Ter um relacionamento amoroso feliz e estável pode ser o suficiente para diminuir o risco de se viciar em drogas, segundo um estudo feito com animais e divulgado na edição deste mês da revista especializada ´´Journal of Neuroscience´´.
As drogas viciam porque agem em uma área do cérebro conhecida como ´´sistema de recompensas´´, que também controla nossa vontade de comer e fazer sexo. Basicamente, esse sistema serve para garantir que nós façamos aquilo que é essencial para nossa sobrevivência.
É por isso que sexo e comida dão prazer. As drogas alteram o funcionamento dessa região do cérebro e fazem o organismo sentir que precisa de algo que faz mal.
Os relacionamentos estáveis formados na vida adulta também agem nessa região e podem proteger o cérebro de vícios, acreditam cientistas da Universidade Federal da Flórida, nos Estados Unidos.
No estudo, os pesquisadores analisaram o efeito das anfetaminas no cérebro de exemplares de arganaz-do-campo, um pequeno roedor típico da América do Norte que é monogâmico e forma casais para a vida toda.
De acordo com o estudo, os machos da espécie que tinham uma companheira mostraram menos interesse na droga do que os ´´solteiros´´.
Seus cérebros liberaram as mesmas quantidades de endorfina, o hormônio do prazer, mas aqueles que não estavam em um ´´relacionamento´´ ficaram mais suscetíveis aos efeitos da droga.