Campo Grande está com quatro bairros e seus entornos em estado de alerta por causa da proliferação do mosquito aedes aegypit. Na região das Moreninhas, Vila Margarida, Taquarussu e Tiradentes, o índice de infestações prediais do mosquito está acima de 1%, considerado como nível de alerta pelo Ministério da Saúde. Os dados são do Levantamento de Índice rápido do Aedes Aegypit (LirAa), referente à última semana de junho deste ano.
As regiões destes quatro bairros englobam ainda a Cidade Morena, Carandá Bosque, Mata do Jacinto, Vila Jacy e Maria Aparecida Pedrossian, com percentual acima de 1% em quantidade de focos encontrados nas residências.
No entanto, a média da Capital é de índice de infestação de 0,5%, classificado como satisfatório pelo Ministério. O LirAa anterior ao de junho, referente à última semana de abril, quando ocorreram chuvas atípicas em todo Mato Grosso do Sul, mostrava média de 1,5% de infestação. "Tirando estes bairros, a situação está tranquila em Campo Grande. Tem haver com a época em que estamos. O tempo agora está seco e frio, o que baixa as infestações", explicou o coordenador de endemias vetoriais Eliasze Luizo Guimarães.
Mesmo assim, a população não pode baixar a guarda e deve continuar combatendo os focos do mosquito. Em reunião com agentes do Centro de Controle de Endemias e Vetores (CCEV) na manhã de hoje foi elaborada a programação de ações de combate para o segundo semestre do ano. "A partir de setembro e outubro, quando voltam as chuvas, a situação muda. Estamos reestruturando o programa para aperfeiçoar a integração da atenção básica e otimizar o controle. Além disso, as pessoas precisam continuar cuidando de onde moram", detalhou o coordenador.
Os dados também apontam que pneus e baldes continuam sendo os principais criadouros de focos do aedes aegypit nas residências da Capital. "Os focos continuam em maioria dentro das residências. Em algumas são encontrados muitas vezes mais de um foco", expressou Guimarães.
O levantamento também aponta que nos bairros Jardim América, Vila Margarida, Rita Vieira, Centro Oeste e São Lourenço foi registrada quantidade de notificações de doenças transmitidas pelo mosquito muito alta por grupo de 1 mil habitantes. "Temos 298 agentes de endemias e mais 1,5 mil comunitários, reforçamos nossas ações, mas a população precisa fazer a parte dela. A população é bem informada, mas ela age pouco", comentou o coordenador.