Cidades

PREOCUPAÇÃO

Saída dos EUA de acordo do clima pode elevar temperaturas em 0,3ºC, diz ONU

Saída dos EUA de acordo do clima pode elevar temperaturas em 0,3ºC, diz ONU

G1

02/06/2017 - 21h00
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A saída dos Estados Unidos do acordo global do clima de Paris pode causar uma elevação de 0,3 grau Celsius nas temperaturas globais até o final do século no pior dos casos, disse uma autoridade da Organização Meteorológica Mundial (OMM) nesta sexta-feira (2).

Deon Terblanche, diretor de Departamento de Pesquisa Atmosférica e Ambiental da OMM, uma agência da Organização das Nações Unidas (ONU), disse que o dado é uma estimativa, uma vez que não foi realizado ainda nenhum modelo climático para medir o impacto da decisão anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na quinta-feira.

"Isto é 0,3 grau adicional no aquecimento, devido à saída dos EUA", disse Terblanche em um boletim periódico em Genebra. "Esse é o pior cenário, e provavelmente não é o que irá acontecer".

O acordo de Paris, assinado por quase 200 países em 2015, foi concebido para limitar o aquecimento global a 2 graus ou menos até 2100, principalmente por meio de metas de corte de dióxido de carbono e outras emissões da queima de combustíveis fósseis.

A ONU descreveu a decisão de Trump como "uma grande decepção para os esforços globais para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e incentivar a segurança global".

Nesta sexta-feira, o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, disse estar confiante de que, apesar da saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris, sociedade civil e empresas americanas permanecerão comprometidas com o meio ambiente.

Indagado se Trump está certo ao dizer que os EUA continuarão a ser o país com a melhor postura ambiental do mundo, Terblanche respondeu que o anúncio do presidente foi complexo e que exigirá algum tempo para ser analisado.

Preocupação

"Em nível pessoal estamos preocupados, como organização provavelmente não estamos tão preocupados assim", disse Terblanche.

Trump argumentou que o rompimento dos EUA faz sentido do ponto de vista econômico e que terá um impacto mínimo no meio ambiente, mas não negou explicitamente que as emissões de carbono geradas pelas atividades humanas estão causando a mudança climática.

"Dentro do governo Trump obviamente há membros de destaque do governo que disseram muito abertamente que a mudança climática é real, está acontecendo e é um grande problema que não irá desaparecer se o ignorarmos", disse a porta-voz da OMM, Clare Nullis.

"Temos interações diárias com cientistas dos EUA, trabalhamos muito, muito de perto com eles em todos os níveis. Eles são alguns dos cientistas mais destacados do mundo. Agora, mais do que nunca, é vital que a ciência contribua para a tomada de decisões", acrescentou.

PROGNÓSTICO

Após verão mais seco em 10 anos, Campo Grande terá retorno das chuvas

Meteorologistas apontam cenário com precipitação dentro da normalidade na próxima estação, porém, o calor deverá continuar acima da média histórica

03/12/2024 09h00

Calor poderá prevalecer neste verão, mas MS deverá voltar a registrar volume de chuva significativo

Calor poderá prevalecer neste verão, mas MS deverá voltar a registrar volume de chuva significativo Foto: Gerson Oliveira

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O verão trará mais chuvas regulares a Campo Grande, em comparação com o verão passado (2023/2024), que foi o mais seco dos últimos 10 anos.
Com início previsto para o dia 21, o verão 2024/2025 apresenta um cenário favorável, com volume de chuvas dentro ou próximo da média histórica em Campo Grande e no estado do Mato Grosso do Sul, segundo o Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (Cemtec-MS).

Meteorologista do Cemtec-MS, Vinicius Sperling explica ao Correio do Estado que, historicamente, dezembro e janeiro tendem a ser os meses mais chuvosos em Mato Grosso do Sul.

“Dezembro e janeiro são os meses mais chuvosos do ano na maioria dos municípios do Estado. Estamos em um cenário de verão 2024/2025 que aponta para chuvas mais próximas do normal, diferentemente do ano passado, qquando tivemos um verão muito quente e seco”, disse Sperling.

Mesmo neste cenário otimista, o meteorologista alerta que, em função das poucas chuvas neste ano, existe uma tendência de que as precipitações irregulares continuem a ocorrer durante o verão.

“Podem ocorrer durante o verão o que chamamos de veranicos, que são aqueles períodos de temperatura acima do normal, em que praticamente não há nuvens nem chuvas. Se o veranico concentrar 10 ou 15 dias sem chuvas, as médias de precipitação podem ser menores”, informou o meteorologista do Cemtec-MS.

Na Capital, o volume de chuvas em dezembro, em média, é de 206 milímetros, em janeiro, de 225,4 mm e, em fevereiro, de 176 mm, conforme dados do período de referência histórica do Cemtec-MS, de 1981 a 2010.

Em 2023, choveu 210 mm em dezembro, porém, em janeiro e fevereiro, o volume de precipitação foi abaixo da média histórica, apenas 92,6 mm no primeiro mês do ano e 104,6 mm no segundo mês, conforme dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

No último verão, de acordo com os índices do acumulado de precipitação do Inmet relativos ao verão, de 21 de dezembro de 2023 e 18 de março de 2024, choveu na Capital apenas 223,6 milímetros, sendo este o menor volume de chuvas dos últimos 10 anos.

A série histórica disponibilizada pelo Inmet, que vai de 2015 até este ano, mostra que, até então, o verão 2021/2022 tinha sido o mais seco: na época, o volume de precipitação foi de 386 mm. Mesmo assim, o volume é 57,9% maior que o do verão passado.

