Cidades

Compra em massa

Revista que confirma Delcídio em esquema some das bancas de Campo Grande

Os exemplares da Revista Época deste sábado desapareceram das bancas

ALINY MARY DIAS

14/09/2015 - 09h41
Continue lendo...

Com denúncias fortes que comprovam a participação do senador Delcídio do Amaral (PT) no esquema que desviou quantias milionárias da Petrobras para o bolso de políticos, entre eles o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a edição do último sábado (12) da revista Época desapareceu das bancas de Campo Grande.

Na tarde do sábado e no domingo, quem procurava a edição da revista nas bancas encontrava poucos exemplares ou nem achava as revistas. Agora, o motivo do "sumiço” está claro: compra em massa de pessoas ligadas ao petista.

A reportagem apurou que em uma padaria da Capital, o ex-petista e ex-candidato ao senado, Ricardo Ayache, comprou dezenas de revistas. Pessoas ligadas à Federação de Indústria de Mato Grosso do Sul (Fiems) e, claro, a Delcídio, também fizeram compra em massa das revistas.

Encontrar um exemplar da revista é tarefa complicada nesta segunda-feira em bancas, no entanto, de nada adiantou a ação de ligados ao senador envolvido no Petrolão. O assunto é um dos mais comentados nas redes sociais e tema de notícias em jornais de todo o país.

DENÚNCIA

Delcídio foi um dos beneficiados com a distribuição de US$ 15 milhões de propina da compra da sucateada refinaria de Pasadena, no Texas, Estados Unidos. A revelação foi do ex-diretor da Petrobras e ex-auxiliar do senador petista Nestor Ceveró, aos procuradores da força-tarefa em Curitiba e da equipe do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Ele está negociando delação premiada para aliviar a pena das condenações por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. E Delcídio teria ainda se beneficiado com dinheiro da corrupção da BR Distribuidora da Petrobras.

As negociações da divisão do bolo de propina da BR foram feitas num quarto de hotel no Rio. Segundo a revista Época — que teve acesso aos depoimentos de Cerveró —, no fim de 2010, após as eleições daquele ano, ocorreu jantar no Hotel Windsor Leme, no Rio de Janeiro, no quarto onde estava hospedado Pedro Paulo Leoni Ramos, operador do senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL), envolvido na Lava Jato.

De acordo com relato de Cerveró, participaram dessa reunião o ex-deputado federal Cândido Vaccarezza (PT-SP), Delcídio do Amaral e três diretores da BR. Nesse jantar, segundo Cerveró, ficou estabelecida a divisão das propinas da BR de acordo com o interesse de cada partido ou político.

Uma área atenderia Vaccarezza e um grupo ligado ao PT formado pelos deputados José Mentor (SP), Jilmar Tatto (PT), André Vargas (PR) e Vander Loubet (MS). Outro setor seria exclusivo de Collor e Cerveró se dividiria entre Collor, Delcídio e Vaccarezza.

visita técnica

Adriane Lopes visita São Paulo em busca de soluções para a saúde de Campo Grande

Prefeita se reuniu com secretário de Saúde da capital paulista para trocar experiências e levantar modelos que possam ser adaptados na capital de MS

22/05/2025 17h31

Prefeita fez visita técnica à Secretaria de Saúde de São Paulo

Prefeita fez visita técnica à Secretaria de Saúde de São Paulo Foto: Divulgação

Continue Lendo...

A prefeita Adriane Lopes (PP) se reuniu, nesta quinta-feira (22), com o secretário municipal de Saúde de São Paulo, Luiz Carlos Zamarco, com objetivo de buscar modelos que possam ser adaptados para fortalecer a saúde públlica de Campo Grande.

De acordo com o Executivo Municipal, entre os temas debatidos no encontro estão o financiamento do setor, modelos de gestão, ampliação de leitos e vagas, fortalecimento da atenção primária, aquisição de equipamentos, uso de tecnologia e inovação na saúde pública.

“Nossa reunião teve o objetivo de conhecer de perto programas e ações bem-sucedidas na área da Saúde. Estamos em busca de soluções que possam ser implementadas em Campo Grande, sempre pensando na melhoria do atendimento à nossa população", disse a prefeita.

"Vimos projetos como o uso de tecnologia, prontuário eletrônico, modernização das unidades com foco na humanização e também um programa específico para a saúde mental dos servidores. Cada ação reforça nosso compromisso em buscar soluções que melhorem a vida das pessoas”, acrescentou Adriane Lopes.

