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Educação

Reunião Global de Educação pede prioridade no financiamento do setor

Aumento de investimentos globais está em documento final do encontro

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Representantes de diversos países que participam da Reunião Global de Educação, em Fortaleza (CE), firmaram o compromisso de encorajar um maior investimento em educação tanto a nível nacional, quanto global. Este é um dos pontos do documento final do encontro, a Declaração de Fortaleza.

“O investimento na educação produz muitos benefícios sociais e econômicos a nível individual e social. Aumentar os investimentos na educação não é apenas um imperativo moral, mas também uma necessidade econômica e estratégica para acelerar o progresso no sentido de alcançar todos os ODS [Objetivos de Desenvolvimento Sustentável]”, diz o texto.

A reunião, organizada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), reuniu 51 ministérios, 94 países e mais de 650 participantes, entre os dias 31 de outubro e 1º de novembro.  

O financiamento da educação em todo o mundo é uma preocupação. O relatório de Monitoramento Global da Educação (GEM) 2024, divulgado nesta quinta-feira (31), na abertura da reunião mostrou que os gastos com educação, em âmbito mundial, caíram em média 0,4 ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB) – soma das riquezas produzidas globalmente.

Nos últimos anos, a região da América Latina e Caribe, onde está localizado o Brasil, passou de uma média de investimento de 4,6% do PIB em educação em 2010 para 4,2% em 2022. 

Medidas nacionais e internacionais
O documento acordado entre os países propõe medidas de âmbito internacional como garantir a ajuda a países que estão mais distantes de cumprir as metas para a educação previstas nos ODS. A chamada assistência oficial para o desenvolvimento deve chegar a 0,7% do rendimento nacional bruto.

Outra medida é a ajuda a países com níveis de dívida externa insustentáveis. A sugestão é a renegociação e, em alguns casos, alívio da dívida, e implementação de trocas de dívida por educação.

A nível nacional, entre as orientações acordadas está aumentar a base do rendimento nacional através de reformas fiscais progressivas, tributação equitativa das pessoas com altos rendimentos e das empresas multinacionais, combate à evasão fiscal e aos fluxos financeiros ilícitos, e tributação de atividades e produtos prejudiciais.

Além disso, garantir que pelo menos 4% a 6% do PIB ou pelo menos entre 15% e 20% dos gastos públicos sejam gastos com educação. Segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em 2022, o investimento brasileiro em educação chegava a 5,5% do PIB, e o investimento público em educação pública, a 5% do PIB. 

Embora estejam dentro da marca sugerida, estão abaixo do previsto nacionalmente em lei, pelo Plano Nacional de Educação (PNE), que prevê o investimento de pelo menos 10% do PIB em educação.

Educação como prioridade
Em coletiva de imprensa, nesta sexta-feira (1º), a diretora-geral adjunta de Educação da Unesco, Stefania Giannini, destacou que embora tenha havido alguns avanços a nível mundial, como a inclusão de 110 milhões de crianças, adolescentes e jovens na escola mundialmente desde 2015, ainda há muitas desigualdades a serem enfrentadas.

“As desigualdades continuam e são enormes, 33% das crianças estão fora das escolas no Sul Global, contra 3% no Norte Global, ou seja nos países ricos. Estamos aqui para lidar com esses desafios”, afirmou.

Segundo Giannini, o que foi acordado no documento poderá ser levado à reunião de líderes do G20, que ocorre este mês, no Rio de Janeiro. “Essa Declaração de Fortaleza vai contribuir com certeza para priorizar a educação, em duas semanas, no Rio de Janeiro, onde haverá a reunião de cúpula de lideres do G20”, disse.

No Brasil, em meio a revisão de gastos obrigatórios do governo federal, o ministro da Educação, Camilo Santana, que também participou da coletiva, reforçou à imprensa: “Eu serei terminantemente contra qualquer mudança dos limites constitucionais da educação no nosso país, e não tenho dúvidas que o presidente Lula também concorda com a minha Fala. Ao contrário, eu acho que precisa ampliar os investimentos em educação nesse país, eu vou ser sempre um defensor disso”.

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
A Reunião Global em Educação tem como objetivo buscar estratégias comuns para o cumprimento da Agenda 2030, tendo como foco a educação.

