As equipes de tapa-buraco, que estão há quase 11 meses reduzidas por causa da pandemia da Covid-19, como uma forma de diminuir os gastos da Prefeitura de Campo Grande, devem voltar ao normal até o início de março. É a previsão do titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), Rudi Fiorese.
As equipes estavam atuando de forma reduzida desde março do ano passado. Com isso, as obras estavam sendo realizadas com redução de 50% das equipes de trabalho.
Além disso, o serviço de recomposição em vias não asfaltadas também tem ocorrido com redução de profissionais, de 10 equipes a administração municipal passou para seis até o fim do ano passado.
“O normal são 15 equipes, mas no ano passado, com a redução, chegou a ter sete. Como era um período de estiagem, a gente aproveitou para reduzir. Agora, com as chuvas, aumentamos um pouco no começo do ano e até o fim deste mês, começo de março, devem ter 15 [equipes] novamente. A gente tem realmente que aumentar, porque senão ficam muitos buracos”, afirmou Fiorese.
Segundo o secretário, hoje são 11 equipes na ativa, mas ainda não são suficientes para resolver o problema dos buracos durante o período chuvoso. No começo do ano já havia ocorrido um aumento, e o número passou de sete equipes em atividade para 10.
“Agora estamos em 11 equipes, mas quando tem necessidade a gente aumenta. Já teve época que chegou a ter 30 equipes. Nosso contrato é feito para cada região, e à medida que vai tendo necessidade, quando chove e aparece buraco, a gente aumenta”, declarou.
A decisão de reduzir partiu do Executivo municipal, que solicitou que todas as secretarias fizessem cortes de gastos para manter a solidez nas contas públicas no momento de crise. A estimativa da administração era de que fosse poupado cerca de R$ 1 milhão por mês apenas com a Sisep.
Durante os nove meses que as equipes passaram com uma redução significativa, a economia chegou a cerca de R$ 5 milhões. Já agora, no período chuvoso, Fiorese afirma que o gasto por mês nesta época chega a até R$ 2 milhões. “No ano passado, tiveram meses que não chegaram a gastar nem R$ 1 milhão”, completou.
Na data em que a decisão para redução de equipes foi tomada, o Estado estava em um período de poucas chuvas, o que reduz o número de buracos nas vias. Por este motivo, o prefeito orientou que os gastos da secretaria fossem reduzidos com tal medida.
Como o período chuvoso retornou em dezembro, as chuvas não permitem que os buracos sejam tapados e abrem novos, aumentando fortemente a quantidade de vias que precisam receber manutenção. Muitas vezes as equipes não conseguem trabalhar em nenhuma região da Capital, e, com as equipes reduzidas, o trabalho é redobrado.
“Se começa a chover desde a manhã, as equipes não vão trabalhar, mas se chove à tarde elas conseguem fazer alguma coisa até 12h, por aí”.