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Quem é Al-Khelaïfi, dono do PSG que seduziu Neymar e enterrou o 'MSN'

Quem é Al-Khelaïfi, dono do PSG que seduziu Neymar e enterrou o 'MSN'

Lance!

06/08/2017 - 01h00
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Em meados de 2013, Neymar aterrissou na Espanha sob muita expectativa. Sem qualquer sufoco quanto à adaptação, o astro, num átimo, tornou-se ídolo do Barcelona, rendendo muitos gols e títulos ao clube, contando com os companheiros Suárez e Messi - juntos, os atacantes sul-americanos teceram o badalado trio MSN, que aterrorizou defesas e virou lenda. 

O fato é que a tríade está desfeita. Nesta quarta-feira, o Barcelona confirmou que Neymar está de saída do Camp Nou, o que já culminou, inclusive, em uma despedida de Messi, via Instagram. O destino do craque será o Paris Saint-Germain, cujo dono atende por Nasser Ghanim Al-Khelaifi.

Muitos já sabem que Al-Khelaifi, frequentador assíduo em partidas do PSG, possuiu uma quantia financeira astronômica. Porém, poucos conhecem o perfil do catari de 43 anos. Cabe destacar que, em busca da tão sonhada Liga dos Campeões, Nasser está perto de desembolsar 222 milhões de euros (cerca de R$ 815 milhões) para recrutar Neymar nas próximas horas. 

O dinheiro da transação tem como berço o fundo de investimentos Qatar Sports, que pertence ao mandatário do PSG. Filho de pescadores, Al-Khelaifi, com perdão do trocadilho, nunca esteve tão perto de fisgar um peixe tão ladino, que vem nadando em grande estilo mundo afora. 

Nasser Ghanim Al-Khelaifi é próximo do emir do Qatar, Tamim ben Hamad Al Thani, ex-dirigente da Autoridade de Investimento do Qatar - o fundo soberano do país. Antes de investir no clube parisiense, Al-Khelaifi era presidente do grupo de mídia "beIN", canal esportivo que arrebatou os direitos de transmissão de grandes torneios. Chegou ao comando do PSG em 2011, logo após a compra do clube pelo fundo catari.

Tem reforços de peso como aquisições. Ibrahimovic, Thiago Silva, Cavani e, mais recente, Daniel Alves foram atletas que causaram forte impacto no futebol francês. Trouxeram visibilidade, que será potencializada com a chegada de Neymar. Há que se lembrar que Al-Khelaifi chegou a insinuar uma possível demissão do cargo, em junho, após fracassar na Champions, justamente por conta de uma atuação de gala de Neymar nas oitavas de final. 

ANTIGA REJEIÇÃO DA TORCIDA

Hoje, Al-Khelaifi é unanimidade no Paris Saint-Germain, sobretudo com a proximidade do acerto com Neymar - a ser protagonista da maior transferência do esporte. Contudo, já foi visto até como estorvo no clube.

A desconfiança diminuiu e a aceitação foi crescendo quando o dirigente decidiu reintroduzir as torcidas organizadas, as "ultras", que estavam banidas das arquibancadas do Estádio Parc des Princes por violência e extremismo político. Retornaram no último ano e, com isso, são gratas ao catari.

Discreto e averso a ostentações, Al-Khelaifi foi eleito em 2015 pela "ESPN" a sétima personalidade mais influente do futebol mundial. Pode subir degraus caso, de fato, feche com Neymar - e, no melhor dos cenários, com Alexis Sánchez, destaque do Arsenal e que também está na mira do magnata. 

TENISTA NO PASSADO

Se engana quem acreditava que a única relação de Nasser Ghanim Al-Khelaifi com o esporte se dá de terno e gravata. O catari foi tenista profissional e, de acordo com dados da Federação Internacional de Tênis, ganhou apenas 12 partidas individuais como profissional e acumulou 39 derrotas na carreira, que durou até 2002, quando beirava os 30 anos de idade. A aposentadoria veio com a marca pouco expressiva da posição 995 no ranking da ATP.

Será que, desta vez, Nasser Al-Khelaifi acertará a "raquetada" e fazer o ponto da vida com a chegada de Neymar? Ao que parece, o dono do Paris Saint-Germain tem o match point nas mãos. A confirmar. 
 

Cidades

STF mantém descriminalização do porte de maconha para uso pessoal

Quantia de 40 gramas diferencia usuários de traficantes da droga

14/02/2025 22h00

STF mantém descriminalização do porte de maconha para uso pessoal

STF mantém descriminalização do porte de maconha para uso pessoal ARQUIVO/AGÊNCIA BRASIL

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A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta sexta-feira (14) manter a íntegra da decisão da Corte que descriminalizou o porte de maconha para uso pessoal e fixou a quantia de 40 gramas para diferenciar usuários de traficantes.

O Supremo julga, no plenário virtual, recursos protocolados pela Defensoria Pública e pelo Ministério Público de São Paulo para esclarecer o resultado do julgamento, que foi finalizado em julho do ano passado.

Até o momento, oito ministros seguiram o voto do relator, ministro Gilmar Mendes. Na semana passada, no início do julgamento virtual, o relator votou pela rejeição dos recursos.

Além de Mendes, os ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Flávio Dino, Edson Fachin, André Mendonça, Luiz Fux e Cristiano Zanin votaram no mesmo sentido.  A deliberação virtual será encerrada às 23h59.

Não legaliza

A decisão do Supremo não legaliza o porte de maconha.  O porte para uso pessoal continua como comportamento ilícito, ou seja, permanece proibido fumar a droga em local público.

