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Retenção de macas do Samu na Santa Casa vira alvo de inquérito do Ministério Público

Samu denunciou que dezenas de macas ficam por horas no hospital, impossibilitando equipes de atender ocorrências

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Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) abriu inquérito civil para apurar a retenção indevida de macas hospitalares do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) pela Santa Casa de Campo Grande, conforme publicado hoje (30) no Diário Oficial do órgão.

Investigação teve origem a partir de denúncias do próprio Samu, de que dezenas de macas ficaram retidas no hospital por longos períodos, prejudicando atendimentos.

A retenção de macas é irregular, mas não é incomum, e ocorre, principalmente, quando os hospitais estão cheios e não têm mais onde colocar os pacientes.

Nestas situações, os socorristas ficam presos no pátio do hospital, sem poder atender outras ocorrências até a liberação, porque precisam das macas.  

Conforme o Samu, a situação causa prejuízo a diversos atendimentos, tanto de pessoas que aguardam na rua ou domicílio, quanto de pacientes que aguardam transporte nos postos de saúde para hospitais, além de atraso e demora nos atendimentos.

Tabela anexada no inquérito aponta que, em um período de 10 dias, de 29 de setembro a 8 de outubro, 58 macas ficaram retidas por período de até 146 horas e, nos dias 4 e 5 de outubro, 84% das ambulâncias ficaram impossibilitadas de realizar atendimentos e transferências.

Na denúncia, Samu afirma que recebe, em média, 1 mil ligações por dia.  

“O prejuízo ao atendimento é incalculável, sendo que pacientes aguardaram por mais de seis horas, outros nem chegaram a ser atendidos, outros recorreram a ambulâncias privadas devido à demora”, afirma a denúncia.

Documento também cita que o Samu da Capital opera com a frota completa, mas mesmo com disponibilidade de recursos humanos e materiais, o atendimento fica prejudicado pela retenção das macas.

Ministério Público realizou vistoria técnica no hospital no dia 8 de outubro e constatou, no momento da visita, quatro macas retidas, sendo duas com pacientes no pronto-socorro, uma em sala cirúrgica e uma no saguão.

Também foi verificada a presença de macas de outras cidades (São Gabriel do Oeste e Terenos) e do Corpo de Bombeiros.

Em resposta, diretor técnico da Santa Casa, José Roberto de Souza, e o diretor-presidente da ABCG, Heitor Rodrigues Freire, informaram que a situação ocorre pelo aumento da demanda de encaminhamentos e atendimentos primários concentrados no períodos, que suplantaram a capacidade de acomodação do hospital.

Hospital justificou que, com a pandemia do coronavírus, se tornou retaguarda para atender os demais pacientes que não são de covid, aumentando a demanda, mas que já está em negociação com o Sistema de Regulação para melhor distribuição nos horários e transporte dos pacientes, evitando a concentração que ocasiona superlotação.

Inquérito está sob responsabilidade da 76ª Promotoria de Justiça da Saúde Pública de Campo Grande, que agendou reunião para o dia 4 de novembro, com representantes do Samu, da Secretaria Municipal de Saúde e da Santa Casa, além de solicitar documentos e informações acerca das macas retidas.

Em Campo Grande

Shoppings, escola e Corpo de Bombeiros são pontos de vacinação nesse fim de semana

Doses disponíveis são voltadas para imunização contra a gripe; confira os grupos que podem se vacinar

20/04/2024 08h21

Idosos, gestantes e crianças a partir de seis meses estão entre o público-alvo. Gerson Oliveira/Correio do Estado

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Em Campo Grande, dois shoppings, três unidades de saúde, uma escola municipal e o Quartel Central do Corpo de Bombeiros são os pontos itinerantes disponíveis para a vacinação contra a gripe nesse sábado (20). Conforme a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), até o momento, aproximadamente 43 mil pessoas foram imunizadas, o que representa quase 15% do público-alvo.

O município deu início à vacinação contra a doença no dia 21 de março, antecipando o calendário nacional. A expectativa é vacinar ao menos 90% do público prioritário, estimado em cerca de 300 mil pessoas em Campo Grande. Inicialmente, a campanha deve ocorrer até o dia 31 de maio, conforme o cronograma do Ministério da Saúde.

A secretária municipal de Saúde, Rosana Leite de Melo, reforça a importância das pessoas buscarem as unidades para se vacinar. “É fundamental que as pessoas que pertencem aos públicos prioritários busquem as unidades para se vacinar. A vacina é a melhor estratégia de prevenção contra a influenza e possui capacidade de promover imunidade durante o período de maior circulação dos vírus, reduzindo o agravamento da doença, as internações e o número de óbitos”, destacou.

