A nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que este ano será realizado nos dias 3 e 10 de novembro, pode ser utilizada de várias formas, como em programas do Governo, em substituição ao vestibular em algumas universidades públicas e privadas do país e até no exterior.
Mas quem ainda não está no tempo para ingressar em uma universidade não há problema; o resultado do exame serve também para autoavaliação (treineiro). O Ministério da Educação (MEC) também utiliza os resultados para pesquisas na área da educação.
Em Mato Grosso do Sul, ao todo 70.396 pessoas estão inscritas para realizar o exame, em 41 municípios do Estado, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). .
Os resultados podem ser usados de cinco formas de acordo com o MEC: por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), Programa Universidade para Todos (Prouni), Fundo de Financiamento Estudantil (FIES), instituições particulares que usam o exame como vestibular e até universidades no exterior.
SISU
O Sisu é um sistema informatizado do MEC em que as instituições públicas de ensino de todo o país oferecem vagas aos candidatos participantes do Enem. O sistema informatizado fica aberto por quatro dias. Durante esse período, os candidatos devem escolher, pelo site, até duas opções de curso nas universidades participantes. Ao longo da semana, são exibidas notas de corte parciais, calculadas com base no número de vagas e no desempenho dos inscritos até o momento. Essa nota serve apenas como uma referência para que o aluno escolha cursos em que tenha maior chance de ser aprovado. Há duas edições do Sisu por ano.

PROUNI
O prouni é semelhante ao Sisu, mas usado por instituições particulares. Para participar, o candidato não pode ter diploma de ensino superior. Além disso, deve ter participado da última edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2018 e tirado, no mínimo, média de 450 pontos na prova. Não é permitido ter zerado na redação.
Também é preciso se enquadrar em um dos seguintes critérios de renda como renda familiar bruta mensal per capita de até 1,5 salário mínimo ou renda familiar bruta mensal per capita de até 3 salários mínimos dependendo da porcentagem da bolsa de estudo.
Entre as exigências, o candidato deve ainda se encaixar em pelo menos uma das seguintes situações como ter cursado o ensino médio em escola pública; ter cursado o ensino médio em escola privada, desde que na condição de bolsista integral; ter alguma deficiência; ou ser professor do quadro permanente de uma escola pública (nesse caso, o critério de renda familiar não se aplica). O sistema de seleção é aberto uma vez a cada semestre.

FIES
Diferente dos outros programas, o financiamento estudantil FIES também pode ser utilizado com a nota do Enem. Trata-se de um programa que financia a graduação na Educação Superior de estudantes matriculados em cursos superiores pagos. Os financiamentos podem chegar a 100 % do valor do curso. Depois de formados, os alunos têm prazo de carência para quitar todo aquele valor que ele deixou de gastar durante o curso. Nessa modalidade do Fies, se não houver atraso, não há juros.
Universidades particulares
Determinadas universidades privadas não participam do Prouni, mas utilizam a nota do Enem no lugar do vestibular próprio. Elas podem estabelecer regras para o processo seletivo, que é desvinculado de qualquer programa do governo.
Há algumas instituições que aceitam a nota não só da edição mais recente do Enem, e sim de qualquer prova dos últimos cinco anos, por exemplo. Outras preferem colocar o exame como um bônus a ser adicionado ao vestibular tradicional.
*Com informações do G1