Em meio a segunda onda da Covid-19, com milhares de casos confirmados e mortes no Brasil, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é o maior concurso do país, e acontece neste domingo (17), e no seguinte (24). A pressão que antecede o dia da prova, se intensifica com o agravamento da pandemia e incertezas quanto à prova.
Com quase seis milhões de inscritos, o exame estava previsto para acontecer em novembro do ano passado, mas foi adiado por causa da pandemia.
Segundo o professor, Fabis Nascimento, os alunos tiveram dificuldades em manter o ritmo de estudo devido à pandemia e ao ensino remoto.
“O que nós mais ouvimos de reclamações por parte dos alunos foi sobre não conseguir manter a concentração, uma vez que na sala de aula, a tendência é que ele se mantenha mais concentrado durante a explicação do professor, e como antes da pandemia não eram habituados a ter aulas online, ficou mais difícil de manter o foco nos estudos”, apontou o professor.
O professor defende que o Exame não deve ser adiado, dado que os alunos já estão na expectativa para a realização da prova.
“Os estudantes já vinham se preparando para a prova em novembro, quando houve a mudança devido à pandemia, isso já ocasionou vários impactos. Eu penso que não deveria ser adiado, já foi alterado uma vez e mexeu com todo cronograma dos alunos”, destacou Nascimento.
Em junho, o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), realizou uma enquete em que pedia que os inscritos escolhessem uma data entre três opções para o adiamento da avaliação. A mais votada foi em maio de 2021, a mais tardia entre todas as opções. Segundo o presidente do Inep, Alexandre Lopes, a escolha foi descartada porque entrava em conflito com o calendário das instituições que utilizam as notas do Enem para preencher vagas.