De 1º de janeiro até o dia 14 deste mês, Mato Grosso do Sul registrou 339 focos de incêndio, conforme levantamento feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Em comparação com o ano passado, o número de queimadas é 55,9% menor — em 2009 foram 770 registros, no mesmo período. Anteontem, o Estado aparecia em segundo lugar no ranking nacional, com 43 focos, perdendo somente para Mato Grosso, que estava com 301 locais com fogo.
Desde que o Inpe monitora o número de queimadas na América do Sul, o ano mais crítico para MS foi 2005, com 1.057 registros, seguido de 2009, com 770 e, agora, 2010, com 339. A unidade da federação com situação mais crítica, neste ano, é a Bahia, onde já foram computados 845 pontos de calor, seguida de Mato Grosso, com 675, e Roraima, com 423.
Somente em maio foram 37 casos de queimadas no Estado. Uma delas foi registrada na noite de sexta-feira, na MS-060, entre Nioaque e Sidrolândia, próximo da Serra de Maracaju. As labaredas estavam próximas da rodovia e a fumaça cobria a pista, levando perigo para os motoristas. De acordo com a Polícia Rodoviária Estadual (PRE) de Sidrolândia, não foram registrados acidentes no local.
Reportagem do Correio do Estado publicada na edição de anteontem mostra que pelo menos oito acidentes foram causados pelo fogo próximo à pista em 2010, conforme a Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Tempo
O meteorologista Natálio Abrahão explicou que, neste ano, houve muita chuva nos primeiros meses, que contribuiu para a diminuição do total geral de focos de calor. A previsão é de que, a partir de amanhã, o tempo fique nublado, com a umidade relativa do ar em elevação. Segundo Natálio, haverá variação de temperatura no centro-sul do Estado, com nevoeiro e chuva entre Ponta Porã e Dourados. (ST)