A Agenda 2030 é composta pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Os ODS são uma agenda mundial para acabar com a pobreza e as desigualdades. Eles foram pactuados pelos 193 Estados-Membros da Organização das Nações Unidas (ONU) e devem ser cumpridos até 2030. Ao todo, são 17 ODS.

Entre os ODS está o ODS 4, voltado para garantir o acesso à educação inclusiva, de qualidade e equitativa, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos.

Estelionato

Choque recupera Jeep de professor assassinado

Veículo foi encontrado na região do bairro Vila Nasser, pouco distante do local do crime

13/12/2024 12h45

Roberto Figueiredo foi morto a facada na casa onde morava.

Roberto Figueiredo foi morto a facada na casa onde morava. Paulo Ribas/Correio do Estado

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Equipes do Batalhão de Choque da Polícia Militar recuperaram no fim da manhã desta sexta-feira (13) o Jeep Renegade, de cor preta, que havia sido roubado de Roberto Figueiredo, de 63 anos, ex-superintendente de Cultura de Campo Grande, historiador e professor universitário morto a facadas dentro da própria casa, em Campo Grande.

O veículo, bem como o celular da vítima e uma televisão, havia sido subtraído da residência de Roberto logo após sua morte. O autor segue foragido, e o caso é investigado como latrocínio.

O que se sabe, até o momento, é que Roberto foi encontrado na sala da casa onde morava, pela irmã. Segundo ela, eles fariam uma viagem para São Paulo nesta sexta-feira (13). O corpo estava caído no chão, ensanguentado e sem vestimentas. Informações iniciais apontam que as lesões seriam resultado de facadas e pauladas. Não há sinais de arrombamento no imóvel, e o suspeito segue foragido. A dinâmica do crime, no entanto, ainda não foi informada pela polícia.

Perda para a cultura
sul-mato-grossense

Roberto, carinhosamente conhecido como "Beto" ou "Betinho", era docente da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), instituição onde atuava há 39 anos.

Ministrou aulas em diversos cursos, como História, Design, Arquitetura e Gastronomia. Também foi coordenador dos grupos de teatro, dança e música da universidade, além de membro do Conselho Universitário da UCDB (Consu).

Beto já atuou também como presidente da Fundação de Cultura de Campo Grande, e teve passagem como superintendente de Cultura da Capital. Pelo Estado, foi gerente de Patrimônio Histórico da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS).

Em nota, a Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul lamentou a morte de Beto: "Sua dedicação à educação, às artes e à valorização do patrimônio histórico inspirou gerações e será lembrada com profunda gratidão por todos que tiveram o privilégio de conhecê-lo e aprender com ele".

Confira a nota na íntegra:

"É com imenso pesar que comunicamos o falecimento do professor Roberto Figueiredo, um nome de destaque na educação, cultura e preservação do patrimônio histórico de Mato Grosso do Sul.

Graduado em História, Roberto foi docente dedicado da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) desde 1982 e do Colégio Salesiano Dom Bosco de Campo Grande. Na UCDB, além de exercer seu papel como educador, coordenava a Área de Cultura e Arte da Pró-Reitoria de Pastoral e Assuntos Comunitários e dirigia com maestria o grupo teatral Senta que o Leão é Manso, marcando profundamente o cenário artístico local. Entre seus feitos notáveis, dirigiu a adaptação de Marcelo Picolli para o clássico de William Shakespeare, Sonhos de Uma Noite de Verão, reafirmando sua paixão pelo teatro e seu compromisso com a arte.

Roberto também foi membro atuante do Conselho de Patrimônio do Município e, como gerente de Patrimônio Histórico da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS), foi responsável por importantes processos de preservação de diversos patrimônios históricos, deixando um legado de respeito às memórias culturais do estado.

Sua dedicação à educação, às artes e à valorização do patrimônio histórico inspirou gerações e será lembrada com profunda gratidão por todos que tiveram o privilégio de conhecê-lo e aprender com ele.

Neste momento de dor, a Universidade Católica Dom Bosco e a comunidade cultural de Mato Grosso do Sul se solidarizam com os familiares, amigos e alunos do professor Roberto, que deixa saudades e uma trajetória exemplar a ser celebrada."

A Universidade Católica Dom Bosco também lamentou a morte de Beto: "Foram 39 anos de UCDB dedicados à docência, defesa e construção da cultura e arte em nosso campus e muito além daqui. Sob sua coordenação, milhares de acadêmicos se formaram no teatro, com o grupo Senta que o Leão é Manso, na dança, com o Ararazul, e na música, com os grupos de Corda, Aves Pantaneiras e Coral UCDB".

