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Refugiados do Sudão do Sul podem ultrapassar 100 mil até final do mês, diz ONU

Refugiados do Sudão do Sul podem ultrapassar 100 mil até final do mês, diz ONU

Agência Brasil

17/01/2014 - 17h15
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Mais de 86 mil pessoas fugiram dos combates no Sudão do Sul para países vizinhos desde meados de dezembro, segundo dados divulgados hoje (17) pela Organização das Nações Unidas (ONU), que prevê que os refugiados ultrapassem os 100 mil no final de janeiro.

“Desde meados de dezembro, […] mais de 86.000 sul-sudaneses refugiaram-se nos países vizinhos. Se as pessoas continuarem a chegar a uma média de perto de 1.000 por dia, esperamos que o número de refugiados ultrapasse os 100.000 até ao final de janeiro”, declarou um porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), Adrian Edwards, em uma conferência de imprensa em Genebra.

Metade dos refugiados fugiu para o Uganda (46.500), mais de 20.600 encontram-se na Etiópia, pelo menos 8.900 estão no Quênia e cerca de 10.000 refugiaram-se no Sudão, segundo o Acnur, que disse precisar de US$ 58,8 milhões para responder às necessidades humanitárias causadas pela crise.

Diante da grave situação, a agência da ONU prevê construir campos de refugiados e aumentar os que já existem em Uganda, na Etiópia e no Quênia.

No interior do Sudão do Sul, as pessoas deslocaram-se para perto das fronteiras e estão prontas para atravessar se a situação piorar, disse Edwards, sem indicar números.

A ONU estima em cerca de 468 mil o número de deslocados devido aos combates no Sudão do Sul desde 15 de dezembro.

O conflito foi desencadeado por uma luta de poder entre o presidente Salva Kiir e seu ex-vice-presidente Riek Machar e corre o risco de se transformar em uma guerra civil, já tendo causado milhares de mortes.

omertá

Jamilzinho já acumula penas que ultrapassam meio século

A partir da próxima segunda-feira ele enfrenta novo júri, desta vez pelo assassinato do Playboy da Mansão. Em outras quatro condenações, soma 54 anos de prisão

11/09/2024 11h40

Em julho do ano passado Jamil Name Filho foi condenado a 23,5 anos de prisão pelo assassinato do estudante Matheus Xavier

Em julho do ano passado Jamil Name Filho foi condenado a 23,5 anos de prisão pelo assassinato do estudante Matheus Xavier

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Prestes a voltar ao banco dos réus acusado de ser mandante do assassinato de Marcel Hernandes Colombo, o empresário Jamil Name Filho, ou Jamilzinho, já acumula penas de pelo menos 54 anos e três meses por conta de outras quatro condenações criminais.

O júri, que desta vez será por vídeoconferência do presídio federal de Mossoró (RN), onde esta recolhido Jamilzinho, está previsto para começar na próxima segunda-feira (16) e pode se estender por até quatro dias. 

E, além de Jamil Name Filho, serão julgados o ex-guarda municipal Marcelo Rios e o policial federal Everaldo Monteiro de Assis. Estes dois devem participar do júri presencialmente e ambos também já estão condenados por conta de outras ações judiciais decorrentes das investigações da Operação Omertá. O policial está em liberdade, mas o ex-guarda está preso em Mossoró.

Marcel Colombo, que era conhecido como Playboy da Mansão por conta de festas barulhentas que promovida em uma casa no bairro Carandá Bosque, foi executado em um bar na Avenida Fernando Correa da Costa, na madrugada de 18 de outubro de 2018. 

O mandante, conforme a acusação apresentada pelo Ministério Público Estadual, foi Jamil Name Filho, que cerca de dois anos antes apanhou do Playboy em uma casa noturna. Na ocasião, Marcel teria retirado algumas pedras de gelo da mesa de Jamilzinho, que não teria gostado. Por conta disso, Marcel acabou agredindo Jamil.

Por conta dessa agressão, Jamil teria afirmado que mataria Marcel. A própria ex-esposa de Jamil alertou Marcel e ele acabou saindo de Campo Grande por cerca de seis meses. Apesar do retorno, a ameaça de morte não foi cumprida de imediato. Mas isso somente porque o pai de Jamilzinho, Jamil Name, que morreu aos 82 anos no presídio de Mossoró, não permitia.

A permissão acabou sendo dada pelo pai, conforme a investigação, depois que este tomou conhecimento de mensagens de áudio que Marcel Colombo divulgou fazendo chacota da família Name. Irritado por conta disso, deu autorização para que o filho cumprisse sua ameaça feita no dia em que as pedras de gelo motivaram a agressão física. 

OUTRAS CONDENAÇÕES

A pena mais pesada aplicada até agora contra Jamil Name Filho, de 23,5 anos, é pela morte “acidental” do estudante de Direito  Matheus Coutinho Xavier, executado em 9 de abril de 2019, no Bairro Bela Vista, em Campo Grande.

O alvo, segundo a investigação, era o pai do estudante, o ex-PM Paulo Xavier. Após quatro dias de julgamento, a pena foi aplicada em 19 julho do ano passado. 

Outra punição, esta de 13,5 anos de prisão, é por organização criminosa, já que ele tinha a seu serviço um pequeno batalhão de pistoleiros para executarem suas ordens. Inicialmente ele havia sido condenado a seis anos por conta desta acusação, em julho de 2022. Mas, em agosto de 2024 o Tribunal de Justiça reformou a decisão e aumento a pena em mais 7,5 anos.

Antes disso, em dezembro de 2020, ele já havia sido condenado a 4,5 anos de prisão acusado de ser proprietário de um arsenal de 26 armas apreendidas durante a investigação para esclarecer a morte de Matheus Xavier.

