Cidades

RELATÓRIO

Secretário pretende economizar R$ 38 milhões com habilitações de unidades

Gasto com saúde é de R$ 1,2 bilhão em Campo Grande quase igual ao do Estado

EDUARDO PENEDO

27/08/2019 - 15h02
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O secretário municipal de Saúde, José Mauro Pinto de Castro Filho, disse que pretendente economizar R$ 38 milhões anuais com a habilitação e qualificação de unidades de saúde. “Isso vai dar um certo alivio, pois esse dinheiro sai do município e com as habilitações esse recurso sairá do Ministério da Saúde”, explica o secretário durante divulgação do relatório da Secretaria Municipal de Saúde(Sesau) durante a sessão na Câmara de Campo Grande. 

Durante a apresentação do relatório o secretario apresentou os investimentos, projetos e contratações profissionais que foi feito durante sua gestão. Castro filho disse que a maior dificuldade da Sesau neste momento é  o déficit de profissionais, principalmente médicos de determinadas especialidades, o alto índice de judicialização na saúde, falta de habilitação de algumas unidades de saúde, o que impacta no repasse de recursos pelo Ministério da Saúde, e o aumento da folha de pagamento foram alguns dos pontos elencados na apresentação.  

O secretário disse ainda que neste ano foram gastos cerca de R$ 27 milhões só com a Dengue. O gasto foi desde como alvará judicial para entrar em casas fechadas, mutirões nos bairros, ações conjuntas em escolas, trabalhos educativos, caminhadas e borrifarão do veneno.” não foi a maior epidemia, mas foi a mais letal”, diz Castro Filho. 

Ele explica também que hoje a infestação está em 0,6% o que mostra que não estamos mais em período de epidemia em janeiro foi de 2,6%. Mesmo assim, Campo Grande recebe um projeto de pesquisa da Fiocruz para introdução de mosquitos Aedes aegypti com a bactéria wolbachia, que inibe a transmissão da dengue, zika e Chikungunya. O trabalho está sendo feito na região das Moreninhas.  

O secretário mencionou ainda projeto aprovado pela Câmara em relação à carga horária dos médicos, com objetivo de garantir mais consultas com especialistas pouco encontrados nas unidades, a exemplo de dermatopediatra ou reumatologistas. Outra iniciativa é o concurso público da Sesau com 663 mil vagas. “É o maior da história da Sesau de Campo Grande. São 285 vagas de médicos, tivemos 680 inscritos que poderão ser chamados a compor o quadro da Sesau. Esperamos profissionais qualificados para complementar as unidades onde não temos equipes fechadas e, assim, fortalecer a saúde”, disse.   

O chefe da pasta de saúde disse que um dos desafios é o grande número de atendimento, pois Campo Grande tem 880 mil habitantes e tem mais de 1,5 milhão de usuários cadastrados no Cartão SUS. “O orçamento de saúde de Campo Grande é de R$ 1,2 milhão e o do Estado é de R$ 1,4 bilhão o nosso {Campo Grande} é quase todo do Estado”, explica. 

Castro Filho explica ainda que a quantidade de recursos bloqueados por ações judiciais para medicamentos ou tratamentos de saúde também pesam na prestação de contas da Sesau. No ano passado, foram R$ 27 milhões bloqueados, neste ano, de janeiro a julho, foram R$ 19,8 milhões. “Criamos comissão composta médicos, advogados enfermeiros para receber e dar celeridade aos processos”, disse. O problema é que, para reduzir, seria importante ter resolutividade e oferecer remédios e tratamentos na rede, mas não estão disponíveis.  

ABRANGE MS

Aquífero Guarani corre o risco de secar, alerta estudo

Chuvas não estão sendo suficientes para repor volume na maior reserva de água doce subterrânea do mundo

12/10/2024 17h30

Aquífero Guarani abrange partes de sete estados brasileiros e outros três países

Aquífero Guarani abrange partes de sete estados brasileiros e outros três países Reprodução / Jornal Nacional

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O Aquífero Guarani, uma das maiores reservas de água doce do planeta, está secando. É o que aponta um estudo realizado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), que concluiu que as chuvas atuais não são suficientes para repor o volume de água da reserva.

