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Santa Casa vai transferir pacientes de Covid-19 para outros hospitais da Capital

Com deslocamento, o hospital reabrirá CTI com 10 leitos para pacientes não-covid nas próximas 24 horas

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Pacientes que ocupam leitos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com tratamento exclusivo para Covid-19, serão transferidos da Unidade de Trauma da Santa Casa para outros hospitais da Capital. Com a mudança, o Centro de Terapia Intensiva (CTI) com 10 vagas, será novamente disponibilizado para o tratamento de pacientes não-covid.  

A decisão foi tomada em reunião entre Secretarias estadual e municipal de Saúde, e Núcleo Interno de Regulação da Santa Casa (NIIR), para tentar normalizar a lotação do pronto-atendimento do hospital. A medida foi discutida hoje (6) e valerá nas próximas 24 horas.

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“Isso vai desafogar o atendimento aos pacientes críticos que hoje aguardam por um leito de terapia intensiva em UTIs adaptadas no Centro Cirúrgico ou no PS”, explica o hospital em nota.

A partir de hoje, equipes da Secretaria de Estado de Saúde (SES), da Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande (Sesau) e do Núcleo Interno de Regulação, com mediação do Conselho Regional de Medicina, pretendem definir novos critérios para o encaminhamento de pacientes clínicos ao hospital.

O foco principal é para a vaga zero, que só deve ocorrer em casos de risco iminente de morte e não podem ser recusadas. No entanto, a Santa Casa recebeu do dia 30 ao dia 5, 192 solicitações de transferência de pacientes, que equivalem 49% das solicitações totais.  

O Hospital recebe em média 103 pacientes diariamente. Além das transferências e dos pacientes com regulação, são enviados pacientes levados pelo Samu, Corpo de Bombeiros e por demanda espontânea.  

Lotação

A Santa Casa de Campo Grande anunciou nesta terça-feira (5) que iria atender apenas pacientes regulados e com referência exclusiva para o hospital por 24 horas, após atingir 130% de ocupação de leitos.  

A taxa de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) está em 92%, segundo dados do sistema Mais Saúde, do Governo do Estado. Ontem, a taxa chegou a 130% e seis salas cirúrgicas estavam interditadas para abrigar os pacientes que compõem os 30% excedentes das vagas.

De acordo com dados do Hospital, das 16 salas cirúrgicas, três ainda estão interditadas com pacientes que aguardam disponibilidade de leitos na UTI. Os pacientes estão em estado grave, intubados e sedados. Essa ocupação influencia diretamente no fluxo normal de procedimento cirúrgico no setor.

Dos 30 leitos de UTI destinados ao tratamento exclusivo da Covid-19 no hospital, 25 estão ocupados nesta tarde.

No pronto-socorro da Santa Casa, oito pacientes estão em respiração espontânea, seis em ventilação mecânica e um paciente em ventilação manual (ambú).

No centro obstétrico, uma das três salas cirúrgicas está ocupada com pacientes recém-nascidos, que aguardam leitos de UTI Neonatal. Um dos pacientes está em espera há uma semana.

Repasse

Nesta quarta-feira (30), o Ministério da Saúde anúncio por meio da Portaria GM/MS, o pagamento da parcela única no valor de R$ 22.800.000,00 para o enfrentamento da Covid-19.  

A intermediação com o Ministério Público para o repasse foi realizado por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES), em conjunto com a Secretaria Municipal de Finanças e Planejamento (SEFIN/CG) e apoio da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) de Campo Grande e da bancada federal.

A Santa Casa foi contemplada com R$ 11 milhões, do pacote de R$ 27,5 milhões do Governo do Estado, pelo recurso emergencial para municípios e hospitais no combate a Covid-19.

Além de municípios sede das macro e microrregiões de saúde foram beneficiados e cidades que possuem leitos de UTI custeados pelo poder público.

Para regularizar a situação financeira enfrentada pelo hospital, R$ 5,5 milhões foram utilizados, aliviando o aperto do hospital. Pensando em diminuir a fila de esperar ocasionada pela pandemia, cirurgias eletivas serão realizadas.  

ALIMENTOS-DISPERDÍCIO

Mundo joga fora mais de 1 bilhão de refeições por dia, diz ONU

Isso representa aproximadamente quase um quinto de tudo o que é produzido, "uma tragédia global"

27/03/2024 21h00

O desperdício de alimentos produz cinco vezes mais emissões de CO2 que o setor da aviação e requer grandes áreas de terra onde são cultivados alimentos que não são consumidos Crédito: Freepik

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A humanidade desperdiçou por dia o equivalente a um bilhão de refeições em 2022, segundo um estudo divulgado nesta quarta-feira (27) pelo Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente).

Esse cálculo é provisório e a quantidade de alimentos desperdiçados pode ser muito maior, apontam os responsáveis pelo Índice de Desperdício de Alimentos.
Embora ainda existam 800 milhões de pessoas que sofrem com a fome, o mundo desperdiçou mais de um bilhão de toneladas de alimentos em 2022, o equivalente a mais de US$ 1 trilhão (R$ 5,21 trilhões na cotação da época).

Isso representa aproximadamente quase um quinto de tudo o que é produzido, "uma tragédia global", diz o texto.

"Milhões de pessoas passarão fome hoje enquanto os alimentos são desperdiçados em todo o mundo", afirma Inger Andersen, diretora-executiva do Pnuma. E esse não é apenas um fracasso moral, mas também ambiental, destaca ela.

