Três jornalistas foram hostilizados na tarde desta quinta-feira (11) em uma cobertura de incêndio na capital.
Os repórteres foram enviados para realizar a cobertura de um incêndio, que chamava atenção pela grande quantidade de fumaça. Durante o trabalho, os jornalistas de diversos veículos estavam tirando fotografias e procurando por entrevistados que pudessem falar sobre o incêndio, que acontecia em um ferro velho localizado na rua Manoel da Costa Lima, próximo ao terminal bandeirantes.
Segundo a repórter do Correio do Estado, Ana Clara Santos, que acompanhava as movimentações ao redor do local, os funcionários do ferro velho estavam incomodados com a imprensa, se recusavam a responder perguntas e não queriam que imagens do incêndio fossem feitas. Após perceberem que os jornalistas não sairiam do local, o proprietário passou a fazer ameaças, que se estenderam até aos bombeiros, que utilizavam um drone para filmar o local.
Em determinado momento, o proprietário do ferro velho foi “tirar satisfação” com um fotojornalista. Com medo de uma possível agressão, a jornalista Ana Beatriz Rodrigues entrou na discussão, a fim de defender o colega de profissão.
Durante a briga, uma funcionária do ferro velho apareceu e agrediu a jornalista com um tapa, que derrubou seu celular - que filmava a confusão - no chão. Um terceiro jornalista chegou a ser agredido durante a briga.
Ana Beatriz lamentou o ocorrido, e reforçou que a imprensa não pode se calar frente às agressões sofridas no ambiente de trabalho.
“Foi horrível, foi triste. Faz 2 anos que eu faço parte da imprensa, que eu estou nessa luta, e é a primeira vez que eu passo por isso. E eu quero que seja a última. A imprensa não pode se calar. Foi por isso que a gente chamou a Polícia Militar e a gente vai fazer Boletim de Ocorrência a respeito disso”, comentou.
Veja o vídeo:
A Polícia Militar foi acionada e compareceu no local,. Após ouvir os relatos, recomendou que os envolvidos fossem à delegacia para registrar ocorrência.
O incêndio
Segundo o Major Fábio Pereira de Lima, comandante de socorro, três viaturas do corpo de bombeiros foram enviadas ao local. 6 mil litros de água foram utilizados para apagar o incêndio, que aconteceu em um ferro velho com carcaças altamente inflamáveis
O incêndio provocou uma fumaça escura, que pôde ser vista de longe. A causa do incêndio não foi identificada.
O local estava certificado para funcionamento pelo corpo de bombeiros.