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Saiba reconhecer um berço que respeite as normas de segurança

Saiba reconhecer um berço que respeite as normas de segurança

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14/11/2011 - 00h00
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Dentro de um ano, os berços infantis fabricados no Brasil ou importados precisarão de certificação do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia). A decisão do órgão, anunciada em julho deste ano, prevê dezembro de 2012 como prazo para adequação do mercado.

Atualmente os fabricantes de berços infantis podem obter o certificado caso cumpram com as normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), mas somente de forma voluntária – o selo não é uma regra.

“Tem pouca gente realmente preocupada com segurança. Querem vender o mais bonito, com mais detalhes, e é aí que mora o perigo”, diz a pediatra Renata Waksman, da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). De acordo com Aline Oliveira, da Diretoria de Qualidade do Inmetro, as 11 marcas disponíveis no mercado brasileiro foram reprovadas em análise feita em 2007, e por isso será exigida uma certificação compulsória.

“No programa de análise, encontramos berços que não tinham manual de instruções, com madeira frágil demais e espaçamento entre as ripas dos estrados desobedecendo às normas. Encontramos até cantos pontiagudos que podiam machucar o bebê”, recorda Aline.

Susto com o berço vazio

Antes da certificação entrar em vigor, os pais devem observar alguns pontos essenciais de segurança. “Mesmo que a nova regra ainda não esteja vigente, os pais podem buscar produtos com as características que deverão ser seguidas”, recomenda Alessandra Françóia, coordenadora nacional da ONG Criança Segura. Assim, eles podem evitar o susto pelo qual passou a psicanalista Beatriz Mecozzi Moura, de 56 anos.

Enquanto recebia a visita da mãe, Beatriz deixou a filha Veridiana dormindo no berço. Em pouco tempo, a filha começou a chorar e a avó subiu ao quarto para acalmá-la. Surpreendentemente, o berço estava vazio e o choro continuava. Minutos depois, Beatriz descobriu que a filha havia escorregado pelo canto direito do berço. O pino de suporte do estrado havia estourado e o fundo do berço pendeu. “Confesso que nem pensei em reclamar do produto, o que fizemos foi chamar um marceneiro”, conta. Como nada de grave aconteceu, hoje Beatriz se lembra da história com graça. Mas o perigo da situação é indiscutível.

De acordo com Aline Oliveira, do Inmetro, a segurança do berço começa pelas bordas e partes salientes, que devem ser arredondadas e isentas de quaisquer rebarbas e arestas. Além disso, os rótulos e decalques colados ao berço não podem estar situados nas superfícies internas das laterais e extremidades do berço, pois a criança pode retirá-los e colocá-los na boca.

A madeira deve ser forte, estável e estar isenta de apodrecimento e ataque de insetos. As partes de metal – incluindo molas e parafusos – também devem ser resistentes e protegidas contra corrosão.

Todos devem estar marcados com informações sobre razão social, nome ou marca registrada do fabricante, distribuidora ou varejista, e meios adicionais de identificação. O manual de instruções também é imprescindível.

Abaixo, veja as principais qualidades que os berços devem ter, além, é claro, da necessidade de manejo responsável pelos pais:

- A pintura do berço não deve ser feita com tinta tóxica, ou seja, não pode conter chumbo.

- O berço não pode ter relevos muito altos: O bebê pode se bater e se machucar.

- As grades, que costumam poder ser reguladas em diferentes níveis de altura, precisam ter travas – e os pais não devem deixar as grandes completamente abaixadas em nenhuma hipótese.

- É ideal que o estrado debaixo do colchão seja uma única placa de madeira.

- Os pais devem lembrar que a posição mais baixa do estrado é a mais segura: caso o berço tenha regulagem de altura, assim que o bebê completa seis meses, é importante manter o estrado na posição mais baixa, com as grades sempre elevadas.

- As grades laterais devem ter, entre elas, um espaço entre elas de no máximo seis centímetros. Já a altura ideal das grades é de 60 centímetros.

- Protetores acolchoados de grades devem estar bem presos ao berço. A criança não pode conseguir passar braços ou pernas pelo espaço entre as grades, nem escalar o berço com a ajuda dos protetores.

- A posição mais baixa que a grade lateral deve ter em relação à superfície superior do estrado é de aproximadamente 23 centímetros.

- O colchão deve ser plano e sem possibilidade de deformações, e deve se ajustar ao berço perfeitamente. Não pode haver fresta alguma entre o berço e o colchão.

- O ideal é comprar todos os produtos que compõem o berço no mesmo lugar.

- A roupa de cama utilizada também deve estar bem firme, se prendendo ao colchão firmemente pelas laterais e pés.

- Os berços que tiverem rodinhas devem ter travas, impreterivelmente.

- Ainda, é importante que os berços não sejam colocados perto de janelas ou cortinas e os pais nunca deixem as grades abaixadas, mesmo com o bebê bem pequenininho.

