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CORONAVÍRUS

Rochedo é terceira cidade de MS a decretar lockdown

Município confirmou hoje 35 casos de Covid-19 e ainda tem 72 suspeitos

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O município de Rochedo – a 81 quilômetros de Campo Grande – decretou nesta segunda-feira (29) o fechamento do comércio não essencial em função do avanço da Covid-19 na região. A prefeitura confirmou 35 casos e aguarda resultado de mais 72 suspeitos da doença. Pelo elevado número de casos para sua população, a cidade é a terceira de Mato Grosso do Sul a decretar lockdown.

De acordo com o texto publicado pela administração, a partir de hoje funciona na cidade apenas os serviços considerados essenciais, como supermercados, mercearias, açougues, peixarias, hortifrúti, padarias, farmácias, instituições financeiras, correios, deposito de matérias de construção, lojas de venda de produtos agropecuários e casa lotérica.

A medida é válida por 15 dias e pode ser reavaliada ao final do prazo, “a depender da fase epidemiológica do contágio e da evolução dos casos no Município”.

Para as padarias, mercearias e supermercados a administração proibiu o consumo de alimentos e bebidas no local. “O atendimento deverá ser organizado pelo estabelecimento, observando o distanciamento mínimo de um metro e meio entre as pessoas nas filas internas e externas para evitar aglomerações, bem como elaborar e administrar as filas, sendo de sua total responsabilidade o controle das mesmas. O funcionamento deverá restringir a capacidade no interior do estabelecimento de um cliente para cada 10 metros quadrados, com uso obrigatório de máscaras, disponibilizar uma pessoa para borrifar álcool em gel ou líquido 70% nas mãos das pessoas que adentrarem em seus estabelecimentos, na entrada e saída do estabelecimentos e pontos estratégicos”.

O decreto também estabelece que os empreendimentos devem reduzir o número de funcionários, adotando o revezamento, além de providenciar, na área externa do estabelecimento, o controle de acesso a marcação de lugares reservados aos clientes.

“Higienizar, periodicamente, durante o período de funcionamento e sempre no início das atividades, as superfícies de toque. Higienizar, preferencialmente após cada utilização e, periodicamente, durante o período de funcionamento e sempre no início das atividades, os pisos, paredes e banheiro”, diz trecho do documento.

A prova de qualquer objeto, como roupas e assessórios, por parte dos clientes está proibida nesses estabelecimentos. Os comércios também devem disponibilizar a todos os trabalhadores que tenham contato com o público máscaras de tecido, que deverão ser trocadas de acordo com os protocolos estabelecidos pelas autoridades de saúde. As empresas devem manter todas as áreas ventiladas, “inclusive os locais de alimentação e locais de descanso dos trabalhadores”.

As lojas de venda de produtos agropecuários e matérias de construção poderão funcionar, entretanto sem atendimento presencial, somente com uma das portas abertas ou metade dela, com obstáculo na entrada para impedir acesso de pessoas ao seu interior, ou funcionar pelo sistema drive-thru, delivery, ou retirada no local.

“As lanchonetes, lojas de conveniências, trailer, food truck e restaurantes, deverão funcionar em regime de delivery, teleserviços, serviços remotos, dentre outros do mesmo gênero, ficando vedado, o consumo no local”, cita o decreto.

Sobre as igrejas e templos, a prefeitura também suspensas as atividades dessa categoria, podendo fazer através das redes sociais ou outros meios eletrônicos, “vedados mais do que quatro pessoas para sua produção, mantendo-se a distância mínima de 1,5 metro entre elas, durante a vigência deste decreto”.

A fiscalização do decreto poderá solicitar o apoio da Polícia Militar, com o encerramento das atividades no local, e a lavratura do boletim de ocorrência caso necessário. Caso haja descumprimento as medidas adotadas vão de interdição do local, da suspensão e cancelamento do alvará de funcionamento, caso o local ou a atividade possua fins comerciais. O atendimento presencial na sede da prefeitura também está suspenso.

Mato Grosso do Sul

Domingo tem temperaturas acima dos 40 e sensação térmica de 48ºC

Na região norte do estado, umidade relativa do ar chegou a 7%

08/09/2024 18h30

Em Campo Grande, a máxima registrada foi de 38,7ºC, com sensação térmica de 44ºC.

Em Campo Grande, a máxima registrada foi de 38,7ºC, com sensação térmica de 44ºC. Marcelo Victor/Correio do Estado

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Neste domingo, termômetros chegaram a marcar 41,6ºC em Mato Grosso do Sul, com sensação térmica de 48ºC, conforme levantamento divulgado pelo meteorologista da Uniderp, Natalio Abraão.

A maior temperatura, de 41,6ºC, foi registrada em Aquidauana, município 139 km a oeste de Campo Grande. A sensação térmica na cidade, neste domingo, foi de 47ºC, ficando atrás apenas da registrada em Porto Murtinho, município localizado no estremo oeste do estado, que foi de 48ºC; os termômetros registraram 41,5ºC.

Outros quatro municípios dos 33 monitorados tiveram temperaturas acima dos 40ºC:

  • Nhumirim: 41,4ºC, com sensação térmica de 46ºC;
  • Corumbá: 41,1ºC, com sensação térmica de 47ºC;
  • Miranda: 40,7 ºC, com sensação de 46ºC;
  • Água Clara: 40,1ºC, com sensação de 45ºC.

Em Campo Grande, a máxima registrada foi de 38,7ºC, com sensação térmica de 44ºC.