Policiais  descobriram seis fuzis, um revólver 357, 11 pistolas 9 milímetros, quatro pistolas ponto 40, uma pistola de calibre 22 e outra pistola de calibre 380, além de duas espingardas, sendo uma de calibre 12 e outra de calibre 22. Também foram encontradas 1.753 munições, 392 para os fuzis AK-47.

O armamento estava em uma casa no bairro São Bento, na região central de Campo Grande, que pertencia à família Name. E, justamente por conta deste imóvel é que Jamilzinho foi condenado a outros 12 anos e oito meses anos de prisão, no final de junho de 2022..

Conforme a denúncia do Ministério Público acatada pela Justiça, o imóvel foi tomado à força de um casal que havia tomado um empréstimo de R$ 80 mil da família Name. Como o casal não conseguiu quitar o empréstimo e os juros, foi forçado, sob ameaça de espancamento com tacos de basebol, arame farpado e sob mira de arma de fogo, a repassar a casa para Jamilzinho.

O casal denunciou o caso após Jamil Name Filho ser preso, em 2019, sob acusação de ser o mandante da morte do estudante. Jamil Filho também foi condenado ao pagamento de indenização de pelo menos R$ 1,7 milhão ao casal. 

MAIS AÇÕES

Além das quatro condenações e do júri que começa segunda-feira, Jamil Name Filho responde ainda a cerca de dez ações penais em decorrência das investigações da "Operação Omertà". Em parte desses processos ele obteve vitória, mas o Ministério Público está recorrendo.

Uma destas ações, que foi arquivada em primeira instância, é relativa ao assassinato de Ilson Martins, sargento reformado e chefe de segurança da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul. Ele teve o carro fuzilado na Avenida Guaicurus, no dia 11 de junho de 2018. 

Investigações iniciais apontaram que o crime havia sido uma vingança pelo desaparecimento de Daniel Alvarez Georges, filho de Fahd Jamil, que foi dado como desaparecido e morto em maio de 2011. Mas o caso está engavetado. 

Ele virou réu também por tentar impedir e embaraçar as investigações policiais, com agravante de emprego de arma de fogo.
Também por conta da Operação Omertà, o Ministério Público denunciou a organização criminosa chefiada pelos Name por exploração do jogo do bicho e lavagem de dinheiro. Conforme o MPE, o jogo do bicho rendia de R$ 70 a R$ 80 mil líquidos por dia à família Name.

Outros seis processos foram abertos envolvendo o armamento apreendido na casa do bairro São Bento. Dentre as ações penais, estão: porte ilegal e receptação de munições de origem estrangeira e de uso restrito; posse ilegal e receptação de munições de origem estrangeira; dois processos de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito; e dois por posse irregular de arma de fogo de uso permitido.
 

EQUIPAMENTOS NOVOS

Polícias Militar e Civil recebem 120 novos fuzis do governo

Investimento nos novos armamentos ultrapassa a bagatela de R$ 1,5 milhão; ao todo, 104 serão destinadas à Polícia Militar e as outras 16 para a Polícia Civil

11/09/2024 10h45

Policiais receberam os novos armamentos nesta semana, com presença do governador Riedel

Policiais receberam os novos armamentos nesta semana, com presença do governador Riedel Foto: Álvaro Rezende

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Novos armamentos foram entregues às Polícias Militar e Civil nesta semana, provenientes de um investimento de R$ 1,5 milhão, para melhoria nos equipamentos dos departamentos estaduais de segurança.

Ao todo, foram 120 fuzis da marca italiana Beretta, famosa por produzir e exportar armas ao mundo inteiro, sendo todas elas no modelo ARX-200, calibre 7,62. Desses 120 novos armamentos, 104 serão destinados à Polícia Militar e as outras 16 para a Polícia Civil.

"O principal é que nossas forças de segurança estejam equipadas com o que há de melhor. Esse equipamento deixa a tecnologia à disposição das polícias do Estado para fazer frente ao crime organizado, a toda estrutura internacional do tráfico, e garantir uma segurança pública mais eficaz, eficiente", afirmou o governador Eduardo Riedel durante o evento de entrega dos fuzis.

Outros investimentos

Em outubro do ano passado, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) entregou 6 mil pistolas 9mm, novamente da marca Beretta, aos policiais militares, em um investimento que ultrapassou os R$ 14 milhões. Ainda, na mesma época, uma reciclagem de cursos de armamento e tiros também foi feito.

Meses antes, em agosto de 2023, 2.500 pistolas Glock 9mm foram adquiridas pelo Governo do Estado, a fim de substituir aquelas já utilizadas pela Polícia Civil. Ao todo, o investimento para troca desses armamentos foi de R$ 5,8 milhões.

Neste ano, em março, a Polícia Penal de MS comprou, através do repasse do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen), novas 45 pistolas da marca austríaca Glock, em um investimento total de R$ 90 mil. Esses novos armamentos são do tipo semiautomático, calibre 9mm, cano com comprimento máximo de 132,08 mm e capacidade mínima para 15 tiros.

Em junho, a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) anunciou a aquisição de 700 pistolas Taurus TS9 9mm, para treinamento e uso operacional pela Polícia Militar. O investimento total desses armamentos estiveram na casa de R$ 2,45 milhões.

Beretta - Saiba

Fundada em 1526 na cidade italiana Bréscia, a Beretta é a fábrica mais antiga do mundo quando o assunto é produção de armas de fogo e esteve presente em todas as guerras do continente europeu desde 1650. Sua primeira fábrica no Brasil chegou apenas em 1974, na capital paulista, a fim de fornecer novos armamentos ao Exército Brasileiro e participar da modernização de equipamentos do órgão militar.

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