- A criança não pode ser capaz de levantar a base do colchão ou do berço de dentro do próprio berço.

- Não pode haver nenhum móbile perto o suficiente para a criança conseguir se pendurar e subir – e, assim, cair do berço.
 

RÉGUA DE LADÁRIO

No Dia do Pantanal, nível do Rio Paraguai volta a ficar acima de zero

Em 17 de outubro o nível chegou a 69 centímetros abaixo de zero, no pior nível em 124 anos. Dia do Pantanal é uma homenagem ao ambientalista Francelmo

12/11/2024 12h30

Chuva na Bolívia ajudou e em pouco mais de três semanas, nível do Rio Paraguai subiu 71 centímetros na região de Corumbá e Ladário

Chuva na Bolívia ajudou e em pouco mais de três semanas, nível do Rio Paraguai subiu 71 centímetros na região de Corumbá e Ladário

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Depois de atingir seu mais baixo nível em 124 anos, no dia 17 de outubro, com 69 centímetros abaixo de zero, o nível do Rio Paraguai subiu 71 centímetros nos últimos 26 dias e nesta terça-feira (12) voltou a ficar acima de zero na régua de Ladário, que é referência na medição do principal rio pantaneiro.

Nesta terça-feira, Dia do Pantanal em homenagem ao ambientalista Francelmo, o nível do rio amanheceu com dois centímetros acima de zero, o que não ocorria desde o dia 25 de agosto. Desde que acabou o período de vazante, no dia 18 de outubro, o nível tem subido uma média de 2,7 centímetros por dia. 

Esta elevação, a mais rápida dos últimos sete anos para esta época do ano, ocorre principalmente por conta de chuvas registradas em território boliviano e na região mais ao norte de Mato Grosso do Sul. 

No ciclo passado, por conta da escassez de chuvas, o nível do rio parou de baixar somente nos primeiros dias de janeiro de 2024 e, mesmo assim, em seu pico, chegou a apenas 1,47 metro, caracterizando-se numa das menores cheias já registradas desde o início das medições feitas pela Marinha, em 1900.

Segundo o pesquisador Carlos Padovani, da Embrapa Panantal, a menor cheia registrada desde 1900 ocorreu em 1971, ano em que máxima foi de apenas 1,11 metro. Antes disso, em 1964, o pico havia ficado de apenas 1,33 metro. 

E foi naquele  ano (64) em que também havia sido registrado o nível mais baixo até hoje,  de 61 centímetros abaixo de zero na régua de Ladário. Este recorde negativo foi superado em outubro (17) deste ano, quando o nível na régua de Ladário marcou 69 centímetros abaixo de zero. 

Mas, apresar desta rápida recuperação do nível, o rio está longe de recuperar seu vigor. Somente depois que chegar a pelo menos um metro na régua de Ladário é que embarques de minério poderão ser retomados nos portos de Corumbá e Ladário. 

Ao atingir do momento em que a água atinge um metro, as embarcações conseguem descer pela hidrovia com cerca de 70% da capacidade, já que existem três grandes bancos de areia entre Corumbá e Porto Murtinho que atrapalham a passagem dos comboios. A navegação com carga total ocorre somente depois que o nível chega a 1,5 metro. 

Entre janeiro e setembro deste ano, por conta da estiagem extrema que começou ainda em setembro do ano passado, o transporte de minérios caiu 59,6% na comparação com igual período de 2023, recuando de 6,88 milhões de toneladas para 2,78 milhões, conforme dados a Agência Macional de Transporte Aquaviário (ANTAQ). 

DIA DO PANTANAL 

O dia 12 novembro como Dia do Pantanal e foi instituído pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) em 2008, em homenagem ao ambientalista Francisco Anselmo de Barros, apelidado de Francelmo, que morreu em 2005, aos 65 anos, após atear fogo no próprio corpo em protesto na região central de Campo Grande. Ele protestava contra o plantio de cana no região pantaneira. 

Ele ambientalista estendeu dois colchonetes em forma de cruz na calçada, ensopou-os com gasolina e ateou fogo. Francisco teve 100% do seu corpo queimado e levado à Santa Casa, mas morreu horas depois. 

Após a morte de Francelmo, foram descobertas 15 cartas deixadas por ele, destinadas à familiares, colegas ambientalistas e também à imprensa.

"Foi difícil tomar essa decisão de sã consciência. A minha vida sempre foi um sacerdócio em defesa da natureza. É a nossa casa e o presente maior de Deus. Se ele deu a vida por nós, eu estou dando a minha vida por ele, defendendo o futuro dos nossos filhos. [...] Continuem a luta por mim", escreveu Francelmo em uma das cartas deixadas por ele.