Confira a nota na íntegra:

"A UCDB lamenta profundamente o falecimento do professor Roberto Figueiredo. Mais que um docente, Beto, foi e sempre será um verdadeiro ícone da Cultura e Arte da UCDB e do mundo.

Foram 39 anos de UCDB dedicados à docência, defesa e construção da cultura e arte em nosso campus e muito além daqui. Sob sua coordenação, milhares de acadêmicos se formaram no teatro, com o grupo Senta que o Leão é Manso, na dança, com o Ararazul, e na música, com os grupos de Corda, Aves Pantaneiras e Coral UCDB.

Roberto Figueiredo era um dos representantes docentes do Conselho Universitário (Consu) da UCDB.

Em sua trajetória, foi presidente da Fundação de Cultura da Capital e ocupou a superintendência de Cultura em Campo Grande.
A UCDB se solidariza à mãe e aos irmãos, aos milhares de acadêmicos que foram seus alunos, aos colegas colaboradores docentes e administrativos e reforça que o legado deixado pelo nosso Beto será sempre lembrado".

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INTERIOR

DOF apreende fuzis, droga e caminhonete avaliados em R$ 3,2 mi

Ação foi realizado no interior do estado e, mesmo após confiscarem todos esses materiais, ninguém foi preso; veículo é do RJ e foi furtado este ano

13/12/2024 12h15

DOF apreendeu dois fuzis AK-47, munições e maconha em Iguatemi

DOF apreendeu dois fuzis AK-47, munições e maconha em Iguatemi Foto: Divulgação/DOF

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O Departamento de Operações de Fronteira (DOF) realizou uma ação em Iguatemi, município a 412 km de Campo Grande, e apreendeu fuzis, munições, 1,5 kg de maconha e uma caminhonete furtada no Rio de Janeiro (RJ).

Segundo informações oficiais, os policiais militares faziam um patrulhamento rotineiro na região urbana do município, durante a noite desta quinta-feira (12), quando receberam uma denúncia que um imóvel, no bairro Nova Esperança, estaria sendo utilizado como entreposto, ou seja, um armazém de depósito de mercadorias. 

Ao chegarem no local, os agentes encontraram dois fuzis AK-47, 337 munições calibre 7.62 e 1420 quilos de maconha, além de uma Toyota Hilux furtada este ano na capital carioca. Mesmo com a localização do depósito e o material confiscado, nenhum suspeito foi encontrado, mesmo com buscas na região.

Ao todo, os itens apreendidos estão avaliados em R$ 3,2 milhões e foram encaminhados à Delegacia Especializada em Repressão aos Crimes de Fronteira (Defron), em Dourados. A ação faz parte do Programa Protetor das Fronteiras e Divisas, em parceria com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e com o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).

 

 

Alta na apreensão de drogas

Dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) mostram que as apreensões de drogas em Mato Grosso do Sul registraram aumento de 30% em 2024.

Entre janeiro e novembro deste ano, o volume total de entorpecentes interceptados chegou a 525.163,6 quilos, contra 403.540,8 quilos no mesmo período de 2023.

A Superintendência de Inteligência de Segurança Pública e a Coordenadoria de Fiscalização e Controle, setores vinculados à Sejusp, apontam que o maior volume foi registrado no interior do Estado, com 471.060,6 quilos, enquanto a Capital somou 54.103,0 quilos.

O grande destaque deste ano foi a apreensão de maconha em Mato Grosso do Sul, que totalizou 499.755,4 quilos. A cocaína foi a segunda droga com maior volume de interceptações no Estado, com 11.623,1 quilos apreendidos, seguida de outras substâncias ilícitas em menor escala.

O levantamento também revela variação de 6% nas ocorrências relacionadas ao tráfico, levando em consideração o mesmo comparativo. Em 2024 foram registradas 3.759, contra 3.558 ocorrências registradas em 2023.

Saiba - dados

Segundo dados divulgados pelo DOF, de 1º de janeiro a 28 de agosto deste ano, os agentes militares apreenderam 32 armas, 1.529 munições e 85,5 toneladas de maconha, além de terem recuperado 598 veículos. Porém, esses números não são atualizados desde então, do qual, obviamente, esses dados devem ser maiores.

*Colaborou Alanis Netto

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