Cidades

DIREITO DO CONSUMIDOR

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Quais são os deslizes mais comuns cometidos pelos planos de saúde, segundo a ANS

Saiba quais são os principais motivos das reclamações dos clientes das operadoras

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As normas consumeristas existem para tornar mais justas a relação entre empresas e clientes, mas apenas a letra da lei não impede a quebra desses princípios. Quando o assunto é planos de saúde o assunto fica ainda mais delicado. Entre janeiro e setembro deste ano, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) já recebeu 111.156 reclamações contra as operadoras dos serviços.

Os dados fornecidos pelo órgão ao Correio do Estado mostram que houve aumento de 17% em comparação com o mesmo período do ano passado. Já em Mato Grosso do Sul, nesse mesmo intervalo de tempo, foram recebidas 556 denúncias de violações. O acréscimo em comparação com 2019 foi maior do que o nacional: 23%.

Em todos esses casos, a partir de uma reclamação efetuada pelo beneficiário pelos canais de atendimento da ANS, uma notificação automática é enviada imediatamente à operadora. A empresa tem até cinco dias úteis para responder ao usuário nos casos de demandas de natureza assistencial e até dez dias úteis em casos de demandas de natureza não assistencial (contratos e regulamentos, mensalidades e reajustes, por exemplo).

Conforme a Agência, essa ferramenta se chama Notificação de Intermediação Preliminar (NIP), criada para resolver o problema da forma mais ágil. Contudo, a orientação é para que os clientes primeiramente tentem uma solução diretamente com o plano de saúde antes de partir para a reclamação. O problema é que muitas pessoas decidem não seguir adiante com as reclamações. 

RANKING DOS PROBLEMAS

A pedido do Correio do Estado, a ANS enumerou quais são os itens que mais motivaram reclamações nos canais de atendimento do órgão, em 2020. 

Falhas relacionadas à cobertura pelos atendimentos resultaram em 73.177 acionamentos em todo o país, dos quais 418 foram originados em Mato Grosso do Sul. Em segundo lugar aparecem problemas relacionados a contratos e regulamentos, com 27.883 a nível nacional e 92 no Estado.

É aqui que entram, por exemplo, situações em que as operadoras recusam receber novos clientes porque eles já têm uma doença pré-existente conhecida, o que viola expressamente a Lei nº 9.656/1998. A ANS reforma que, nesses casos, os planos podem impor algum tipo de carência, mas nunca recusar o contrato.

Já em terceiro lugar no ranking aparecem situações relacionadas a assuntos financeiros, como cobranças de mensalidades e reajustes, os quais possivelmente os clientes desconheciam. Foram ao todo 8.950 acionamentos nesse quesito no Brasil e 43 apenas em Mato Grosso do Sul, conforme consta nos dados da ANS encaminhados à equipe de reportagem. 

SOLUÇÃO

A ANS informa que, esgotadas as possibilidades de resolver os impasses diretamente com os planos de saúde, os clientes que sentirem-se lesados não apenas com relação a esses problemas, mas de qualquer outra forma, podem acionar o órgão pelo Disque ANS (0800 701-9656) ou pelo formulário eletrônico de Fale Conosco no site oficial da Agência.

Deficientes auditivos têm um canal à parte: 0800 021 2105. Além disso, em caso de dúvidas, o portal do órgão também disponibiliza uma cartilha com uma série de informações, tais como: o que saber antes de contratar um plano, o que o seu plano é obrigado a cobrir, prazos máximos de atendimento e portabilidade de carências, entre outras.  

Fronteira

Azul anuncia voos diretos para Assunção, no Paraguai, a partir de dezembro

Atualmente, a capital paraguaia tem entre dois e três voos diários para o Brasil, todos eles operados pela Gol e pela Latam

15/04/2024 21h00

Alto volume da dívida da Azul com os arrendadores de aviões decorre de uma negociação feita no início da pandemia Arquivo/ Correio do Estado

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A Azul Linhas Aéreas anunciou, na tarde desta segunda-feira (15), que começara a operar voos para Assunção, no Paraguai, a partir de quatro cidades brasileiras: Campinas (Viracopos), Curitiba, Florianópolis e Recife.

O início da operação está marcado para dezembro, com aeronaves Embraer E-2, com capacidade para 136 passageiros, ou Airbus A320, para 174 passageiros.