 

CONCORRIDO

Vestibular para medicina da UEMS tem 164 candidatos por vaga

Outros três cursos aparecem como os mais concorridos na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), sendo eles Psicologia, Direito e Fonoaudiologia; provas serão no dia 24 de novembro

12/11/2024 12h15

Medicina, Psicologia e Direito são os cursos mais concorridos na UEMS

Medicina, Psicologia e Direito são os cursos mais concorridos na UEMS Bruno Henrique - Arquivo/Correio do Estado

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O Vestibular 2025 da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) teve recorde no número de inscritos, com 10.730 alunos interessados nos 30 cursos oferecidos pela faculdade. Porém, quatro levam destaque pela sua alta concorrência: Medicina, Psicologia, Direito e Fonoaudiologia.

Segundo informações divulgadas pela UEMS à reportagem do Correio do Estado, 38,32% dos interessados em ingressar na universidade estadual escolheram medicina, ou seja, 4.112 inscritos. No edital, a faculdade sul-mato-grossense prevê 25 vagas via vestibular, portanto, 164 candidatos por vaga.

Na sequência aparece o curso de Psicologia, do qual garante 20 vagas em Campo Grande e Coxim. Na Capital, 656 se mostraram interessados no curso, ou seja, 32,8 candidatos por vaga. Já em Coxim, o número de inscrições é menor, com 310 e 15,5 candidatos por vaga.

O curso de Fonoaudiologia só é ofertado pela universidade em Campo Grande, prevendo a garantia de 16 vagas. Ao todo, 335 estudantes colocaram o curso como primeira opção, sendo assim, 20,9 candidatos por vaga.

Por último, o curso de direito teve alto números de inscritos em Dourados (530), Campo Grande (726), Naviraí (396), Aquidauana (444) e Jardim (399). Confira candidatos vaga em cada uma das cidades no curso de direito:

  • Dourados: 20,3 candidatos por vaga;
  • Campo Grande: 40,3 candidatos por vaga;
  • Naviraí: 15,2 candidatos por vaga;
  • Aquidauana: 17 candidatos por vaga;
  • Jardim: 19,95 candidatos por vaga;

Visualize o edital completo do Vestibular 2025 da UEMS clicando aqui.

Enem perde força

Um levantamento realizado pelo Correio do Estado constatou que a maioria das vagas para cursos de graduação ofertadas pelas universidades públicas de Mato Grosso do Sul são destinadas a "métodos próprios" de ingresso, seja por meio de vestibular ou outros programas de processo seletivo.

A Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) é a que disponibiliza o maior percentual de vagas para o Sisu. Na instituição, 50% das vagas são para ingresso através do Enem, e outros 50% de vestibular próprio e demais processos seletivos.

Para 2025, serão ofertadas 2.637 vagas. Destas, 708 serão para o Processo Seletivo Permanente UEMS 2025, e 641 para o Vestibular. As demais, são destinadas para o Sisu.

Provas

As provas do vestibular serão realizadas em 24 de novembro de 2024, das 8h às 13h (horário de MS), nos municípios de Amambai, Aquidauana, Bataguassu, Campo Grande, Cassilândia, Corumbá, Costa Rica, Coxim, Dourados, Glória de Dourados, Ivinhema, Jardim, Maracaju, Mundo Novo, Naviraí, Nova Andradina, Paranaíba, Ponta Porã e Três Lagoas.

A prova é composta com 60 questões objetivas do tipo múltipla escolha.

As áreas do conhecimento cobradas são Ciências da Natureza e suas Tecnologias, Ciências Humanas e suas Tecnologias, Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, Matemática e suas Tecnologias e Redação.

O candidato deve comparecer ao local de provas com 30 minutos de antecedência, portando documento oficial com foto e caneta esferográfica de tinta preta ou azul, fabricada em material transparente.

Serão aceitos somente os documentos de identificação: carteiras expedidas pelos Comandos Militares, pelas Secretarias de Segurança Pública, pelos Institutos de Identificação e pelos Corpos de Bombeiros Militares; carteiras expedidas pelos órgãos fiscalizadores de exercício profissional (ordens, conselhos etc.); passaporte brasileiro; carteiras funcionais expedidas por órgão público que, por Lei Federal, valham como identidade; carteira de trabalho e carteira nacional de habilitação.

Reserva de vagas

É possível ingressar na universidade por meio de:

I - Acesso Universal (Ampla Concorrência)

II - Reserva de Vagas, sendo:

  • 20% para candidatos(as) ao regime de cotas para Negros(as) (pretos(as) e pardos(as)) que tenham cursado integralmente o Ensino Médio em escola(s) pública(s);
  • 10% para candidatos(as) ao regime de cotas para Indígenas que tenham cursado integralmente o Ensino Médio em escola(s) pública(s);
  • 10% para candidatos(as) ao regime de cotas para Residentes em Mato Grosso do Sul há mais de 10 anos;
  • 5% para pessoas com deficiência e transtornos globais do desenvolvimento (PCD).

Confira o conteúdo da prova aqui.

*Colaborou Alanis Netto e Naiara Camargo

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