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Revitalização da Cidade do Natal vai custar R$ 273,2 mil

Plano da prefeitura é transformar área em centro de eventos permanente, aberto o ano todo

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O funcionamento da área onde fica a Cidade do Natal durante todo o ano, como espaço para eventos, está nos planos da Prefeitura de Campo Grande desde janeiro do ano passado, mas sem efetivamente entrar em prática.

Como parte do projeto, foram abertas ontem as propostas para a reforma e manutenção do local, situado nos altos da Avenida Afonso Pena. Ao todo, sete empresas apresentaram proposta para a licitação. A menor oferta foi de R$ 273.288,74, apresentada pela Trevo Engenharia.

A previsão do edital era de que a revitalização do local custasse até R$ 394,5 mil. A empresa que orçou o serviço mais barato deu desconto de 30,7% – R$ 21.211,26, porém, caso vença a licitação, poderá pedir aditivo de 25%, recuperando parte do desconto oferecido à prefeitura.

O certame tem por objeto reformar e manter o local. Um dos projetos abordados por essa nova licitação inclui o uso do espaço pela Secretaria Municipal da Cultura e Turismo (Sectur) nos fins de semana.

Além da Trevo Engenharia, também se interessaram pela licitação as empresas Meta Construtora Ltda., Soares e Trefzger Ltda., BML Comércio e Serviços Eireli, 7 Irmãos Comércio e Serviços Ltda., MDB Construção Civil e Construtora Paulo Barbosa Eireli.

De acordo com o servidor Leonardo Barbirato Junior, que presidiu a sessão do certame na Comissão Permanente de Licitação (CPL), após o recebimento dos projetos o grupo analisará primeiro a documentação que foi apresentada pela empresa que teve o menor preço na concorrência; caso tudo esteja em ordem, a Trevo Engenharia será declarada vencedora da concorrência.

A maior proposta foi apresentada pela empresa Meta Construtora Ltda., que orçou o serviço em R$ 347.180,72. Já o segundo menor preço foi proposto pela Soares e Trefzger Ltda., com 298.472,01. Caso haja algum problema na documentação da primeira empresa, esta passa ser a proposta analisada pela CPL. 

Ainda conforme Barbirato, a previsão é de que em até 24 horas a Comissão de Licitação já tenha batido o martelo sobre a empresa vencedora da concorrência.

OUTROS PROJETOS

Este ano a empresa Trevo Engenharia já se interessou pela revitalização de outro espaço público de Campo Grande. A empresa foi uma das seis a apresentar documentação para a licitação de reforma do Parque do Sóter.

A obra está orçada em R$ 760,8 mil e pretende realizar reparos em toda a estrutura – como paredes e painéis, forros, esquadrias, calçadas, cercamento externo, revestimentos, instalações elétricas, instalações sanitárias, pintura, parque infantil e pórticos de acesso. 

O certame ainda não teve um vencedor, porém, a empresa que executar o projeto terá prazo de 180 dias para a obra, que será contabilizado a partir do recebimento da ordem de serviço. O valor da reforma será custeado pelo tesouro municipal.
A empresa também tem um contrato em vigência com o governo federal no valor de R$ 616.540,53 para reforma do Restaurante Universitário do campus de Aquidauana – a 140 km de Campo Grande – da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). O contrato teve início no dia 25 de março de 2019 e tem vigência até o dia 18 de maio de 2020.

UTILIDADE

Desde maio deste ano existem editais para o uso da Cidade do Natal para eventos variados, que vão de gastronômicos a culturais. Em junho, os vereadores aprovaram, por unanimidade, projeto de lei que autoriza a prefeitura da Capital a “emprestar” os quiosques e espaços da Cidade do Natal para entidades beneficentes durante um fim de semana por mês ou até mais.

De autoria dos vereadores André Salinero (PSDB) e Valdir Gomes (PP), o projeto tem como finalidade evitar gasto com reforma e decoração na Capital.

No início de julho, reportagem publicada pelo Correio do Estado mostrou que a estrutura da Cidade do Natal, criada em 2012, estava abandonada – situação que ainda persiste.