O Aquífero Guarani se estende por uma área total de aproximadamente 1,2 milhão de quilômetros quadrados, abrangendo partes de sete estados brasileiros, incluindo Mato Grosso do Sul, além de partes do Paraguai, Uruguai e Argentina.

A seca histórica no Brasil tem gerado efeitos visíveis, como queimadas e a diminuição dos níveis dos rios, mas o problema se estende também à camada subterrânea de água.

Segundo o estudo, atualmente, o consumo de água do Aquífero Guarani é maior do que sua reposição, com perspectiva de redução do nível de 120 metros em 70 anos em algumas áreas.

De acordo com o professor Didier Gastmans, pesquisador do Centro de Estudos Ambientais da Unesp, a falta de chuvas é o principal fator que impede a recomposição do aquífero.

"Nós não estamos recompondo porque não está chovendo nada, e o que acaba acontecendo é que você acaba usando a água para os mais diversos fins”, explica.

Além disso, o aumento da temperatura global provoca uma evaporação mais rápida da água das chuvas, dificultando ainda mais a infiltração no solo.

"A movimentação é muito lenta. A água se movimenta a uma taxa de centímetros por ano", afirma Gastmans, destacando que as águas têm mais de 100 mil anos e infiltraram-se há milênios.

O Aquífero Guarani é importante para o abastecimento de cerca de 90 milhões de pessoas no Brasil. Durante períodos de seca, ele pode responder por até 90% da descarga das nascentes, sendo o segundo maior uso para irrigação agrícola.

No entanto, a exploração excessiva, aliada a secas prolongadas, ameaçam sua capacidade de manter o fluxo dos rios e nascentes, o que pode agravar crises hídricas.

Diante desse cenário, o professor alerta para a necessidade urgente de um sistema de monitoramento em tempo real que permita uma gestão adequada dos recursos hídricos.

"Precisamos saber quando podemos utilizar água superficial e quando devemos recorrer à água subterrânea, de forma que respeite a capacidade do aquífero e atenda às demandas", conclui.

Aquífero Guarani abrange partes de sete estados brasileiros e outros três países

Aquífero guarani

O Aquífero Guarani está localizado na região centro-leste da América do Sul e ocupa área de 1,2 milhão de km², estendendo-se pelo Brasil (840 mil km²), Paraguai (58,5 mil km²), Uruguai (58,5 mil km²) e Argentina (255 mil km²).

Trata-se de um lago subterrâneo de água doce maior do que a área somada da França, Espanha e Inglaterra.

Da área total, 2/3 estão localizados em território brasileiro, abrangendo estados de Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

A área de afloramento do aquífero mais importante em MS representa cerca de 31.299 km², localizada na região nordeste e parte da sudoeste, abrangendo em quase toda sua extensão a bacia hidrográfica do Alto Taquari.

Entre os municípios mais importantes estão São Gabriel do Oeste, Coxim, Camapuã, Alcinópolis, Pedro Gomes e Sonora. Há outra porção situada a oeste de Campo Grande, que se estende até o Paraguai. 

fatalidade

Helicóptero de resgate cai e deixa mortos em Minas Gerais

O grupo atuava em buscas na região onde caiu um avião monomotor, em Ouro Preto

12/10/2024 17h02

Helicóptero atuava em resgate quando caiu

Helicóptero atuava em resgate quando caiu Foto: Divulgação

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Um helicóptero que transportava uma equipe do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais para realizar uma operação de resgate caiu e ocasionou a morte de todos os seis tripulantes O grupo atuava em buscas na região onde caiu um avião monomotor, em Ouro Preto.

A equipe era composta por quatro bombeiros, um médico e um enfermeiro. Desde o fim da tarde de sexta-feira, 11, o helicóptero estava desaparecido.

A equipe tinha conseguido acessar o local do acidente do monomotor e aguardava melhoria do tempo para retornar. A última informação dada pelo comando da aeronave foi de que não havia visibilidade e segurança para retornar.

"As buscas foram intensas em dificuldade, em um terreno íngreme e acidentado. E também a chuva era muito intensa", disse o porta voz do Corpo de Bombeiros, 1.° Tenente Henrique César Barcellos.

Segundo ele, o comandante do helicóptero tinha ampla experiência em operações de resgate e atuou em Brumadinho, quando uma barragem de rejeitos rompeu e deixou mais de 200 mortos.

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