O Supremo julgou a constitucionalidade do Artigo 28 da Lei de Drogas (Lei 11.343/2006). Para diferenciar usuários e traficantes, a norma prevê penas alternativas de prestação de serviços à comunidade, advertência sobre os efeitos das drogas e comparecimento obrigatório a curso educativo.

 A Corte manteve a validade da norma, mas entendeu que as consequências são administrativas, deixando de valer a possibilidade de cumprimento de prestação de serviços comunitários.

 A advertência e presença obrigatória em curso educativo foram mantidas e deverão ser aplicadas pela Justiça em procedimentos administrativos, sem repercussão penal.

FEMINÍCIDIO

Antes de ser morta pelo ex, Vanessa reclamou de descaso ao denunciar agressor na Deam

Em áudio enviado a amiga, jornalista disse que foi tratada com frieza: "Se eu que tenho instrução fui tratada dessa maneira, uma mulher vulnerável que vai lá vira estatística de feminicídio"

14/02/2025 20h25

Vanessa Ricarte foi assassinada pelo ex-noivo após conseguir medida protetiva contra ele

Vanessa Ricarte foi assassinada pelo ex-noivo após conseguir medida protetiva contra ele Foto: Reprodução

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A jornalista Vanessa Ricarte, 42 anos, assassinada pelo ex-noivo, Caio Nascimento, 35 anos, chegou a reclamar do atendimento recebido na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) quando foi registrar o boletim de ocorrência contra o agressor. A situação é narrada pela vítima em áudio enviado a uma amiga. (ouça o áudio abaixo).

"Fui falar com a delegada, fui tentar explicar toda a situação, ela me tratou bem prolixa, bem fria, seca. Toda hora me cortava", disse.

Vanessa disse ainda que pediu o histórico do ex-noivo, pois havia descoberto que ele já tinha outras denúncias e queria entender a natureza das agressões anteriores, mas a delegada disse que não seria possível passar os dados, que seriam sigilosos.

"Eu estou bem impactada com o atendimento da Deam, da Casa da Mulher Brasileiro. Eu que tenho toda instrução, escolaridade, fui tratada dessa maneira, imagina uma mulher vulnerável, pobrezinha, sem ter rede de apoio chegar lá, são essas que são mortas e vão para a estatística do feminicídio", disse a vítima.

Na conversa, a jornalista também acreditava que teria uma escolta da Polícia Militar até a sua casa após a concessão da medida protetiva, pois o ex disse que só sairia de lá dessa forma, o que não aconteceu.

"Vou para a delegacia e vou chegar com a polícia para tirar ele de casa", disse, a caminho da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam).

A Polícia Civil ainda não se manifestou após a divulgação dos áudios.

Feminicídio

O boletim de ocorrência foi registrado na noite de terça-feira (11) e Vanessa retornou à Deam na quarta-feira (12) à tarde para verificar o andamento do pedido da medida protetiva, que foi deferido pelo Poder Judiciário.

Conforme reportagem do Correio do Estado, a delegada Analu Ferraz informou que todo o procedimento de praxe, como imprimir a medida e entregá-la à vítima, foi seguido.

A vítima, no entanto, não teve o acompanhamento policial esperado até sua casa, onde foi com um amigo para buscar as coisas, sendo surpreendida pelo ex-noivo, que aproveitou o momento em que o amigo de Vanessa ligava para pedir ajuda a outra pessoa e a atingiu com três facadas no peito, próximo ao coração.

O amigo de Vanessa a levou para dentro de um quarto e trancou-se lá com ela, à espera de ajuda. Ele acionou a polícia nesse período, com o agressor esmurrando a porta. 

Ela chegou a ser encaminhada para a Santa Casa, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital.

Cario foi preso ainda no local e teve a prisão em flagrante convertida em preventiva nesta sexta-feira (14), em audiência de custódia.

Em coletiva de imprensa na quarta-feira, a delegada Elaine Benicasa reconheceu a demora do poder público em oferecer a proteção necessária às vítimas, mas ressaltou que a Polícia Civil não é a única responsável pelas essas falhas no sistema.

Sobre o feminicídio da jornalista, a delegada afirmou que foi ofertado o abrigo da Casa da Mulher Brasileira, que atende vítimas de violência doméstica, para que ela se protegesse do agressor até que ele fosse intimado da medida, mas a jornalista optou por dormir na casa de um amigo.

Falha no sistema

O caso da jornalista, em que o agressor conseguiu matar a vítima mesmo ela estando protegida por uma medida protetiva, expôs falhas no sistema de proteção à vítimas de violência doméstica.

Uma reunião sobre o tema foi realizada na tarde de hoje, com participação do secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Antônio Carlos Videira, a desembargadora Jaceguara Dantas, responsável pela Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do TJMS, o presidente do TJMS, Dorival Pavan, entre outros.

A desembargadora Jaceguara Dantas disse que várias possibilidades e tratativas foram debatidas para dar celeridade as intimações ao agressor no caso das medidas protetivas concedidas, mas disse não poder antecipar quais seriam as medidas, pois dependem de estudos legais e viabilidade técnica.

"Mas existe muita disposição e há uma sensibilidade muito grande com essa temática por parte do presidente do Tribunal de Justiça, do governador do Estado, do secretário de segurança, de todos os operadores de direito, no sentido de nós encontrarmos mecanismos para operacionalizar e concretizar essa medida o mais breve possível", disse.

O secretário estadual Segurança Pública, Antônio Carlos Videira, disse que o governo está preocupado com a temática de violência contra a mulher e tem investido na capacitação de servidores para que falam um acolhimento mais humanizado às vítimas.

"O ponto crucial aqui é a celeridade da aplicabilidade das medidas protetivas concedidas. Nós queremos que nenhuma vítima a mais, que tenha a favor de si uma medida, venha a morrer sem o alcance do agressor por parte do Estado", ressaltou.

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