O motivo da visita técnica ter sido feita em São Paulo é o fato da cidade ser uma referência nacional em saúde.

São Paulo conta com a maior rede de saúde da América Latina, sendo exemplo em tecnologia aplicada à gestão pública de saúde.

A prefeitrua reforça que os principais destaques, que serão discutidos para adaptação na saúde pública local, são o prontuário eletrônico integrado, agendamento online de consultas e exames, além de telemedicina e plataformas de telediagnóstico, que ampliam e agilizam o acesso da população aos serviços.

Além da prefeita, participaram do encontro a secretária de Planejamento Estratégico, Catiana Sabadin; o secretário de Licitações, André Brandão, e o diretor-presidente da Agência Municipal de Habitação, Cláudio Marques.

A secretária de Saúde, Rosana Leite, não participou da comitiva.

Outro compromisso

A agenda da prefeita em São Paulo também compreendeu uma reunião com executivos do Banco Safra.

Na instituição, foram discutidas possíveis soluções financeiras e linhas de crédito para investimentos no desenvolvimento de Campo Grande.

A prefeitura não detalhou quais são os investimentos e valores pleiteados.

CÂMARA

Vereadores derrubam veto da Prefeitura sobre repasse de R$8,7 mi a entidades sociais

Os vereadores garantiram, em votação, a destinação dos repasses às instituições

22/05/2025 16h15

Vereadores criticaram o veto a Projeto de Lei

Vereadores criticaram o veto a Projeto de Lei Divulgação/CMCG

Continue Lendo...

Os vereadores da Câmara Municipal de Campo Grande derrubaram o veto da do Poder Executivo ao Projeto de Lei nº 11.736/25, garantindo a destinação de R$8,7 milhões a entidades assistenciais e de saúde. O Projeto de Lei institui o Plano de Aplicação de Recursos do Fundo de Investimentos Sociais e o veto foi derrubado por unanimidade durante a sessão ordinária desta quinta-feira (22). 

Os vereadores mostraram indignação com o indeferimento do Projeto e ressaltaram a importância do trabalho das pessoas do Terceiro Setor, além de defenderem o aumento nos valores que precisam ser repassados às instituições. 

Os recursos auxiliam os trabalhos desenvolvidos por instituições que atendem crianças e adolescentes, pessoas com deficiência, famílias que estão em situação de vulnerabilidade, hospitais, unidades de saúde e de tratamentos. 

O presidente da Câmara, o vereador Epaminondas Neto, o Papy, ressaltou que “a Câmara tem um compromisso com o Terceiro Setor, que presta um serviço para a população que o município não consegue atender. Então, não tem como esse prejuízo ficar para as instituições e a Câmara defende esse interesse”. 

Para ele, a derrubada do veto não é uma forma de ‘bater de frente’ com o Executivo, mas uma forma de defender a posição da casa de leis, para que haja uma solução para esse pagamento. 

O projeto de lei aprovado na Câmara garante que cada vereador possa destinar R$300 mil para instituições, sendo R$150 mil para entidades da área de assistência social e outros R$150 mil para a área da saúde, recursos estes que estão previstos na Lei Orçamentária Anual (LOA).

Com a derrubada do veto, a proposta com as emendas será expedida pelo presidente Papy e se torna lei. 

Instituições

Representantes de várias instituições sociais estiveram presentes para acompanhar a votação. Para a presidente da Associação Sul-Mato-Grossense de Amparo à Criança e ao Adolescente, Meire Pasquini, as emendas têm um valor fundamental para a entidade, pois elas garantem que o trabalho continue. 

“A expectativa quanto ao trabalho dos vereadores foi atendida, especialmente no que diz respeito à importância das emendas destinadas à nossa instituição. Estou muito feliz, pois foi essencial a derrubada do veto para que a gente possa dar continuidade ao nosso trabalho. Nós que estamos na ponta, lidando diretamente com a população, muitas vezes não conseguimos contar com o apoio do Poder Público Municipal. Por isso, essas emendas têm um valor fundamental — são elas que nos permitem manter nossas atividades funcionando”, ressaltou. A entidade atende 70 crianças.

Veto

De acordo com a prefeitura, a justificativa foi de que “o veto é medida que se impõe e tem como diretriz o ajuste fiscal, com objetivo de promover o equilíbrio entre receita e despesa, priorizando obras e serviços em andamento em detrimento de novos investimentos”. 
 

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).