS Foto: Felipe Araújo

Continue Lendo...

Integrantes do Movimento Popular de Luta (MPL) realizam protesto pedindo o que chamam de reajuste de terras e a retomada da reforma agrária, nesta terça-feira (16), no prédio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em Campo Grande.

Com bandeiras e até caminhão de som, o protesto liderado pelo MPL tenta conversar com algum representante do Incra.

André Hoffimiester, membro do MPL, disse que o objetivo principal do protesto é conseguir um lugar digno para os sem-terra.

“Estamos pedindo o reajuste das terras para ser liberado para os moradores que são dos sem-terra, da área rural, que fica na beira de BR. Estão em busca de uma terra, de um lugar próprio para plantar, para colher, para poder comer, sobreviver.”, afirmou.

Além de hoje, André também relatou que outras conversas entre eles e o Incra já aconteceram, mas sem resolução do caso.

“Tem uns anos, nós saímos daqui, nós conseguimos falar com o povo do Incra, recebemos um papel, né? Que nós íamos sair da beira de BR e aí ficávamos sentados em um lugar, e que nós sairíamos dali direto para as terras. Aí nós estamos aqui de novo para reforçar o que eles tinham dito naquele papel.”, exclamou André. 

Manifestantes marcam presença desde às 5h e esperam reposta do órgão para, só então, deixar o local.

 

REFORMA AGRÁRIA

Em outubro do ano passado, um protesto organizado novamente pelo MPL bloqueou a BR-163 e a BR-267, segundo a Polícia Rodoviária Federal. O pedido era para a retomada da reforma agrária e o aparelhamento do Incra.

Dois meses depois desse protesto, o órgão divulgou que pretendia retomar os assentamentos da reforma agrária em março deste ano. Porém, abril chegou e nenhuma resposta do Incra foi obtida até agora.

ASSINE O CORREIO DO ESTADO
 

 

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).