Clima desértico

Além das altas temperaturas, o estado vem sendo "castigado" pelo tempo seco. Neste domingo (8), a umidade relativa do ar chegou a 7%, segundo monitoramento do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

O índice baixo e alarmante foi observado às 15h, nos municípios de Coxim e Sonora, ambos localizados na região norte do estado.

Em Costa Rica, também no norte de MS, a umidade foi de 9% no mesmo horário. Confira o levantamento completo:

Município Umidade Relativa Mínima*
Coxim, Sonora 7%
Costa Rica 9%
Amambai, Aquidauana, Jardim, São Gabriel do Oeste, Sidrolândia 10%
Água Clara, Cassilândia, Corumbá, Dourados, Maracaju, Miranda, Porto Murtinho 11%
Campo Grande, Chapadão do Sul, Ivinhema, Ponta Porã, Três Lagoas 12%
Bataguassu, Paranaíba, Rio Brilhante 13%
Itaquiraí, Juti 14%
Sete Quedas 15%
*Às 15h

Previsão

Conforme noticiado no dia 30 de agosto, a meteorologia espera que a onda de calor, que atinge o estado desde o dia 2 de setembro, dure até o dia 19 deste mês.

Em Campo Grande, o cenário deve se manter o mesmo observado neste domingo durante toda a semana, segundo o Clima Tempo. São esperadas mínimas de 25ºC e máximas de 38ºC, e a umidade deve variar entre 14 e 27%.

Para Dourados, são esperadas mínimas de 21ºC e máximas de 40ºC, com umidades que variam de 13 a 50%.

Em Três Lagoas, as máximas também podem chegar aos 40ºC, e as mínimas a 21ºC, e umidades mínimas e máximas de 13 e 70%.

Corumbá terá temperaturas máximas de 41ºC, mínimas de 21ºC e umidades que variam de 11 a 56%.

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Cidades

Carreta que transportava soja tomba em trecho da BR-163

A pista foi interditada por meia hora nesta tarde. No momento, o fluxo segue normal

08/09/2024 18h00

Carreta carregada de soja tomba em trecho da BR-163

Carreta carregada de soja tomba em trecho da BR-163 Gerson Oliveira

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Na manhã deste domingo (08), uma carreta, que levava um carregamento de soja, tombou no KM 495 Sul, da BR-163. O motorista não ficou ferido.

Segundo informações da CCR MS, a pista só foi interditada para realizar o destombamento, que ocorreu das 15h às 15h35. No momento, o fluxo segue normal.

Outros acidentes

Em agosto deste ano, uma outra carreta que levava soja, tombou no km 609, na BR-163, no município de São Gabriel do Oeste. O motorista, um homem de 43 anos, não sofreu ferimentos graves.

De acordo com informações, o veículo perdeu o controle e acabou tombando. A equipe da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a CCR MSVia foram acionadas e estiveram no local. 

Já em junho, ainda na BR-163, em Belterra, oeste do Pará, um motorista de uma carreta que transportava produtos de lojas virtuais, perdeu o controle da direção e tombou o veículo. O motorista sofreu escoriações devido ao acidente.

Rodovia da morte

Números compilados de 2018 mostram que no Mato Grosso do Sul e na Região Centro-Oeste, a BR-163 ainda mantinha o título de "rodovia que mais mata", sendo que a privatização de 2013 buscava tirar o título macabro do trecho. 

Cerca de dois anos após a privatização, os números de 2015, de fato, apontavam para uma queda de mais de 50% nas mortes, com a PRF indicando que os 64 óbitos de 2014 haviam caído para apenas 30 em 2015.

Acontece que os números voltaram a subir, e as melhorias na via estão paradas há sete anos, já que a CCR MSVia, não cumpriu com o contrato, que previa a duplicação de todos os 845 km da BR-163, de Mundo Novo, na divisa com o Paraná, a Sonora, na divisa com o Mato Grosso. Desde o início da concessão, há dez anos, foram duplicados apenas cerca de 155 km.

O prazo para a duplicação completa terminaria em 2024, mas a concessionária fez apenas a duplicação necessária para iniciar a cobrança de pedágio, nos três primeiros anos.

A rodovia não recebe investimentos desde 2017, quando a empresa solicitou o reequilíbrio do contrato. A CCR chegou a dizer em 2019 que não tinha interesse em permanecer com a rodovia e até cobrou a devolução de ativos da União, no valor de R$ 1,4 bilhão.

Desde então, o Governo Federal vem prorrogando o contrato com a CCR MSVia para a administração da BR-163.

Em 2023, foram realizadas audiências públicas em Brasília e em Mato Grosso do Sul para debater o futuro da rodovia federal que corta o estado. Em julho, uma decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) autorizou a assinatura do acordo consensual entre o Governo e a CCR MSVia.

Dois meses depois, a União e o Estado fizeram uma proposta para que a CCR MSVia continuasse com a concessão, apresentando regras para assinatura do novo contrato, como a manutenção do pedágio, a duplicação de mais 68 km de rodovia e a implantação de 63 km de faixa adicional, 8 km de marginais e 9 km de contornos.

A CCR MSVia teria mais 20 anos com a BR-163, porém, com esse novo acordo, o prazo será estendido por mais 15 anos. Nos primeiros três anos contratuais, haverá investimento de boa parte do total de recursos destinados.

A empresa promete a duplicação de mais 190 km e mais 170 km de terceira faixa.

O novo contrato, que prevê R$ 12 bilhões de investimento na rodovia, deveria ter sido assinado no primeiro mês de 2024. No entanto, um impasse do Tribunal de Contas da União atrasou o processo, que ainda está parado.

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