Cidades

Dia da Amazônia

Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Juma é considerada modelo

Além de zerar o desmatamento, o projeto desenvolvido na área tem promovido a geração de renda

Agência Brasil

05/09/2017 - 08h42
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A Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Juma, localizada às margens da BR-319, no Amazonas, é considerada modelo no país e no mundo. Além de zerar o desmatamento, o projeto desenvolvido na área tem promovido a geração de renda e a defesa da floresta pela comunidade local.

Na contramão do crescimento do desmatamento, a reserva vem registrando nos últimos anos redução das taxas de devastação. Os dados mais atualizados do governo federal são de 2015 e mostram que não foi registrado nenhum novo desmatamento.

A redução é atribuída à implantação na área, em 2008, do primeiro projeto brasileiro de Redd, que significa Redução de Emissão de Gases de Efeito Estufa provenientes do Desmatamento. No mesmo ano, a iniciativa, idealizadas pela organização não governamental (ONG) Fundação Amazonas Sustentável (FAS), foi a primeira do país e do Continente Americano a receber um certificado internacional por desmatamento evitado.

No Dia da Amazônia, comemorado hoje (5), o coordenador do programa Soluções Inovadoras da FAS, Victor Salviati, fala sobre a reserva. “A gente desenvolveu vários estudos. A gente viu que se nada fosse feito, de 2008 a 2050, que é o nosso cenário, seriam desmatados quase 66% da área e seria emitido algo em torno de 189 milhões de toneladas de carbono.

 Esse desenho foi feito com três eixos para tratar os vetores do desmatamento: primeiro um investimento estruturante em geração de renda, programas comunitários e geração de emprego, o segundo, investimento em capacitação e educação formal e o terceiro, desenvolvimento científico e monitoramento”, explica.

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Por meio do Redd, empresas nacionais e internacionais apoiam atividades de redução de desmatamento e de emissões na Reserva do Juma, que é um mecanismo financeiro para geração de créditos de carbono. Atualmente, o projeto beneficia 476 famílias, cerca de 2 mil pessoas, divididas em 38 comunidades em áreas remotas. De acordo com Victor Salviati, elas recebem apoio para produção, principalmente, de farinha, açaí, castanha e pesca artesanal e ainda um pagamento pelos serviços ambientais, por meio do Programa Bolsa Floresta.

“Além dos investimentos estruturantes, há os investimentos nas pessoas. A fundação acredita muito que a conservação da floresta está ligada às pessoas, são os guardiões da floresta. A gente dando oportunidade a essas pessoas de sonhar, dando educação de qualidade, infraestrutura produtiva, capacitação, comunicação e transporte, elas conseguem viver melhor. E quem vive melhor faz a melhor gestão desses recursos naturais”, afirma Salviati.

A Reserva do Juma foi criada em 2006 pelo governo do Amazonas e é gerenciada pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente. Ela está situada em uma área de alto risco de desmatamento, no município de Novo Aripuanã, a 227 quilômetros de Manaus.

“Há um empoderamento dos benefícios da biodiversidade da unidade de conservação, tanto que eles estão sempre vigilantes. Sempre que há uma ameaça à integridade daquilo de que tanto zelam, eles acionam o órgão ambiental para fazer a fiscalização. Isso nos deixa muito satisfeitos com os resultados até aqui alcançados”, ressalta o secretário de Meio Ambiente, Antônio Stroski.

Rosângela dos Santos Ribeiro é moradora e representante da comunidade São Félix. Ela tem 47 anos, é casada, tem oito filhos e trabalha na cadeia produtiva da farinha. Dona Rosa, como é conhecida, tem muito orgulho de viver na reserva e de contribuir com a preservação da floresta.

“Aqui na nossa reserva (esse projeto) é muito importante, muito mesmo porque ajudou muitas pessoas financeiramente a cuidar de onde mora. Vieram muitos projetos para os jovens também. Isso daqui é nosso. A gente tem que cuidar. Eu me sinto bem morando na minha comunidade”, destacou a moradora.

