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Revitalização da antiga rodoviária de Campo Grande fica para o ano que vem

Estimativa era de que licitação para contratar empresa que executará projeto fosse lançada este ano

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Prevista para sair ainda neste semestre, a licitação para a revitalização do Complexo Empresarial Terminal do Oeste Heitor Eduardo Laburu, antiga rodoviária de Campo Grande, deve ser publicado apenas em 2021. 

Segundo o secretário de Obras, Rudi Fiorese, a pandemia da Covid-19 atrasou o cronograma que havia sido estabelecido.

O local, que foi desativado em 2009, vem sofrendo com a ação do tempo e atualmente é morada de muitas pessoas em situação de rua e usuários de drogas.

Por diversas vezes as administrações municipais falavam em reformar a estrutura, mas nenhuma promessa havia sido concretizada até que, no ano passado, a prefeitura abriu licitação para a contratação de uma empresa que faria o projeto de revitalização do prédio.

A vencedora foi a Restaura Arquitetura, que obteve a maior pontuação no processo seletivo e receberá R$ 483 mil pela elaboração dos projetos básico, executivo e complementar para a requalificação da área pública do terminal rodoviário. 

O projeto será financiado com recursos do programa Reviva Campo Grande que integram montante de US$ 56 milhões, emprestados em 2018 pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

A previsão era de que neste mês o projeto ficasse pronto, porém, a Covid-19 atrasou esse cronograma. 

“Os processos ficaram muito lentos por causa da pandemia. Os servidores que são do grupo de risco estão afastados, o horário de atendimento está reduzido e o ritmo ficou mais lentou”, contou Fiorese, titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep).

Projeto

A obra será bancada por recursos federais, garantidos por meio de emenda parlamentar. O investimento previsto é de R$ 15,8 milhões, que serão liberados pelo Ministério do Desenvolvimento Regional à medida que a execução da revitalização for feita. Porém, ainda não há valor oficial da licitação, já que o projeto precisa ser concluído.

Esse recurso possibilitará a reforma da parte pertencente à Prefeitura de Campo Grande – cerca de 9% do prédio. 

O local que passará por requalificação será a área que era destinada ao embarque e desembarque de passageiros, e deverá se tornar uma espécie de central do cidadão, com órgãos da administração municipal e também estadual.

A Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social (Sesdes) e a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) querem levar para o prédio um centro integrado de segurança, onde funcionaria a Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) do Centro e também a Gerência Operacional Centro da Guarda Civil Metropolitana.  

A cedência dessa área para o governo já foi acordada entre as partes, mas como o projeto ainda não ficou pronto, não há detalhes de local e espaço finalizados.

Burocracia

Segundo o secretário, depois que a empresa finalizar a parte dela, entra a fase burocrática, o que deve atrasar a licitação. 

“Quando o projeto de engenharia fica pronto, a empresa nos entrega e nosso setor analisa e faz retificações, se preciso; isso demora um tempo. Depois disso, nós encaminhados esses documentos para a Caixa Econômica Federal para ela analisá-los e aprovar. Só depois de todos esses trâmites é que podemos abrir a licitação. Então deve ficar para 2021”.

A obra tem previsão de um ano de conclusão, então só deve ser entregue em 2022. 

Outro problema é que, por estarmos em um período eleitoral, nenhuma obra pode ser iniciada.

“Entre 15 de agosto e 15 de novembro não se pode iniciar obra com recurso de convênios, e esse veio por meio de convênio com o governo federal. Então mesmo que tivesse ficado pronto agora o projeto, não poderíamos iniciar a reforma”, explicou Fiorese.

A data limite se baseia na realização do primeiro turno; caso haja segundo turno na eleição para a prefeitura, esse prazo deverá ser prorrogado.

Histórico

O terminal rodoviário Heitor Eduardo Laburu, no Bairro Amambaí, em Campo Grande, foi desativado em 2009 e desde então a situação no local só se agravou.

Recentemente, por conta dos inúmeros usuários de drogas que tinham o local como “casa” e ponto de uso e venda de entorpecentes, a Polícia Militar, com apoio da Secretaria Municipal de Assistência Social (SAS), iniciou operações na região, com o objetivo de reduzir o número de usuários de drogas e de traficantes. 

Porém, com a pandemia da Covid-19, essas ações foram paralisadas e o que se viu foi a volta dessas pessoas para a região. 

Cidades

Fake news e outras 4 ameaças geram risco para onças-pintadas no Pantanal

Divulgação de falsos ataques acabam gerando preocupação em moradores de áreas como Corumbá, Ladário e comunidades ribeirinhas

16/04/2024 15h33

Guilherme Pimentel/IHP

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Durante o 1º Seminário Estratégias de Ações Integradas para Conservação de Felinos, realizado no Centro Sebrae Pantanal, em Corumbá (MS), nesta segunda-feira (15), pesquisadores e representantes de forças policiais e de fiscalização traçaram um mapa de ações para proteção de onças.

Entre os critérios identificados que geram ameaças para esses animais, com reflexo na biodiversidade, está a disseminação de fake news mostrando ataques inexistentes de onça-pintada em seres humanos. Esse tipo de ocorrência acaba gerando mais temor em populações que vivem no Pantanal e incentivando a caça ilegal.

De acordo com o encontro, as ameaças aos felinos, principalmente a onça-pintada, causa impacto direto nos setores econômico e social, por conta do turismo e da pecuária que estão ligados à coexistência da espécie em território pantaneiro. O evento foi promovido pelo IHP, por meio do programa Felinos Pantaneiros, e teve apoio da GM, do Sebrae/MS e do Hotel Nacional.