Atualmente, a capital paraguaia tem entre dois e três voos diários para o Brasil, todos eles operados pela Gol e pela Latam a partir no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.

A Azul ainda não divulgou os horários e a frequência dos voos. A companhia informou, apenas, que os voos que partem de Viracopos e Curitiba serão regulares, enquanto os de Florianópolis e Recife serão sazonais -operados apenas durante a alta temporada de verão.

"Esta nova rota surgiu a partir de uma provocação da Embratur, que nos cantou a bola de que a conexão com o país poderia ser melhor estudada e desenvolvida", disse Vitor Silva, gerente de planejamento e estratégia da Azul, durante o anúncio da nova rota, em um evento de turismo em São Paulo.

Também presente no anúncio, o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, ressaltou que a importância do Paraguai também como origem de turistas. Segundo ele, em 2023 houve um aumento de 19% no fluxo de paraguaios para o Brasil, que se tornou o quarto maior emissor de turistas para o Brasil. "Esse fluxo, entretanto, acontece principalmente por via terreste", disse.

Assunção será o oitavo destino internacional na malha da Azul, que também voa para Orlando e Miami, nos EUA; Punta del Este e Montevideo, no Uruguai; Paris, na França; Lisboa, em Portugal e Curaçao, no Caribe. A companhia ainda não divulgou

PETROBRAS

Tribunal derruba liminar que suspendeu conselheiro da Petrobras

O mérito da ação será analisado ainda pela Quarta Turma -órgão de segunda instância- do tribunal

15/04/2024 20h00

A AGU (Advocacia-Geral da União) já recorreu também da decisão que afastou Mendes da Petrobras.. Divulgação

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O juiz federal do TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) Marcelo Saraiva derrubou nesta segunda-feira (15) uma liminar -decisão provisória- que suspendia o mandato do ex-ministro Sergio Machado Rezende no conselho de administração da Petrobras.

O presidente do colegiado, Pietro Mendes, continua suspenso. Rezende fora afastado do conselho na semana passada, em liminar de primeira instância concedida a pedido do deputado estadual de São Paulo Leonardo Siqueira (Novo), sob o argumento de que sua nomeação fere o estatuto da estatal.

O mérito da ação será analisado ainda pela Quarta Turma -órgão de segunda instância- do tribunal, com sede em São Paulo.

Siqueira é também o autor da liminar que suspendeu o mandato de Mendes, por suposto conflito de interesses entre seu papel no conselho da estatal e sua atividade como secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do MME (Ministério de Minas e Energia).

A AGU (Advocacia-Geral da União) já recorreu também da decisão que afastou Mendes.

Petrobras e governo esperam que a suspensão do mandato também seja revertida neste caso.
A indicação de Rezende é questionada pelo descumprimento de quarentena exigida para a nomeação e ex-dirigentes sindicais ao conselho das estatais.

A Petrobras argumenta que uma liminar do ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski eliminou essa restrição.

A estatal chegou a alterar seu estatuto usando como justificativa a liminar, em uma decisão que gerou críticas de investidores privados e especialistas em governança.

Na época, a empresa defendeu que seguirá a lei, caso a liminar de Lewandowski seja derrubada.

"Nesse momento processual, entendo que não houve descumprimento do Estatuto Social da Petrobras no tocante ao requisito da quarentena, isso porque, no momento da posse prevalecia o entendimento da Suprema Corte", escreveu Saraiva.

Assim, diz ele, a manutenção do afastamento do mandato gera "perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo" e pode acarretar "vultoso impacto financeiro" na vida de Rezende, que também teve o salário de conselheiro suspenso.

Ex-dirigente do PSB, Rezende foi ministro da Educação e de Ciência e Tecnologia nos primeiros mandatos do presidente Lula. Foi excluído da lista do governo para a renovação do conselho na próxima assembleia, dando lugar ao secretário-executivo-adjunto do Ministério da Fazenda, Rafael Dubeux.

Mendes, por sua vez, deve ser reconduzido como presidente do conselho, segundo a lista apresentada pelo governo à estatal.

Aliado próximo do ministro Alexandre Silveira, ele chegou ao MME ainda no governo Bolsonaro -primeiro, como diretor do Departamento de Biocombustíveis, em 2020.

Foi promovido a secretário-adjunto em 2022 e levado ao colegiado que define a estratégia da estatal pelas mãos de Silveira em 2023. Tem tido embates com o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, que passou as últimas semanas sob fritura.

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