A expectativa do projeto de Redd na Reserva do Juma é conter, até 2050, a emissão de aproximadamente 190 milhões de toneladas de gás carbônico e evitar o desmatamento de 366 mil hectares de floresta. Até 2015, cerca de 6 milhões de toneladas de gases de efeito estufa deixaram de ser emitidas na atmosfera por meio da iniciativa.

MATO GROSSO DO SUL

Operação Pantanal 2025 irá durar o ano todo

Durante todo o ano de 2025, haverá prevenção; preparação; monitoramento e combate do fogo

11/12/2024 11h30

Secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Antônio Carlos , discursando no QCG

Secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Antônio Carlos , discursando no QCG Paulo Ribas

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Operação Pantanal 2025 irá durar todos os 365 dias e 12 meses de 2025, ininterruptamente.

Diferentemente das operações anteriores, militares estão prontos e alertas durante todo o ano de 2025 para prevenir e combater incêndios florestais no Pantanal Sul-mato-grossense.

De acordo com o subcomandante geral do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul e comandante da Operação Pantanal, Adriano Noleto Rampazo, durante todo o ano de 2025, haverá prevenção; preparação (por meio de cursos especializados de pilotagem de veículos/embarcações e de combate a incêndio florestal); monitoramento e combate do fogo.

Todo o efetivo do CBMMS estará envolvido na Operação Pantanal 2025, mediante escala de serviço. Para o ano que vem, haverá novos militares, tendo em vista que 168 soldados se formaram em novembro de 2024 e 240 militares temporários começarão a atuar no próximo ano.

“Vamos nos preparar melhor ainda, vamos fazer um novo curso de combate a incêndio florestal, curso de pilotagem de veículos 4x4, curso de pilotagem de embarcações. Ano que vem vamos trabalhar mais para que tenha um resultado ainda melhor”, comentou.

OPERAÇÃO PANTANAL 2024

Incêndios de grandes proporções atingiram o Pantanal sul-mato-grossense de junho a outubro de 2024.

Segundo Rampazo, 1,6 milhão de hectares foram queimados, em 2024, no Pantanal Sul-mato-grossense. Em 2022, a área queimada foi de 3 milhões de hectares.

As queimadas transformaram cenários verdes e cheios de vida em paisagens cinzentas e mortes. O fogo destruiu matas, áreas verdes, vegetações, florestas, biodiversidade e espécies nativas (fauna e flora) do Pantanal.

Corpo de Bombeiros Militar (CBMMS), Polícia Militar Ambiental (PMA), Exército Brasileiro, Marinha do Brasil, Força Nacional, Sistema Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Homem Pantaneiro (IHP), SOS Pantanal e brigadas voluntárias foram os responsáveis por combater as chamas.

Bombeiros militares fizeram o possível e impossível para que o incêndio deste ano fosse de menores proporções em relação aos anos anteriores.

“A SEMADESC, colhendo todos esses dados, já mostrou que seria um ano bastante atípico devido ao baixo índice de chuvas que tinham as previsões. O índice do Rio Paraguai já essa previsão de ser o menor, menor profundidade. Desde o início foi dito que teríamos um ano ou igual ou pior que 2022 e conseguimos mostrar que uma área queimada foi bem menor que 2022. Foi um ano bastante exitoso. Conseguimos cumprir essa missão muito bem e isso é muito claro quando se mostra a quantidade de áreas queimadas”, comentou Rampazo.

Atualmente, não há focos de incêndio ativos no Pantanal de MS.

“Hoje está controlado. Estamos monitorando ainda um fogo que está do lado de Mato Grosso, temos equipes lá na Serra, na base da Serra do Amolar, para que façam esse acompanhamento. Mas hoje não temos nenhum incêndio em andamento”, detalhou o sucomandante-geral do CBMMS.

