Na segunda-feira (12), acontecerá mais uma oitiva da Comissão Parlamentar de Inquérito – (CPI), que investiga o Transporte Público urbano na Câmara Municipal de Campo Grande. Desta vez, serão ouvidos, Luiz Carlos Alencar Filho, servidor efetivo aposentado que atuou como fiscal de transporte e trânsito da Agência Municipal de Trânsito – (Agetran), e Henrique de Matos Moraes, auditor chefe da Auditoria da Agetran.
A CPI do Transporte Público encontra-se na fase 2, onde são realizadas as ‘Oitivas Iniciais’. Na primeira delas, os vereadores que compõe a investigação ouviram a engenheira civil Lúcia Maria Mendonça Santos, especialista em mobilidade urbana, não poupou críticas à gestão municipal.
Em sua fala, Lucia destacou que, o maior problema do transporte público de Campo Grande não é o valor da passagem paga por quem utiliza o serviço, e sim, a falta de gestão da prefeitura em fiscalizar os contratos firmados junto ao Consórcio Guaicurus, responsável pelo transporte público oferecido aos campo-grandenses desde 2012.
Na sequência, quem conversou com os parlamentares foi o atual diretor-presidente da Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos (Agereg), José Mário Antunes da Silva. Na ocasião, ele apresentou um relatório que mostrou que 65% da frota de ônibus da Capital está acima do tempo máximo de uso, tendo mais de oito anos de circulação.
De acordo com a Agereg, a frota de ônibus do Consórcio Guaicurus é composta por 460 veículos. Desses, 400 transitam pela cidade e 60 ficam na garagem como reservas, a serem utilizados caso haja necessidade de substituição.
A CPI terá duração de 120 dias, e quando a fase das oitivas for concluída, passa-se para a fase de “Investigação sobre o Consórcio”, quando serão ouvidos os gestores e responsáveis pelo Consórcio Guaicurus.
A CPI do Ônibus foi criada no dia 18 de março, após várias tentativas de outros parlamentares de investigar o contrato entre prefeitura e Consórcio Guaicurus. Conforme cronograma inicial da CPI do Ônibus, os trabalhos serão realizados em cinco fases, sendo:
- Fase 1 - Análise documental e diagnóstico inicial (semana 1 a 4)
- Fase 2 - Oitivas iniciais (semana 5 a 8)
- Fase 3 - Investigação sobre o Consórcio (semana 9 a 11)
- Fase 4 - Ouvindo a população e trabalhadores (semana 12 a 13)
- Fase 5 - Elaboração e apresentação do relatório final (semana 14 a 17)
CANAL DE DENÚNCIA
A Câmara Municipal de Campo Grande lançou canais de comunicação destinados à população para o registro de denúncias relacionadas ao consórcio Guaicurus, operadora do transporte público na Capital. A iniciativa visa reforçar os trabalhos da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Transporte Público, que foi instalada com o objetivo de fiscalizar o cumprimento do contrato e a qualidade dos serviços prestados à população.
Os canais estarão abertos para que os cidadãos possam colaborar com informações que ajudem a apurar eventuais irregularidades e melhorar o transporte coletivo de Campo Grande. As denúncias podem ser encaminhadas pelo WhatsApp (67) 3316-1514, pelo e-mail [email protected] ou de forma anônima em formulário disponível no site oficial da Câmara Municipal.