No dia 2 de setembro a prefeitura divulgou a contratação da empresa Ellen do Nascimento Cunha Santiago – no valor de R$ 103.856,40 – para gerir a cidade do Natal. De acordo com o contrato, a empresa elaborará os projetos básico, executivo e complementar do espaço multiuso. A vigência do contrato é de 90 dias, acrescidos ao prazo de execução da obra.

* Colaborou Natalia Yahn

Mato Grosso do Sul

MPT quer desapropriar fazenda que usava trabalho escravo e destinar à reforma agrária

A Fazenda Carandazal já havia sido autuada em 2015 pelas mesmas irregularidades trabalhistas deste ano

25/03/2025 18h29

Fazenda é flagrada com trabalhadores em situação análoga à escravidão

Fazenda é flagrada com trabalhadores em situação análoga à escravidão Policia do MPU

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Ação do Ministério Público do Trabalho (MPT) em Mato Grosso do Sul requereu, na Justiça, a desapropriação da Fazenda Carandazal, em Corumbá, além do pagamento de R$ 25 milhões a um dos proprietários, como punição à conduta de um dos proprietários. A ação contra a propriedade tramita na Vara do Trabalho de Corumbá. 

Os autos da ação narram várias evidências que apontam para uma sucessão de vítimas de trabalhos análogos à escravidão na propriedade de Moacir Duim Júnior e de sua esposa, Cristiane Kanda Abe.

Em fevereiro deste ano, foram resgatados quatro trabalhadores na fazenda em condições análogas à escravidão, vindos de um longo histórico de exploração de mão de obra. 

Um dos proprietários é reincidente na prática de violação de direitos dos trabalhadores, o que leva a expropriação da fazenda a ser uma punição justa a essa conduta, segundo o MPT.

A Carandazal deverá ser destinada à reforma agrária e a indenização monetária por danos morais será revertida a instituições e projetos de interesses sociais, caso os pedidos dos MPT sejam acolhidos pela Justiça. 

O procurador do trabalho Paulo Douglas Moraes defende que a ação do MPT busca reverter as punições em benfeitorias para a sociedade. “A ação na vara do MPT visa atingir vários objetivos: o de punir a conduta da redução de trabalhadores ao trabalho análogo ao escravo, mas vai além. Busca ressarcir a própria sociedade com dano moral coletivo, para que possamos reverter para a sociedade os valores que compensam os danos causados por esse fazendeiro e, nesse caso, dada a gravidade da situação, onde houve uma tentativa deliberada de ocultação de provas, há, também, o pedido para expropriação da propriedade.” 

Em agosto de 2015, um dos donos da Fazenda Carandazal recebeu cinco autos de infração da Fiscalização do Trabalho. Destes, um deles por manter empregado sem registro e outro por deixar de fornecer Equipamento de Proteção Individual (EPI) aos seus empregados. Os mesmos autos foram registrados em fevereiro deste ano. 

Para o MPT, essa postura de menoscabo decorre do grande lapso temporal sem novas abordagens e as penalizações brandas soam como um estímulo ao descumprimento das normas trabalhistas. “Percebemos ao longo do tempo que há uma falta de sensibilidade, sobretudo dos empregadores rurais do estado com relação a necessidade de revisar e superar questões culturais que envolvem e levam à naturalização do trabalho escravo.” 

Devido a essa insensibilidade somente com a aplicação de multas e danos morais, o MPT decidiu "lançar mão deste novo expediente que é a expropriação da terra e assim buscar e atentar um reposicionamento dos empregadores em relação a esse crime que é um crime que não pode ser tolerado”, explica o procurador. 

Segundo a Assessoria do MPT, desde o resgate destes trabalhadores, foram realizadas duas tentativas de se chegar a um acordo extrajudicial das questões cíveis e trabalhistas, mas, em ambas as audiências, além de não comparecer e apenas enviar representantes legais, o dono da fazenda informou não haver interesse em assinar o acordo, alegando não ser o responsável pela contratação da equipe. 