Nesta quarta-feira (11), a Coronel BM, Tatiane Inoue, deixa a Diretoria de Proteção Ambiental (DPA) para assumir a chefia da assessoria de comunicação do CBMMS.

MATO GROSSO DO SUL

Menos famílias de MS serão contempladas com Bolsa Família em dezembro

Em comparação com o mês passado, 1,6 mil famílias a menos receberão o benefício no MS e valor médio cai quase R$ 5

11/12/2024 11h15

Governo Federal repassa Bolsa Família de dezembro aos beneficiários de MS

Governo Federal repassa Bolsa Família de dezembro aos beneficiários de MS Foto: Divulgação/Gov

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Começou o repasse do Bolsa Família de dezembro aos beneficiários sul-mato-grossenses, e 204.977 famílias serão contempladas com o valor médio de R$ 685,50, montante menor do que o repassado em novembro, e sob investimento total de R$ 140,18 milhões do Governo Federal.

Desta vez, 120,8 mil crianças de zero a seis anos serão contempladas com o Benefício Primeira Infância, do qual cada criança nesta faixa etária recebe um adicional de R$ 150. Outros benefícios complementares do programa social contemplaram 185,5 mil crianças e adolescentes de sete a 18 anos, 14.890 gestantes e 4.733 nutrizes (mãe que amamenta) com R$ 50 adicionais.

Também, grupos prioritários receberão o auxilio, como 1.318 famílias em situação de rua, 21.530 de indígenas, 447 de quilombolas e 167 famílias com crianças em situação de trabalho infantil no Mato Grosso do Sul.

Campo Grande segue sendo a cidade com maior número de famílias contempladas no estado, com 52.834, seguido por Dourados (13.993), Corumbá (10.173), Ponta Porã (9.803) e Três Lagoas (7.896). Todos os 79 municípios sul-mato-grossenses foram atendidos pelo Bolsa Família.

Acerca das cidades de MS com maior média de valor repassado, Paranhos - com 1.861 beneficiários e 12,9 mil habitantes - continua na liderança com R$ 825,12, seguido por Ladário (R$ 734,79), Japorã (R$ 730,57), Corumbá (R$ 722,34) e Porto Murtinho (R$ 722,08).

Segundo o comunicado federal, os pagamentos iniciaram-se nesta terça-feira (10), com o benefício sendo pago para os beneficiários com o NIS terminado em 1. Hoje, terça-feira (11), serão pagos para aqueles com final 2 e assim por diante. Confira o cronograma completo de pagamentos neste mês de outubro, divulgado pelo Governo:

Governo Federal repassa Bolsa Família de dezembro aos beneficiários de MS Cronograma de pagamento do Bolsa Família no MS em dezembro - Foto: Governo Federal

Novembro: efeito de comparação

No mês passado, o repasse médio foi de R$ 690,32 às 206,5 mil famílias sul-mato-grossenses oriundos do programa social Bolsa Família. Investimento governamental no estado com o programa social ultrapassou R$ 142,2 milhões.

Ainda em novembro, 122,3 mil crianças de zero a seis anos foram contempladas com o Benefício Primeira Infância. Outros benefícios complementares do programa social contemplaram 186,2 mil crianças e adolescentes de sete a 18 anos, 16,6 mil gestantes e 4,8 mil nutrizes com R$ 50 adicionais.

Âmbito Nacional

No Brasil, 20,81 milhões de famílias foram beneficiadas em outubro com o Bolsa Família, com investimento total de R$ 14,07 bilhões do Governo Federal. O valor médio nacional repassado é de R$ 678,36 e 54,37 milhões de pessoas estão envolvidas diretamente com o benefício.

Dentre os estados com mais de 1 milhão de contemplados com o benefício em setembro estão: São Paulo (2,5 milhões), Bahia (2,488 milhões), Rio de Janeiro (1,61 milhão), Minas Gerais (1,59 milhão), Pernambuco (1,59 milhão), Ceará (1,46 milhão), Pará (1,36 milhão) e Maranhão (1,23 milhão).

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