Uma semana depois da entrada em vigor da portaria do Ministério da Saúde que reduziu de 18 para 16 anos a idade mínima e de 65 para 67 a idade máxima dos doadores, o Banco de Sangue da Santa Casa registrou aumento considerável de doadores. A .expectativa dos hemocentros de Mato Grosso do Sul é elevar em até 13% o número de doações de sangue. Em sete dias foram 307 bolsas de sangue que abastecerão o maior hospital de Mato Grosso do Sul.
Além da faixa etária, os hemocentros e bancos de sangue passam a receber doações de toda orientação sexual, quando anteriormente pessoas declaradas homossexuais eram barradas. Os hemocentros precisam também atender em sua estrutura, as necessidades especiais de portadores de deficiência física.
“Antes mesmo da portaria do Ministério da Saúde nós já atendíamos os portadores de deficiência física, pois o Banco de Sangue da Santa Casa tem condições de atender sem dificuldade. Nós ainda estamos nos adaptando, se adequando as novas medidas, mas já sentimos uma diferença no número de doações, entre homossexuais, portadores de necessidades especiais, idosos e menores, com autorização dos pais, principalmente com a campanha que estamos desenvolvendo”, observa Jane Maria Rodrigues Queiroz, encarregada do Banco de Sangue da Santa Casa.
O crescimento do número de doadores é atribuído também a parceria com a Base Aérea de Campo Grande que tem orientado os recrutados para doarem sangue. Do dia 15 de junho, quando a portaria entrou em vigor até a manhã desta terça-feira foram, em média, 200 doações, entre cerca de 30 a 40 diariamente, além dos atendimentos de rotina, que chegam a 60.
Mesmo com o aumento das doações, o maior problema ainda é encontrar doadores com sangue de reagente negativo. Ontem foram registradas quatro doações tipo O negativo e duas de A e B negativos.
Serviço
O Banco de Sangue da Santa Casa funciona de segunda a sexta-feira, das 07h às 11h e das 12h às 17h. Está localizado na rua Eduardo Santos Pereira, 88, esquina com a rua 13 de Maio, em Campo Grande