Um dos acusados já havia sido preso no ano passado, enquanto o outro foi capturado nesta sexta-feira
A Polícia Civil prendeu, na noite dessa quinta-feira (7), Osnil Pereira Ramos, de 47 anos, suspeito de cometer uma série de estupros em Campo Grande. O irmão dele, Alessando dos Santos Ramos, 34, já está detido desde o ano passado, acusado dos mesmos crimes, cometidos em 2024.
Contra Osnil havia um mandado de prisão em aberto, que foi cumprido hoje por policiais da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam).
De acordo com a Polícia Civil, em outubro do ano passado foi deflagrada operação para prender os dos dois irmãos apontados como suspeitos dos crimes sexuais, mas no dia 30 de outubro, apenas um deles foi preso, enquanto o outro foi considerado foragido.
Através de investigações, a Deam localizou Osnil em uma região de mata no bairro Nova Bahia.
Após ser ouvido em termo de interrogatório na delegacia, ele foi encaminhado ao Instituto de Medicina e Odontologia Legal (Imol) para coleta de material genético para confronto com o material coletado em uma das vítimas no dia do crime.
Além das atitudes criminosas de Osnil Pereira e Alessandro dos Santos Ramos, um irmão mais velho dos dois também está preso por estupro.
Os casos
Segundo informaram as delegadas Elaine Cristina Ishiki Benicasa e Analu Lacerda Ferraz, da Deam, em outubro passado, os crimes eram cometidas nas mais diversas regiões de Campo Grande, com relato de uma vítima também no estacionamento da loja Havan, na Avenida Ernesto Geisel.
Pelo menos seis mulheres foram vítimas dos irmãos e fizeram o reconhecimento dos suspeitos.
A polícia afirmou que as principais vítimas eram mulheres idosas ou moradoras de rua, devido à vulnerabilidade dessas pessoas.
Com relação as mulheres que não viviam em situação de rua, o "modus operandi" dos suspeitos consistia em sondas a casa das vítimas, passando constantemente pelo local para levantar informações sobre quando as pessoas estariam em casa e se havia mais alguém no local.
Ao adentrar na residência, era usado de violência, tanto na abordagem quanto no crime sexual. Geralmente, o suspeito pegava uma faca, anunciava o roubo e cometia o estupro, fugindo em seguida.
A Polícia ressalta que o número de vítimas pode ser maior, pois os crimes sexuais são sub notificados, muitas vezes por falta de coragem ou mesmo excesso de vergonha em ir à delegacia em busca de ajuda.