O PTB prefere abrir mão da vaga de vice e da suplência de senador na chapa do PT para concorrer ao Governo do Estado com candidatura própria ou apoiar a senadora Marisa Serrano (PSDB). Na chapa dos tucanos não há, porém, nenhuma garantia de indicar o vice ou mesmo a vaga de suplente. Mesmo assim, o presidente regional do partido, Ivan Louzada, disse que este é o caminho a ser percorrido depois de a legenda fechar aliança nacional com o PSDB. “Hoje nós temos candidato próprio, que é o Zelito Ribeiro. Mas, se por acaso ele abrir mão da disputa, a nossa segunda opção é ficar com a Marisa”, declarou Louzada. Segundo o dirigente petebista, a vontade de caminhar com os tucanos leva em consideração o anúncio do presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, de que o partido vai apoiar o PSDB na sucessão presidencial. “No Estado, parte da legenda tem pretensão de apoiar o Zeca (José Orcírio) e outra o A ndré. Como o partido está dividido, vamos acompanhar a direção nacional”, explicou. Indagado sobre o fato de a candidatura de Marisa estar condicionada ao apoio do PMDB ao PT na sucessão presidencial, Louzada voltou a falar em candidatura própria e em indefinições. “O nosso projeto número um é ter candidato próprio, a segunda opção é apoiar a senadora, mas se ela não entrar na disputa, vamos ter que escolher outra opção”, disse. Para o presidente regional do PTB, o fato de o PT ter oferecido a vaga de vice e de suplente do senador Delcídio do Amaral (PT), hoje ocupada pelo jornalista Antonio João Hugo Rodrigues, não aproxima o partido dos petistas. “Na hipótese de não lançarmos candidato e de a Marisa não concorrer, vamos conversar com as demais legendas”, declarou. “Hoje, não estamos próximos nem do PT nem do PMDB”, completou. Por outro lado, Antonio João, que já presidiu o PTB no Estado, leva sim em consideração a proposta de José Orcírio e não vê estrutura para a legenda disputar o Governo. “Em tese, o PT ofereceu a vaga de vice e de suplente de senador enquanto não existe nenhuma oferta pública por parte do PMDB e do PSDB. Então, pelo lado político, o partido deveria ficar com o Zeca”, opinou. “Já para concorrer na sucessão estadual, um partido precisa de estrutura, e o PTB não tem”, continuou. Porém, ele fez questão de deixar clara a sua disposição de seguir o rumo da sigla. “Sou absolutamente disciplinado”, frisou. Ao ser quest ionado se tem i nteresse em segu i r como suplente de senador, Antonio João informou que n ão pen sou no assu nto. “Ainda nem sei com quem o PTB vai ficar”, observou. Ele só adiantou não pretender concorrer a deputado federal, porque não pensa em distanciar-se de Campo Grande e da família. “Sou executivo e não sou brasiliense”, afirmou. Para definir o rumo na próxima eleição, Antonio João decidiu fazer consulta ao eleitor por meio de instituto de opinião pública. “Mandei fazer uma pesquisa para descobrir, com aqueles que simpatizam com minha candidatura, qual cargo deveria disputar”, acrescentou.