O avistamento de onças-pintadas ocorre em áreas próximas a Corumbá e Ladário, por exemplo, bem como em comunidades ribeirinhas que ficam ao longo do rio Paraguai.

A abertura do seminário foi feita pelo presidente do IHP, Ângelo Rabelo. No total, participaram 25 pessoas, entre elas representantes da Polícia Civil, como os delegados Iago dos Santos e Fabrício Dias dos Santos (delegado Regional); da Delegacia da Polícia Federal em Corumbá, da Polícia Rodoviária Federal, da Polícia Militar Ambiental, com o major Diego da Silva Rosa, subcomandante da PMA, e capitão Jorge Júnior; e do IBAMA. Entre os pesquisadores, estiveram presentes Rafael Hoogesteijin, do Panthera; Rogério Cunha, coordenador do CENAP/ICMBio; Fábio Souza da Silva, Onçafari; e Diego Viana, pesquisador associado do IHP.

O subcomandante da PMA, major Diego Rosa, reforçou que o policiamento e a ciência precisam estar juntas para combater a desinformação envolvendo a onça-pintada. As chamadas fake News podem ocasionar ações criminosas ao criar temor nas pessoas. “O policiamento da PMA vem buscando alinhar as ações de rotina com o conhecimento técnico e científico que existem disponíveis para termos resultados positivos para a conservação do Pantanal. Temos diferentes desafios, como a caça ilegal, mas também combater as fake News, que propagam uma ideia errada do que representa a onça e gera um temor que não precisa existir. Temos a missão de gerar orientação para a população atuar em conjunto.”

Servidora do Ibama/Prevfogo, Thainan Bornato reconheceu que o órgão federal em Corumbá recebe diferentes denúncias e o trabalho com educação ambiental deve ser fortalecido. “A gente enxerga o potencial que a onça tem para o Pantanal porque ela é uma espécie guarda-chuva, ela é importante para a conservação de outras espécies. Corumbá e Ladário têm um grande potencial e podemos ser exemplo de convivência harmoniosa realizando ações de educação ambiental e agindo conjunto na fiscalização.”

A coordenadora do programa Felinos Pantaneiros do IHP, Mariana Queiroz, pontuou que o encontro abriu caminho para vários trabalhos conjuntos. “Listamos algumas ameaças que a espécie sofre e, a partir disso, discutimos medidas para haver integração entre instituições e buscar a conservação com um impacto positivo que vai ser direcionado para a biodiversidade, para a economia e para o social.”

No debate estiveram discussões que envolvem ações para mitigar os atropelamentos em rodovias, combater a caça ilegal e o tráfico de partes do corpo da onça-pintada, atuar para eliminar a prática de ceva, agir para reduzir fake News que divulgam erroneamente ataques de onças a seres humanos e promover a espécie como um ativo para o Pantanal estão na lista de ações a serem desenvolvidas.

Referência mundial na pesquisa sobre coexistência entre grandes felinos e o ser humano, Rafael Hoogesteijin, do Panthera, exemplificou que diante de tantos desafios, só um trabalho conjunto para garantir resultados futuros. “Este evento foi de grande importância para reunir polícias, pesquisadores e demonstrar que todos têm interesse em resolver o conflito.”

O delegado Regional de Corumbá da Polícia Civil, Fabrício Dias dos Santos, exemplificou que ações coordenadas entre instituições devem gerar resultados favoráveis para a conservação. “A gente recebeu novos conhecimentos e informações valiosas para atuar na conservação dos felinos e do Pantanal. O tráfico de partes do animal é um problema hoje e parcerias como com o IHP e outras instituições vão auxiliar nesse monitoramento. A Polícia Militar Ambiental e a Polícia Federal também atuam nesse trabalho.”

O IHP, que organizou o seminário, pontuou que outros encontros vão ser organizados para aprimorar a inter-relação entre as instituições públicas e as organizações que desenvolvem pesquisa sobre o comportamento dos felinos.

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TROCA DE COMANDO

Diretor-presidente da Agetran é exonerado após sete anos no cargo

Janine de Lima Bruno pediu para deixar da pasta

16/04/2024 13h15

Janine de Lima Bruno foi exonerado a pedido da Agetran Foto: Arquivo

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O engenheiro civil Janine de Lima Bruno foi exonerado do cargo de diretor-presidente da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran). Ele assumiu o cargo na gestão do então presidente Marquinhos Trad e deixa a Pasta após sete anos.

A exoneração foi publicada em edição extra do Diário Oficial de Campo Grande dessa segunda-feira (15), a pedido do próprio Janine.

No lugar dele, assume a função de diretor-presidente o contador Paulo da Silva, que estava no comando da Fundação Social do Trabalho (Funsat).

Também no Diário Oficial, foi publicada a exoneração dele, a pedido, do cargo de diretor-presidente da Funsat e a nomeação para o mesmo cargo na Agetran.

Mudanças

No dia 5 de abril, quatro chefes de pastas municipais também foram exonerados, sendo um secretário, dois subsecretários e uma diretora-presidente, em Campo Grande.

Todos foram exonerados a pedido, sendo Adelaido Vila, titular da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Agronegócio e Tecnologia (Sidagro); Maicon Nogueira, titular da Secretaria Municipal da Juventude (Sejuv).

Também foram exonerados o subsecretário de Articulação Social e Assuntos Comunitários, Francisco Almeida Teles, e a diretora-presidente do Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande (IMPCG), Camilla Nascimento de Oliveira.

Nestes casos, a motivação da "demissão" são as eleições municipais deste ano, que ocorrem em outubro. Eles devem concorrer a uma vaga de vereador.

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