A orientação do Ministério Público do Trabalho às vítimas é o de aguardarem as notícias quanto ao andamento das ações judiciais. Nenhuma verba rescisória ou acerto financeiro foi acertado aos trabalhadores. 
 

Cidades

Olheiro de pistoleiro do narcotráfico é preso em Campo Grande

Homem teria indicado a posição de Thiago Leite Neves, conhecido como 'Diabolin', no dia do crime

25/03/2025 18h14

Olheiro de pistoleiro do narcotráfico é preso em Campo Grande

Olheiro de pistoleiro do narcotráfico é preso em Campo Grande Divulgação

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No terceiro dia de desdobramento dos casos de homicídio por narcotráfico em Campo Grande, as investigações realizadas pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) apontaram que o suspeito de assassinato de Thiago Leite Neves, conhecido como Diabolin, ocorrida no último dia 10 de março, teria um olheiro, preso na manhã desta terça-feira (25). 

Na ocasião, Thiago e sua companheira estavam em frente à residência do casal, quando foram atingidos por disparos de arma de fogo, realizados por um desconhecido, que estava na garupa de uma motocicleta. 

Durante a investigação, foi descoberto que os executores contaram com o auxílio do olheiro, que indicou a posição da vítima no dia do crime. O homem foi localizado no Parque Lageado. 

Ao ser abordado, ele estava na companhia de outro indivíduo que, ao ser checado nos sistemas policiais, verificou-se ser também um foragido da Justiça.

Ambos receberam voz de prisão e foram conduzidos até a DHPP, onde foram interrogados.

Morte em confronto

Na noite da última quinta-feira (20), um homem, de 22 anos, apontado como o principal suspeito de assassinar Thiago Leite Neves, morreu em confronto com policiais militares do Batalhão de Choque (BPMCHoque), na região da antiga estação Guavira, próximo a BR-060, saída para Sidrolândia, zona rural de Campo Grande.

Conforme apurado pela reportagem, militares estavam em diligências para apurar uma série de homicídios na Capital, quando localizaram dois homens no local citado, momento este que o criminoso tentou fugir e pulou em uma residência. Os policiais o perseguiram e deram voz de abordagem, mas ele desobedeceu, sacou a arma e atirou contra os militares.

Para se defenderem, revidaram, balearam e desarmaram o homem. Ele tinha mandado de prisão em aberto, estava evadido do sistema prisional e possuía diversas passagens pela polícia, como quatro homicídios, roubo, furto e receptação.

Polícia Civil, Polícia Científica e funerária estiveram no local para efetuar os procedimentos de praxe.

Participação em outros homicídios

Nesta segunda-feira (23), foi identificado que o cúmplice do atirador morto no último dia 20 de fevereiro, identificado como M.S.R, seria o coautor de outras duas mortes num período de 50 dias.

O primeiro aconteceu no dia 1° de fevereiro, Filipe Augusto de Brito Correa foi morto no interior de uma oficina mecânica, de acordo com M.S.R, o crime teria sido encomendado por um traficante de drogas, que afirmou que a vítima estaria prejudicando-o.

Nesse caso, M.S.R afirmou ser o autor dos disparos, no entanto, ele não revelou a identidade do piloto da motocicleta que o levou até o local do crime, bem como a do mandante.

Já no dia 8 do mesmo mês, Douglas Cosme dos Santos Rocha, conhecido como Cuiabano foi morto com a justificativa de que estaria com dívida por aquisição de drogas. Da mesma forma, M.S.R confessou ser o autor dos disparos, mas não forneceu informação sobre o indivíduo que pilotava a motocicleta utilizada na empreitada.

Em ambos os casos foi utilizada uma pistola calibre 9mm e efetuados múltiplos disparos contra as vítimas.

Outro caso em que M.S.R também está envolvido é no da morte de Thiago Leite Neves, conhecido como Diabolin - executado em frente a sua casa, no bairro Dom Antônio. Neste, M.S.R disse que estaria sendo ameaçado pela vítima, pontuou ainda que ele o monitorou e pilotou a motocicleta que levou o verdadeiro atirador ao local dos fatos.

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