Parte da decoração da casa brasileira é composta por utensílios que remetem à época de formação do país. Entre eles está a rede de balanço, também conhecida como rede de dormir ou rede de descanso em algumas regiões do Brasil. A origem dela, de acordo com relatos históricos, está ligada aos índios, que entrelaçavam o cipó e a liana, espécie de trepadeira, para fabricar o chamado hanaka, usado para o repouso.
Na época da colonização, a técnica dos índios foi incorporada pelas mulheres dos colonos que fabricavam redes com franjas para servir como meio de descanso e objeto de decoração. Com o templo, elas se desenvolveram e se adaptaram aos novos ambientes e às possibilidades de manufatura. “Hoje, além das tradicionais redes de algodão, é possível encontrar opções feitas com materiais recicláveis e sintéticos, como o nylon e a lona”, conta a designer de interiores Adriana Baccari.
Embora mais comuns nas áreas litorâneas, interioranas e no nordeste brasileiro, a rede também pode ser encontrada nas grandes cidades do Sudeste e Centro-Oeste. “Elas se encaixam melhor em casas com espaços amplos, mas também caem bem em varandas de apartamentos“, comenta Adriana. Dependendo do espaço disponível, o rol de opções pode aumentar. “Elas costumam ter quatro metros de comprimento, mas há tipos menores, muito semelhantes a cadeiras suspensas, e maiores, que comportam até duas pessoas.”
Para quem deseja instalar a rede em áreas internas da casa, Adriana chama a atenção para a decoração. “Como qualquer outro item a ser integrado em uma composição, a rede precisa ser escolhida de acordo com o que já se tem. Se a casa é muito colorida, vale escolher cores mais básicas, como o branco e o vermelho”, afirma. Além do aspecto estético, a segurança também é importante na hora de escolher a rede. “Prefira opções com algodão natural e com reforço nas extremidades. Elas duram mais e são mais fáceis de lavar”, completa.