O secretário municipal de Saúde, José Mauro Pinto de Castro Filho, disse que pretendente economizar R$ 38 milhões anuais com a habilitação e qualificação de unidades de saúde. “Isso vai dar um certo alivio, pois esse dinheiro sai do município e com as habilitações esse recurso sairá do Ministério da Saúde”, explica o secretário durante divulgação do relatório da Secretaria Municipal de Saúde(Sesau) durante a sessão na Câmara de Campo Grande.
Durante a apresentação do relatório o secretario apresentou os investimentos, projetos e contratações profissionais que foi feito durante sua gestão. Castro filho disse que a maior dificuldade da Sesau neste momento é o déficit de profissionais, principalmente médicos de determinadas especialidades, o alto índice de judicialização na saúde, falta de habilitação de algumas unidades de saúde, o que impacta no repasse de recursos pelo Ministério da Saúde, e o aumento da folha de pagamento foram alguns dos pontos elencados na apresentação.
O secretário disse ainda que neste ano foram gastos cerca de R$ 27 milhões só com a Dengue. O gasto foi desde como alvará judicial para entrar em casas fechadas, mutirões nos bairros, ações conjuntas em escolas, trabalhos educativos, caminhadas e borrifarão do veneno.” não foi a maior epidemia, mas foi a mais letal”, diz Castro Filho.
Ele explica também que hoje a infestação está em 0,6% o que mostra que não estamos mais em período de epidemia em janeiro foi de 2,6%. Mesmo assim, Campo Grande recebe um projeto de pesquisa da Fiocruz para introdução de mosquitos Aedes aegypti com a bactéria wolbachia, que inibe a transmissão da dengue, zika e Chikungunya. O trabalho está sendo feito na região das Moreninhas.
O secretário mencionou ainda projeto aprovado pela Câmara em relação à carga horária dos médicos, com objetivo de garantir mais consultas com especialistas pouco encontrados nas unidades, a exemplo de dermatopediatra ou reumatologistas. Outra iniciativa é o concurso público da Sesau com 663 mil vagas. “É o maior da história da Sesau de Campo Grande. São 285 vagas de médicos, tivemos 680 inscritos que poderão ser chamados a compor o quadro da Sesau. Esperamos profissionais qualificados para complementar as unidades onde não temos equipes fechadas e, assim, fortalecer a saúde”, disse.
O chefe da pasta de saúde disse que um dos desafios é o grande número de atendimento, pois Campo Grande tem 880 mil habitantes e tem mais de 1,5 milhão de usuários cadastrados no Cartão SUS. “O orçamento de saúde de Campo Grande é de R$ 1,2 milhão e o do Estado é de R$ 1,4 bilhão o nosso {Campo Grande} é quase todo do Estado”, explica.
Castro Filho explica ainda que a quantidade de recursos bloqueados por ações judiciais para medicamentos ou tratamentos de saúde também pesam na prestação de contas da Sesau. No ano passado, foram R$ 27 milhões bloqueados, neste ano, de janeiro a julho, foram R$ 19,8 milhões. “Criamos comissão composta médicos, advogados enfermeiros para receber e dar celeridade aos processos”, disse. O problema é que, para reduzir, seria importante ter resolutividade e oferecer remédios e tratamentos na rede, mas não estão disponíveis.