Cidades

CRESCIMENTO DE 9,5%

Roubos de carros diminuem, mas feminicídios aumentam em Mato Grosso do Sul

Foram 21 casos de violência no ano passado contra 23 neste ano

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Dados da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sejusp) divulgados neste último semestre apontaram que o único delito dos 12 que são monitorados diuturnamente pela polícia, o feminicídio, apresentou crescimento de 9,5% no comparativo dos oito primeiros meses de 2018 e dos mesmos meses de 2019. De acordo com a Sejusp, foram 21 casos no ano passado contra 23 esse ano. Só em Campo Grande foram cinco óbitos foram registrados neste ano.

Em contrapartida, os mesmos dados apontam que a segurança melhorou em outros delitos. A principal redução está relacionada com as ocorrências de roubos seguidos de morte, conhecido como latrocínio, configurando uma queda de 50% no Estado, sendo registrados oito casos, enquanto na Capital esse percentual é ainda maior 87,5%  – uma ocorrência em 2019 e oito em 2018.

Outro delito que também tem apresentado queda significativa no Estado são crimes contra o patrimônio. Os roubos em comércios, por exemplo, caíram 30,6%, sendo registrados 259 ocorrências em 2019. Logo depois estão os roubos de veículos, que registraram uma redução de 29,4%, passando de 531 registros para 375 em 2019. Em seguida estão as ocorrências em vias públicas, com queda de 23,3%. Já os delitos ocorridos em residências, as estatísticas apontam que os índices caíram 16,6%.

Em Campo Grande o destaque também é para roubos em estabelecimentos comerciais, com redução de 42,3%, seguido dos casos em vias públicas (-23,3%), em residências (-22,2%) e o de veículos (-17,3%).

Apesar de fazer fronteira com dois países e enfrentar diariamente o tráfico de drogas, os crimes contra a vida também sofreram redução, se comparados com 2018. Os homicídios dolosos apresentaram uma queda de 13,3%. Na Capital a redução é ainda maior 24,6%, sendo 57 mortes em 2018 e 43 em 2019. A Sejusp também apontou queda nos homicídios culposos no trânsito em todo o Estado (-7,6%), já em Campo Grande (-23,1%).

O titular da Sejusp, Antonio Carlos Videira, analisa que os índices são resultados do trabalho que vem sendo desenvolvido pela secretaria por meio de suas forças de segurança, com apoio do Governo do Estado, que tem feito investimentos significativos nesta área. “Nós estamos trabalhando muito, e temos obtido resultados positivos que têm colocado MS em destaque nacional, mas nem por isso, podemos ficar em uma zona de conforto. Promover segurança pública é a nossa missão, outra coisa é a sensação de segurança que se faz com polícias nas ruas, com repressão e ações de prevenção. Neste caso, não tem como fazermos isso sozinhos, precisamos compartilhar essa responsabilidade com a sociedade em geral”, pontua. 

BR-060

Câmeras de segurança em rodovia identificam autor de atropelamento com morte

O condutor do veículo foi localizado a 54 quilômetros do local do atropelamento, apresentando sinais de embriaguez. Ele foi preso em flagrante

04/10/2024 16h32

O motorista que não teve identidade revelada, conduzia o veículo.

O motorista que não teve identidade revelada, conduzia o veículo. Imagens/ Polícia Civil

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Câmeras de segurança instaladas na BR-060, próximo ao município de Paraíso das Águas, a 277 quilômetros de Campo Grande, conseguiram identificar o motorista de uma caminhonete que atropelou e matou o motociclista José Sidnei de Lima, de 54 anos, na noite de ontem (3). O autor do crime foi localizado horas depois no município de Chapadão do Sul, com sinais de embriaguez, onde foi preso em flagrante.

Conforme as investigações, uma testemunha que estava na garupa da motocicleta NXR Bros 150 disse aos policiais que foram surpreendidos por uma caminhonete em alta velocidade na rodovia, cujo motorista não parou para prestar socorro. Em depoimento na delegacia, o sobrevivente do acidente relatou que conseguiu escapar do atropelamento ao desembarcar pelo lado do acostamento.

Diante das informações, os policiais iniciaram investigações com análises das câmeras de segurança da rodovia, quando conseguiram identificar o autor do atropelamento em Chapadão do Sul.

Com o apoio da delegacia do município, os policiais conseguiram localizar o veículo de modelo Dodge, ano 2022, de cor preta.