O desperdício de alimentos produz cinco vezes mais emissões de CO2 que o setor da aviação e requer grandes áreas de terra onde são cultivados alimentos que não são consumidos.

O relatório, em conjunto com a organização sem fins lucrativos Wrap, é o segundo sobre desperdício global de alimentos elaborado pela ONU.

À medida que a coleta de dados melhora, a verdadeira magnitude do problema se torna mais clara, diz Clementine O'Connor, também do Pnuma.

"Para mim, é simplesmente assustador", reforça Richard Swannell, do Wrap. "Seria realmente possível alimentar todas as pessoas atualmente famintas no mundo com uma refeição por dia, apenas com a comida que é desperdiçada a cada ano."

Restaurantes, refeitórios e hotéis foram responsáveis por 28% do total de desperdício de alimentos em 2022, enquanto o comércio varejista, como açougues e mercearias, descartou 12%. Os maiores culpados foram os lares, que representaram 60%, cerca de 631 milhões de toneladas.

Muito disso ocorre porque as pessoas simplesmente compram mais alimentos do que precisam, calculam mal o tamanho das porções e não comem sobras, diz Swannell.
Outro problema são as datas de validade. Existem produtos perfeitamente bons que são jogados fora porque as pessoas supõem, incorretamente, que eles estragaram.
O relatório explica também que muitos alimentos, especialmente no mundo em desenvolvimento, se perdem no transporte ou estragam devido à falta de refrigeração.

Ao contrário da crença popular, o desperdício alimentar não é um problema apenas dos países ricos e pode ser observado em todo o mundo.

Os países com climas mais quentes também geram mais resíduos, possivelmente devido ao maior consumo de alimentos frescos.

Efeitos devastadores

As empresas também contribuem para o problema porque é barato descartar produtos não utilizados graças aos aterros. "É mais rápido e fácil descartar atualmente porque a taxação do lixo é zero ou muito baixa", diz O'Connor.
O desperdício de alimentos tem "efeitos devastadores" para as pessoas e o planeta, conclui o relatório.

A conversão de ecossistemas naturais em agricultura é uma das principais causas da perda de habitat, e o desperdício de alimentos ocupa o equivalente a quase 30% da terra destinada ao uso agrícola.

"Se o desperdício de alimentos fosse um país, seria o terceiro maior emissor de gases de efeito estufa do planeta, atrás dos Estados Unidos e da China", ressalta Swannell.

NO BRASIL 

O Índice de Desperdício de Alimentos calcula que, no Brasil, a taxa, na etapa de consumo familiar, esteja em 94 kg per capita ao ano.

Essa estimativa leva em conta somente o consumo doméstico de alimentos no país, com base em um estudo piloto realizado em 2023 em cinco regiões da cidade do Rio de Janeiro, com diferentes perfis socioeconômicos.

"Embora seja um estudo restrito ao Rio de Janeiro, os dados mostram que o desperdício ocorre mesmo em bairros de classe média baixa. Os fatores que levam ao desperdício precisam ser explorados em pesquisas qualitativas. É importante destacar que o montante de 94 kg por pessoa ao ano leva em conta tanto sobras de refeições, tais como arroz e feijão, quanto cascas de frutas e ossos", diz Gustavo Porpino, analista da Embrapa Alimentos e Territórios, que atuou como revisor do índice, em comunicado.

"A metodologia do Pnuma não categoriza o desperdício em evitável e inevitável, porque considera relevante reduzir o descarte de resíduos orgânicos como um todo", explica.

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PAC Saúde

Com investimento de R$ 89,5 milhões, municípios de MS irão receber novas Unidades Básicas de Saúde

Com as novas unidades o Ministério da Saúde estima que mais de 8,6 milhões de pessoas sejam atendidas pela Atenção Primária

27/03/2024 17h30

Marcello Casal Jr / Agência Brasil

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O Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC Saúde) disponibilizou R$ 89,5 milhões para investimento em construção de Unidades Básicas de Saúde (UBS) em 37 municípios de Mato Grosso do Sul.

Entre os municípios estão Campo Grande (R$ 4.945.820,90), Dourados (R$ 4.945.820,90) e Corumbá (R$ 2.276.907,66). Em todo país serão construídas 1,8 mil unidades em mais de 1,5 mil municípios. Com isso, o Ministério da Saúde estima que mais de 8,6 milhões de pessoas sejam atendidas pela Atenção Primária. 

Conforme divulgado pelo Ministério da Saúde, com as novas UBS haverá a necessidade de ampliação no quadro das equipes de Saúde da Família (eSF), se Saúde Bucal (eSB), multiprofissionais  (eMulti) e de Agentes Comunitários de Saúde (ACS).

A pasta informou que o investimento feito é de R$ 4,2 bilhões, sendo que os valores das novas UBS apresentam a variação de R$1,8 e R$6,6 milhões, de acordo com a região e o tamanho da unidade. 

Ainda, de acordo com o Ministério, os dez pedidos entre equipamentos e obras que o Novo Pac Saúde contempla, novas UBS representam o maior número de propostas apresentadas pelos municípios, um total de 5.665 propostas, referentes a 3.001 territórios.

Veja a relação dos municípios

Para a escolha dos municípios a receber as novas UBS foram vulnerabilidades socioeconômica; ausência assistencial na Atenção Primária; locais com baixo índice de cobertura e Estratégia de Saúde da Família.

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