A profissional da saúde explica ainda que a influenza é uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório, sendo este um vírus de elevada transmissibilidade com distribuição global. "A tendência é de disseminação fácil, resultando em epidemias sazonais, podendo também causar pandemias”, complementa Rosana.

Neste ano, a vacina disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é eficaz contra três tipos de cepas de vírus em combinação: a. A/Victoria/4897/2022 (H1N1)pdm09; b. A/Thailand/8/2022 (H3N2); c. B/Austria/1359417/2021 (linhagem B/Victoria), conforme a Instrução Normativa (IN) no 261, de 25 de outubro de 2023, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Onde se vacinar?

20 de abril (sábado)

  • Shopping Norte Sul – 10h às 18h
  • Shopping Bosque dos Ipês – 10h às 17h
     
  • Quartel Central Corpo de Bombeiros – 7h30 às 16h30
     
  • USF Moreninha – 7h30 às17h
  • USF Caiçara – 7h30 às 17h
  • USF Serradinho – 8h às 12h
     
  • E. M Fauzi Gattas Filho – 8h às 12h

21 de abril (domingo)

  • Shopping Norte Sul – 11h às 19h
  • Shopping Bosque dos Ipês – 10h às 17h
     
  • Quartel Central Corpo de Bombeiros – 7h30 às 16h30

Grupos prioritários

  • Crianças de 6 meses a menores de 6 anos
  • Pessoas de 60 e mais
  • Gestantes
  • Puérperas
  • Indígenas vivendo fora de terra indígena
  • Indígenas vivendo em terra indígena
  • Trabalhadores de saúde
  • Pessoas com deficiência permanente (a partir de 12 anos)
  • Adolescentes em medidas socioeducativas (menores de 18 anos)
  • População privada de liberdade (18 anos e mais)
  • Funcionário do sistema de privação de liberdade
  • Comorbidades
  • Professores
  • Pessoas em situação de rua
  • Forças de segurança e salvamento
  • Caminhoneiros
  • Trabalhadores de transporte coletivo rodoviário passageiros urbano e de longo curso
  • Trabalhadores portuários

Saúde

Anvisa tem maioria para manter proibição de cigarros eletrônicos

Medida está em vigor desde 2009

19/04/2024 20h00

Sarahjohnson/ Pixabay

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A maioria dos diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) votou nesta sexta-feira (19) por manter a proibição aos cigarros eletrônicos no Brasil. Com esse placar, continua proibida a comercialização, fabricação e importação, transporte, armazenamento, bem como de publicidade ou divulgação desses produtos por qualquer meio, em vigor desde 2009. 

Dos cinco diretores, três votaram a favor da proibição. Faltam os votos de dois diretores.

Os dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs), conhecidos como cigarros eletrônicos, são chamados de vape, pod, e-cigarette, e-ciggy, e-pipe, e-cigar e heat not burn (tabaco aquecido). Dados do Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas Não Transmissíveis em Tempos de Pandemia (Covitel 2023) revelam que 4 milhões de pessoas já usaram cigarro eletrônico no Brasil, apesar de a venda não ser autorizada.

O diretor-presidente da Anvisa e relator da matéria, Antonio Barra Torres, votou favorável à manutenção da proibição desses dispositivos.

“O que estamos tratando, tanto é do impacto à saúde como sempre fazemos, e em relação às questões de produção, de comercialização, armazenamento, transporte, referem-se, então, à questão da produção de um produto que, por enquanto, pela votação, que vamos registrando aqui vai mantendo a proibição”.

Antonio Barra Torres leu por cerca de duas horas pareceres de 32 associações científicas brasileiras, os posicionamentos dos Ministérios da Saúde, da Justiça e Segurança Pública e da Fazenda e saudou a participação popular na consulta pública realizada entre dezembro de 2023 e fevereiro deste ano, mesmo que os argumentos apresentados não tenham alterado as evidências já ratificadas pelos diretoras em 2022.
Em seu relatório, Barra Torres se baseou em documentos da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da União Europeia, em decisões do governo da Bélgica de proibir a comercialização de todos os produtos de tabaco aquecido com aditivos que alteram o cheiro e sabor do produto. Ele citou que, nesta semana, o Reino Unido aprovou um projeto de lei que veda aos nascidos após 1º de janeiro de 2009, portanto, menores de 15 anos de idade, comprarem cigarros.

Ele mencionou ainda que a agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos (U.S Food and Drug Administration) aponta que, mesmo com a fiscalização, há comércio ilícito desses produtos.

O diretor ainda apresentou proposições de ações para fortalecimento do combate ao uso e circulação dos dispositivos eletrônicos de fumo no Brasil. 
 

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