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Provas: 37 mil candidatos fazem o vestibular da UFMS e concurso da PM neste domingo

Ao todo, 27 mil vestibulandos tentam uma vaga na universidade e 10 mil concurseiros disputam cargo no serviço público

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O vestibular da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e concurso público da Polícia Militar (PMMS) ocorrem neste domingo (4).

Ao todo, 27 mil candidatos farão o vestibular e 10.320 o concurso da PM. O vestibular ocorre das 8h às 13h, nos municípios de Aquidauana, Chapadão do Sul, Campo Grande, Corumbá, Coxim, Dourados, Naviraí, Nova Andradina, Paranaíba, Ponta Porã e Três Lagoas.

Já o concurso acontece de manhã para quem concorre ao cargo de soldado e à tarde para oficial. O exame é aplicado apenas no município de Campo Grande.

A advogada, Mayra Hanna, fará o concurso da PMMS para o cargo de ofici. Ela conta que estudou seis horas diárias, cinco vezes na semana. 

“Eu já fiz alguns concursos anteriormente, como polícia federal e tribunal de justiça por exemplo,  mas nenhum com a mesma dedicação que tive para o da PMMS e acredito que as coisas acontecem sempre no tempo de Deus, no momento certo sei que chegará a aprovação no concurso público”, falou.

O vestibulando, Glauber Pain, está no terceiro ano e concorre a uma vaga de Sistemas de Informação na UFMS. O estudante afirmou que espera "o melhor", pois se preparou ao longo dos três anos de Ensino Médio. 

"Estou confiante. Me preparei, estudei, fiz exercícios, simulados e espero ir bem. Fico um pouco ansiosa mas deu tudo certo", disse.


Vestibular

São oferecidas 10.620 vagas, em 153 cursos, presencias e à distância (EaD), em 18 municípios, para ingresso em 2023.

A prova tem duração de cinco horas, já incluso o tempo destinado para o preenchimento do cartão-resposta e da folha de redação.

A prova é composta por 60 questões objetivas de múltipla escolha, sendo 15 de Ciências da Natureza, 15 de Ciências Humanas, 15 de Linguagens, 15 de matemática e uma redação.

A prova de redação vale de zero a 1.000 pontos e deve ser redigida em texto dissertativo-argumentativo.

Os locais de prova estão especificados neste site. O candidato deve comparecer ao local de prova com 30 minutos de antecedência, portando documento oficial com foto e caneta esferográfica de tinta preta ou azul, fabricada em material transparente.

O uso de máscara é recomendado e álcool 70% estará à disposição dos estudantes.

O gabarito preliminar será divulgado em 5 de dezembro e o resultado final em 6 de fevereiro de 2023. As matrículas iniciam em 10 de fevereiro e o ano letivo em 6 de março.

O período de inscrições ocorreu de 26 de setembro a 17 de novembro de 2022. O valor da taxa de inscrição foi de R$ 100,00.

Concurso

São 20 vagas para oficial e 500 para soldado. Ao todo, 10.320 candidatos se inscreveram no concurso, sendo 1.635 para o cargo de oficial e 8.685 para soldado.

A concorrência é de 17,37 candidatos por vaga para soldado e 81,75 para oficial.

O exame é aplicado exclusivamente no município de Campo Grande. Os locais de prova estão especificados neste site.

O candidato deve comparecer no local de prova com uma hora de antecedência e portar:

  • Documento oficial com foto

  • Caneta esferográfica de tinta azul ou preta, feita de material transparente e de ponta grossa

  • Cartão de Confirmação de Inscrição – CCI

O concurso público tem cinco fases:

  • Prova escrita objetiva

  • Exame psicológico

  • Exame de saúde

  • Teste físico

  • Investigação social

O período de inscrições foi de 23 de setembro a 3 de novembro de 2022. O valor da taxa de inscrição foi de R$ 188,80. 

Polícia Militar - Oficiais

A prova objetiva será realizada no período vespertino, terá duração de cinco horas e 100 questões objetivas. O conteúdo cobrado, na prova de oficiais, é:

  • Língua Portuguesa

  • Línguas Estrangeiras

  • Direito Penal

  • Direito Penal Militar

  • Direito Processual Penal

  • Direito Processual Penal Militar

  • Direito Administrativo

  • Direito Constitucional

  • Teoria Geral da Administração e Gestão Pública

  • Legislação Específica

  • Raciocínio Lógico

  • Informática

A remuneração inicial para oficiais da Polícia Militar é de R$ 9.050,16. Existem 20 vagas para oficiais da PM, sendo 15 para ampla concorrência, 4 para negros e 1 para indígena.