Ainda de acordo com as imagens de segurança da rodovia, os policiais conseguiram identificar que o condutor havia parado em uma conveniência para comprar bebidas alcoólicas pouco antes do ocorrido.

Ao ser capturado, foram constatados sinais visíveis de embriaguez no autor, que está à disposição da Justiça e responderá pelo crime de homicídio culposo na direção de veículo automotor, qualificado pela embriaguez ao volante.

 

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Mato Grosso do Sul

IBGE destaca condições precárias de saneamento para 91 mil indígenas em MS

Segundo os dados, 78,8% dos indígenas sobrevivem sem acesso a coleta direta ou indireta por serviço de limpeza

04/10/2024 15h32

Cerca de 69,1% das pessoas indígenas vivem em situação de precariedade ou ausência de saneamento básico.

Cerca de 69,1% das pessoas indígenas vivem em situação de precariedade ou ausência de saneamento básico. Foto: Jéssica Candido/Agência IBGE Notícias

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Mais de 91 mil indígenas de Mato Grosso do Sul vivem em situação de precariedade e sem acesso a saneamento básico, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (4) pelo Censo Demográfico 2022 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Esses números equivalem a 78,8% dos indígenas que sobrevivem sem acesso ao descarte de lixo e à água canalizada, como poço, fonte, nascente ou mina; à ausência de destinação do esgoto para rede geral, pluvial ou fossa séptica; e à ausência de coleta direta ou indireta por serviço de limpeza.

De acordo com a coordenadora do Censo de Povos e Comunidades Tradicionais, Marta Antunes, o principal fator que influencia esses resultados é a distância geográfica e a adaptação dos serviços de saneamento às terras indígenas.

“Um dos principais problemas é o desafio logístico que é garantir o saneamento básico e culturalmente adequado nas terras indígenas. Por isso, é preciso adaptar as soluções para saneamento básico, como, por exemplo, fazer fossas que permitam um descarte adequado sem precisar se ligar à infraestrutura geral, que às vezes existe de forma mais distante da realidade dessas terras”

Segundo o IBGE, a coleta de lixo atinge menos de 5% dos indígenas. Em Mato Grosso do Sul, dentre os 41.279 domicílios indígenas, apenas 52% têm como destino do seu lixo a coleta por serviço de limpeza ou caçamba, um aumento em comparação aos 32,4% vistos em 2010.


Alfabetização é menor do que a média em MS 

Os resultados do Censo Demográfico 2022 mostram que 70.345 indígenas sabem ler e escrever e 9.903 não tinham estudos.

De acordo com o IBGE, a taxa de alfabetização da população de Mato Grosso do Sul é de 87,66% em 2022, abaixo da taxa total da população do estado, que foi de 94,61% para indígenas de 15 anos ou mais.

A taxa de analfabetismo dos indígenas no estado foi de 12,34% deste contingente populacional, percentual acima da taxa do total populacional do estado, que foi de 5,39%.

Segundo o IBGE, o estado de Mato Grosso do Sul ocupa hoje a 10ª colocação. O Rio de Janeiro, com 95,05%, seguido do Distrito Federal (94,50%), está no topo da lista.

O Maranhão aparece na última colocação, com 72,56% de pessoas indígenas alfabetizadas nessa faixa etária. 


Homens indígenas são os mais alfabetizados

Em comparação entre sexos, a taxa de alfabetização das mulheres indígenas é de 83,38%, enquanto fora das TI (Terras Indígenas) é de 94,76%. Para os homens, a taxa de alfabetização dentro das TI é de 87,23% e, fora, de 94,86%. Ao considerar pessoas indígenas não alfabetizadas nessa mesma faixa de idade, chega-se ao cálculo da taxa de analfabetismo.

Entre os estados, Mato Grosso do Sul apresenta um percentual de 12,34%, ocupando o décimo sétimo lugar, enquanto o Maranhão (27,44%), o Acre (23,99%) e o Piauí (22,38%) ocupam as primeiras posições.

O Rio de Janeiro (RJ) apresenta o menor percentual de pessoas indígenas nessa mesma condição e faixa de idade, com 4,95%, seguido do Distrito Federal (5,50%) e de São Paulo (5,57%).

Entre os municípios de MS, aqueles que apresentaram os maiores índices de analfabetismo entre as pessoas indígenas de 15 anos ou mais foram Santa Rita do Pardo (40,00%), Caracol (33,33%) e Figueirão (28,67%).

De acordo com os dados do IBGE, Campo Grande ocupa a nona posição, com 4,55%.

 

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