Com investimentos de aproximadamente R$ 40 milhões e cronograma de execução de 18 meses, reforma do Aeroporto Internacional de Campo Grande vai fazer com que se recupere um “gap” de demanda, ampliando a capacidade atual, de 2,2 milhões de passageiros por ano, para 5 milhões. A afirmação é do presidente da Infraero, brigadeiro Helio Paes de Barros Filho, que participa nesta manhã (18) de assinatura da ordem de serviço para o empreendimento. A previsão é que as obras tenham início dentro de um mês.
O projeto de reforma prevê que a estrutura será dobrada no sentido longitudinal, possibilitando que o passageiro circule pela área ao abrigo da chuva. Barros Filho destacou que a construção da área coberta será uma das partes mais importantes da obra.
Segundo o presidente da Infraero, as obras não devem trazer grande impacto ao usuário, porém reconheceu que algumas dificuldades pontuais poderão ocorrer. “Não vai atrapalhar. Talvez cause algum transtorno para a coletividade, mas vamos ter que conviver com isso”, comentou.
“São mais de 800 aeroportos regionais e estão sendo feitos investimentos diretos em 40, mas podemos chegar a 600 aeroportos” disse o brigadeiro .
Governador Reinaldo Azambuja (PSDB) disse que, com a reforma, capacidade vai dobrar e Estado terá melhor condições de receber passageiros. Ele lembrou do Decola MS, projeto que reduz Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em 1,4% do querosene,que vai aumentar a competitividade e reduzir valor de passagens. “Estamos colocando em ação o que era sonho de outros governos”, disse.
Azambuja afirmou também que está em processo licitatório o aeroporto de Coxim e que o Estado avalia mais parcerias com a Infraero para os aeroportos de Dourados, Porto Murtinho e Três Lagoas.
O secretário Nacional de Aviação Civil, do Ministério da Infraestrutura, Ronei Glanzmann, destacou que a reforma do aeroporto também deve oportunizar a abertura de novos voos e a vinda de mais companhias aéreas para a região e afirmou que o interesse pelo terminal da Capital é porque Mato Grosso do Sul está em localidade estratégica e precisa estar apto para receber empresas do Mercosul, Paraguai, Argentina, Uruguai e Chile.
“Tem a necessidade de ampliar pois o terminal está defasado” disse o secretário nacional, lembrando que o projeto do aeroporto de Campo Grande foi feito na década de 80.
Secretário também confirmou corte de R$ 68 milhões anunciado pelo ministério da Economia para aeroportos do país que estão com obras em andamento. No caso do aeroporto de Dourados, o secretário enfatizou que a obra está sendo realizada em parceria com o Exército e o corte não afetará o andamento das obras. “Os investimentos em Dourados estão garantidos”, afirmou.