O reajuste de 19,4% do benefício pago pelo Programa Bolsa Família não comprometerá o financiamento de outros programas sociais, segundo a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello.
O ajuste incrementará a despesa do Bolsa Família em R$ 2,1 bilhões. Para financiar o ganho do programa, o Ministério terá de remanejar dinheiro de outros programas de assistência social, como combate ao trabalho infantil, combate à exploração sexual, ressocialização e inserção no mercado de trabalho.
"A nossa ideia é não comprometer nenhuma das áreas estratégicas", disse Tereza, segundo a Agência Brasil. "Não temos a menor intenção de fragilizar as ações. Ao contrário, vamos intensificar", afirmou a ministra em relação ao Programa de Erradicação do Trabalho Infantil, que teve corte em torno de 10%.
De acordo com a ministra, o Bolsa Família permite mais consumo de alimento e de outros produtos básicos. Tereza ainda afirmou que as famílias com crianças e adolescentes de até 15 anos receberão mais 45,5% de benefício específico.
Reajustes
A presidente Dilma Rousseff anunciou o reajuste do Bolsa Família na última terça-feira (1). O reajuste médio será de 19,4%, mas esse índice pode chegar a 45,5%, dependendo da idade dos beneficiados.
O valor ajustado representa, em média, um aumento real de 8,7% acima da inflação no período de setembro de 2009 a março deste ano. Assim, o valor médio passará de R$ 96 para R$ 115. Os benefícios vão variar de R$ 32 a R$ 242.
Estados
Na Bahia, mais de 1,7 milhão de famílias recebem o Bolsa Família, sendo este o estado com maior número de beneficiados.
São Paulo é o segundo estado mais beneficiado pelo programa, com 1,2 milhão de famílias. Em seguida vem Minas Gerais, com 1,1 milhão de famílias beneficiadas.