Proprietária de um posto de combustíveis, localizado no Parque dos Poderes, expulsou dois ciclistas que se protegiam da chuva no local. Um dos rapazes filmou o momento em que a mulher manda que eles saíam e o vídeo viralizou em grupos de WhatsApp e redes sociais. Após a polêmica, o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis Automotivos e Lojas de Conveniência de Mato Grosso do Sul (Sinpetro) saiu em defesa da mulher, alegando que há normas de segurança que devem ser seguidas nos postos.
No vídeo divulgado, aparece um ciclista se abrigando no posto, enquanto o outro está filmando. É possível ver a chuva que cai no momento e a mulher informando que eles não podem ficar no local. “Não pode ficar aqui, aqui é entrada de carro, saia daqui, por favor”, diz. O rapaz que filma ainda questiona se há alguma lei que impede a permanência deles no pátio de abastecimento.
Em nota, o Sinpetro afirma que, nos termos da Norma Reguladora nº. 16, expedida pelo Ministério do Trabalho, a área de abastecimento de combustíveis é considerada como de Alto Risco e, por este motivo, há procedimentos que são extremamente necessários.
O cuidado deve ser maior “em toda a área de operação (pista de abastecimento) abrangendo no mínimo um raio de 7,5 metros com centro no ponto de abastecimento (bico da bomba) e o círculo com raio de 7,5 metros com centro da bomba de abastecimento do veículo e a faixa de 7,5 metros de largura para ambos os lados das bombas (bicos)”.
Gerente executivo do Sinpetro, Edson Lazaroto, disse que dentro desta área, todo o cuidado deve ser tomado, especialmente com os clientes.
“Na verdade, em casos de abastecimento de GNV [Gás Natural Veicular], é obrigatório a saída de todos os ocupantes do veículo, que devem manter distância do local onde está sendo abastecido o veículo, que deve ficar desligado”, explicou.
Além disso, dentro do perímetro também são proibido movimentos ou ações que possam produzir faíscas, como utilizar o celular, abrir ou fechar a porta do veículo, acionar o acendedor de cigarros, entre outros. Isto porque há risco de explosões caso a faísca entre em contato com os combustíveis, que são altamente inflamáveis.
“Temos diversos exemplos de tragédias que ocasionaram mortes e danos irreparáveis à pessoa por conta da falta de cuidados indispensáveis, como os citados. Acidentes que foram causados justamente pelo cliente às vezes achar um exagero obedecer às regras básicas”, pontua Lazaroto.
Ele afirma que por conta da atividade perigosa, empresários e toda a equipe de funcionários de postos de combustíveis são treinados e capacitados através de cursos específicos, para evitar situações de risco.