Veja o cronograma:

            Fases                                        Data
Período de inscrição  23 de setembro a 3 de novembro de 2022 
Prova objetiva 4 de dezembro de 2022 (tarde)
Exame psicológico 11 a 12 de fevereiro de 2023
Exame de saúde 15 a 18 de abril de 2023
Teste Físico 13 a 21 de maio de 2023
Investigação Social 14 de fevereiro a 24 de fevereiro de 2023
Resultado final 15 de junho de 2023
Homologação 19 de junho de 2023

 

Polícia Militar - Soldado

A prova objetiva será realizada no período matutino, terá duração de quatro horas e 80 questões objetivas. O conteúdo cobrado, na prova de soldado, é:

  • Língua Portuguesa

  • Raciocínio Lógico

  • Legislação Específica da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul

  • Noções de Direito Penal e Direito Penal Militar

  • Noções de Direito Constitucional e Direito Administrativo

  • Legislação Especial

  • Noções de Informática

A remuneração inicial para praças da Polícia Militar é de R$ 5.005,00. Existem 500 vagas para soldados da PM, sendo 385 para ampla concorrência, 100 para negros e 15 para indígenas.

Veja o cronograma:

            Fases                                        Data
Período de inscrição  23 de setembro a 3 de novembro de 2022 
Prova objetiva 4 de dezembro de 2022 (manhã)
Exame psicológico 11 a 12 de fevereiro de 2023
Exame de saúde 15 a 18 de abril de 2023
Teste Físico 13 a 21 de maio de 2023
Investigação Social 14 de fevereiro a 24 de fevereiro de 2023
Resultado final 15 de junho de 2023
Homologação 19 de junho de 2023

 

Cidades

Brasil é estratégico para eficiência energética do mundo, diz agência

Diretor da Irena discute com Silveira preparativos para a COP30

13/02/2025 21h00

Brasil é estratégico para eficiência energética do mundo, diz agência

Brasil é estratégico para eficiência energética do mundo, diz agência Freepik

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O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Renovável (Irena, sigla em inglês), Francesco La Camera, disse nesta quinta-feira (13), que o Brasil, por ocupar com sua matriz elétrica majoritariamente renovável uma posição de liderança global, especialmente no que diz respeito à energia hídrica, é estratégico para que o planeta alcance o objetivo de dobrar a eficiência energética e triplicar a capacidade de fontes renováveis como solar, eólica e hídrica. 

“No ano passado, o Brasil demonstrou a capacidade de impulsionar o setor com um acréscimo de mais de nove gigawatts de energias renováveis em sua matriz”, ressaltou após se reunir com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, para tratar de uma agenda comum nos preparativos para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em novembro, em Belém.

La Camera está em Brasília para uma série de reuniões com o governo federal e outros atores do setor energético para tratar de estratégias de cooperação para a transição energética global. 

Por manifestar essa capacidade de liderança, a agência tem incluído o Brasil nos trabalhos de elaboração do relatório sobre as perspectivas de transição para as energias renováveis na América Latina, que deverá ser publicado ainda este ano. O governo federal também tem cooperado na elaboração de estratégias para atrair recursos internacionais para o setor. 

“Penso que concordamos em realizar um fórum de investimento no primeiro trimestre do próximo ano, como seguimento da COP 30”, adiantou La Camera sobre a conversa com Silveira.

A cooperação ocorre antes mesmo de o Brasil se tornar membro da agência, já que o processo interrompido no governo anterior foi retomado oficialmente em janeiro deste ano, durante a 15ª Assembleia Geral da Agência Internacional de Energias Renováveis, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes. 

O ministro Alexandre Silveira foi convidado a participar de um dos painéis da assembleia geral para apresentar políticas públicas que favoreceram o crescimento das renováveis no Brasil, como o Luz para Todos e o programa Energias da Amazônia, além de novas iniciativas como o Combustível do Futuro.

Na ocasião, Silveira formalizou o convite à agência internacional para secretariar a Coalizão Global para Planejamento da Transição e Segurança Energética, que será liderada pelo Brasil e deverá ser lançada ainda este ano. 

“Foi um momento muito importante. Primeiro para o Brasil, que assumiu a posição relevante de liderança política no planejamento de longo prazo da transição energética, com o G20 [grupo das maiores economias globais]. O governo brasileiro elevou um momento técnico em um momento político e nós ficamos muito felizes em aproveitar para trabalhar sob a liderança do Brasil nesta coalizão global”, disse Silveira ao formalizar o convite à Agência Internacional de Energias Renováveis.

O dirigente da agência internacional informou que permanecerá no Brasil até o final da semana para definir mais detalhes sobre a agenda comum com o Brasil para a COP30, na qual haverá um foco para o desenvolvimento do enorme potencial do país para incrementar a produção energética por biomassa. 

“Nós vamos considerar a COP30 um sucesso, quando ela produzir um reflexo nas ambições climáticas dos países”, afirmou.

AINDA ESTOU AQUI

Filha recebe certidão de pai que desapareceu há 30 anos durante transferência de presídio

Defensoria comparou o caso com o que aconteceu com o ex-deputado Rubens Paiva, retratado no filme Ainda Estou Aqui; Sul-mato-grossense teria sido morto e enterrado como indigente

13/02/2025 18h46

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A Justiça concedeu a declaração de ausência de Gerson Geraldo da Silva, desaparecido desde 1995, após ser escoltado para transferência entre presídios em Mato Grosso do Sul. Com a declaração, a filha do desaparecido tem acesso a devida documentação do pai assassinado.

A Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul destaca a relevância do caso e compara a situação a outros episódios de desaparecimentos forçados no Brasil, como o do ex-deputado federal Rubens Paiva, retratado no filme “Ainda Estou Aqui”.

Segundo consta no processo, a filha do homem requereu a declaração de audência do pai, alegando que a última notícia dele foi em julho de 1995, quando o homem encaminhou uma carta para sua mãe pedindo auxílio, pois estava preso no Estabelecimento Penal de Paranaíba, mas que seria transferido para a cidade de Aparecida do Taboado.

Carta foi o último contato de Gerson com a família, em 1995

Na carta, ele também pedia que a família encaminhasse remédios, pois estava doente e não estava conseguindo tratamento pois a Polícia Civil estava em greve. Também pedia cobertas, pois fazia frio na cela e ele acreditava ser o motivo de estar ficando doente.

Na ocasião, ele já havia cumprido um ano e quatro meses da pena de 12 anos a qual foi condenado, e afirmava que poderia ser transferido para Aparecida do Taboado e pediu ajuda para a família conseguir um atestado de vaga.

Passado um período do envio da carta, a filha ficou sabendo, através de conhecidos, que seu pai foi assassinado durante a escolta para transferência entre os presídios, sendo enterrado como indigente no cemitério de Paranaíba.

Desde então, como nunca houve esclarecimentos acerca do fato, também não havia registro de óbito.

Declaração de ausência

A Defensoria Pública deu início ao processo para declaração de ausência em 2021, conduzido pelo defensor público Giuliano Stefan Ramalho de Sena Rosa, titular da 1ª Defensoria Pública de Cassilândia.

A declaração de ausência é um processo judicial que reconhece que uma pessoa desapareceu e não há indícios de seu falecimento. Esse processo permite a proteção dos bens e interesses do ausente. 

"Durante as diligências, não foram encontrados registros de sua passagem por outros estabelecimentos penais, tampouco certidão de óbito. No entanto, havia nos autos documentos sobre o processo criminal que levou à sua condenação e prisão em 1994", disse a Defensoria, em nota.

Gerson estava preso por homicídio. Em 1994, ele deu uma facada em um colega de trabalho, em uma carvoaria.

O Ministério Público manifestou-se favorável à declaração de ausência, destacando a inexistência de qualquer indício sobre a localização do homem.

Com base nos elementos apresentados, a juíza Flávia Simone Cavalcante, da 2ª Vara de Cassiândia, reconheceu a ausência e nomeou a filha, que poderá organizar as documentações legais a partir de agora.

“A declaração de ausência impõe que o Estado de Mato Grosso do Sul dedique esforços para determinar o paradeiro da vítima e realize a investigação penal dos fatos, a fim de identificar e julgar os responsáveis pelo desaparecimento”, declarou o defensor público Giuliano Rosa.

Condenação por homicídio

Segundo consta no processo, no dia 29 de janeiro de 1994, Gerson e a vítima trabalhavam juntos na mesma carvoaria e não tinham discutido.

O colega estava trabalhando com uma outra pessoa, ambos em cima do forno, quando Gerson também subiu no forno e, em tom de brincadeira, perguntou para o homem se o outro era seu secretário.

O homem respondeu que não havia secretário e que estavam apenas tentando encher os fornos com lenha para fazer fogo e desceu.

Nesse momento, Gerson esfaqueou o rapaz que ainda estava em cima do forno e fugiu do local. O homem chegou a ser socorrido, mas morreu no hospital de Cassilândia.

Ele foi condenado a 12 anos de prisão e já havia cumprido 1 anos e 4 meses quando desapareceu.

Ainda estou aqui

O drama brasileiro Ainda Estou Aqui é baseado no livro autobiográfico de Marcelo Rubens Paiva, que conta a história de sua mãe, a advogada e ativista pelos direitos humanos Eunice Paiva, durante a ditadura militar no Brasil. O papel de Eunice Paiva, falecida em 2018, foi interpretado por Fernanda Torres.

O enredo aborda a luta pela democracia, a resistência à opressão, a força da mulher, a busca por desaparecidos políticos e a importância da memória, a partir do desaparecimento, em 1971, do ex-deputado federal Rubens Paiva (com atuação de Selton Mello), marido de Eunice Paiva.

O político brasileiro, que teve seus direitos políticos cassados em 1964, com o golpe militar, foi torturado e assassinado, no Rio de Janeiro. Seu corpo nunca foi encontrado.

Em 1996, foi emitido o atestado de óbito de Rubens Paiva. Em 2025, a certidão de óbito foi corrigida para constar que sua morte foi causada por agentes do Estado durante a ditadura militar.

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