O quartel da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), na Luz, Centro de São Paulo, foi alvo de atentado durante a madrugada de ontem. Um carro com duas pessoas se aproximou do quartel efetuando cerca de seis disparos contra a parede lateral do prédio, segundo informações da tropa de elite da Polícia Militar. Houve troca de tiros e um criminoso acabou baleado e morreu.
Por volta das 4h, os policiais ouviram os tiros e foram para o lado de fora do quartel. Lá, eles se depararam com um dos ocupantes do automóvel prestes a lançar um coquetel molotov contra a corporação. Houve troca de tiros e o homem que saiu do veículo foi baleado. Ele foi encaminhado para o PS de Santana, na Zona Norte, onde morreu, de acordo com a polícia. O motorista conseguiu fugir do local. Nenhum policial ficou ferido.
O ataque acontece menos de 24 horas depois do atentado sofrido pelo tenente-coronel da Rota Paulo Telhada. O oficial deixava sua residência na Zona Norte da capital, no final da manhã do sábado (31/07), quando dois homens se aproximaram de carro e dispararam mais de dez tiros. Telhada conseguiu escapar ileso do atentado.
O governador de São Paulo, Alberto Goldman, descarta que os ataques ao quartel da Rota e ao tenente-coronel Paulo Telhada, comandante do mesmo batalhão, façam parte de uma ação organizada contra as forças paulistas de segurança.
“Eu não acredito que haja qualquer possibilidade disso [ação coordenada], mas, independentemente de não acreditar que essa possibilidade exista, eu diria que estamos todos preparados para enfrentar qualquer tentativa que possa haver. Mesmo que seja possibilidade zero, ou quase zero, eu acho que é obrigação nossa estarmos preparados para qualquer eventualidade”, disse o governador, que estava em Campos do Jordão, no interior de São Paulo.
“Estamos preparados e não acredito que possam, de qualquer forma, se repetir os episódios que nós tivemos em 2006”, garantiu. Na ocasião, quase 500 pessoas morreram no estado em ações coordenadas por uma facção criminosa que age a partir dos presídios paulistas.