CALOR

Apesar de a previsão indicar chuvas dentro da média no verão, em relação ao calor, a tendência segue a mesma: os modelos indicam que as temperaturas ficarão acima da média histórica.

Climatologicamente, são esperadas em dezembro, janeiro e fevereiro temperaturas médias que variam entre 24ºC e 26°C. Na região noroeste e em partes do nordeste do Estado, as temperaturas variam normalmente entre 26ºC e 28°C no trimestre.

Porém, são esperadas para os próximos meses deste verão temperaturas máximas que podem variar entre 32ºC e 35°C, mesmo com a ocorrência mais regular de chuvas.

“Normalmente, a temperatura máxima registrada para estes meses é de 32ºC até 35ºC em algumas regiões do Estado, pela normal histórica. Segundo os modelos climáticos, a tendência para o verão é de que as temperaturas fiquem acima da média histórica para o período”, afirmou Sperling. Esta tendência, de acordo com o Cemtec-MS, é de 70% a 100% de chances de o trimestre do verão registrar temperaturas altas no Estado. 

DEFICIT HÍDRICO

É importante ressaltar que, apesar da previsão indicar um aumento de chuvas neste verão, o volume de chuvas não deverá ser suficiente para compensar o deficit hídrico que Mato Grosso do Sul enfrenta neste ano, com períodos sem chuvas que duraram meses em alguns municípios do Estado.

Conforme os dados do Cemtec-MS, Campo Grande teve um acumulado de chuva de apenas 546,3 mm entre janeiro e outubro, e a média história para o período é de 1.085 mm, ou seja, o volume acumulado de chuvas teve um deficit de 539,1 mm.

Além da Capital, no mínimo outros 13 municípios tiveram deficit de precipitação no mesmo período, por exemplo, Dourados (-384 mm), Três Lagoas (-284 mm), Ponta Porã (-490 mm) e Bonito (-359 mm).

“Estamos vindo de um cenário ruim de precipitação e vemos um cenário um pouco mais animador. Porém, temos de lembrar também de toda a falta de chuvas que tivemos no ano. Se em dezembro as chuvas estiverem dentro da média, não vai resolver a nossa situação de deficit hídrico elevado”, analisou Sperling.

PRÓXIMOS DIAS

Dezembro mal começou e a chuva já retornou a Mato Grosso do Sul. Segundo o Inmet, ontem o acumulado em Campo Grande foi de 1,8 mm, mas em outras cidades do Estado chegou a quase 30 mm, como em Maracaju.

Para os próximos dias, a previsão é de que as chuvas continuem em Mato Grosso do Sul de forma mais intensa. O Inmet indicou que as precipitações em todas as cidades de Mato Grosso do Sul poderão chegar a 100 mm por dia, em virtude da formação de um ciclone bomba na Região Sul do Brasil, que trouxe instabilidade para o Estado. O alerta de perigo laranja para tempestades segue até amanhã. Em Campo Grande, a temperatura máxima não deverá ultrapassar os 30°C até esta quarta-feira.

Saiba

Neste ano, após enfrentar várias ondas de calor, Campo Grande registrou a maior média de temperatura de sua história. De acordo com dados do Inmet e do Cemtec-MS compilados pelo Correio do Estado, até setembro, a Capital teve uma média de temperatura de 25,6°C.

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Previsão do tempo

Confira a previsão do tempo para hoje (3) em Campo Grande e demais regiões de Mato Grosso do Sul

Chove em todo o estado nesta terça-feira

03/12/2024 04h30

Chuva e vento devem atingir todo o estado

Chuva e vento devem atingir todo o estado Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Nesta terça-feira (3), a previsão indica tempo com sol e variação de nebulosidade, com possibilidade de chuvas de intensidade fraca a moderada. Pontualmente, podem ocorrer chuvas mais intensas e tempestades acompanhadas de raios, rajadas de vento e eventualmente, queda de granizo.

Além disso, são esperados acumulados significativos de chuvas, podendo ultrapassar os 40 mm/24h, principalmente na metade sul e nas regiões sudeste e leste do estado.

Essa situação meteorológica ocorre devido ao avanço de uma frente fria aliada a um ciclone extratropical sobre o oceano Atlântico na altura do litoral da região sul do país. Juntamente, o transporte de calor e umidade favorece a formação de instabilidades. Além disso, a atuação de áreas de baixa pressão atmosférica sobre Argentina/Paraguai e o deslocamento de cavados também reforçam as instabilidades no estado de Mato Grosso do Sul.

Os ventos estarão bem variáveis, mas predominantemente atuam do quadrante norte com valores entre 40 km/h e 60 km/h. Pontualmente, podem ocorrer rajadas de vento acima de 60 km/h.

Confira abaixo a previsão do tempo para cada região do estado: 

  • Para Campo Grande, estão previstas temperatura mínima de 23°C e máxima de 30°C. Chove.
  • A região do Pantanal deve registrar temperaturas entre 24°C e 33°C. Irá chover.
  • Em Porto Murtinho é esperada a mínima de 25°C e a máxima de 36°C. Há previsão de chuva.
  • O Norte do estado deve registrar temperatura mínima de 22°C e máxima de 31°C. Há previsão de chuva.
  • As cidades da região do Bolsão, no leste do estado, terão temperaturas entre 24°C e 31°C. Pode chover.
  • Anaurilândia terá mínima de 23°C e máxima de 32°C. Irá chover.
  • A região da Grande Dourados deve registrar mínima de 22°C e máxima de 33°C. Chove.
  • Estão previstas para Ponta Porã temperaturas entre 22°C e 30°C. Pode chover.
  • Já a região de Iguatemi terá temperatura mínima de 22°C e máxima de 31°C. Háprevisão de chuva.

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