do grupo especial do carnaval de São Paulo, no sábado, foi marcada pela grande festa corintiana na apresentação da Gaviões da Fiel, e por desfiles equilibrados de Mocidade Alegre, X9 Paulistana, Império de Casa Verde e Pérola Negra. No desfile mais festejado da noite, a torcida corintiana cantou enredo da Gaviões da Fiel que fez homenagem ao centenário do clube. Em um dos melhores desfiles da noite, a Mocidade Alegre apresentou enredo “Da Criação do Universo ao Sonho Eterno do Criador, Eu Sou Espelho e Me Espelho Em Quem Me Criou!!!”, tratando da imagem do homem na história. A campeã de 2009 se destacou, por exemplo, com a comissão de frente chamada “Luz do Criador”, em cujas fantasias foram instaladas 450 lâmpadas. O desfile da Mocidade também marcou o retorno de Nani Moreira ao posto de rainha da bateria, depois de ficar um ano afastada. Quarta escola a desfilar, a X9 Paulistana, que completa 35 anos de existência, tomou a Revolução dos Cravos em Portugal como inspiração para reverenciar as influências do país europeu sobre a cultura brasileira. Outro bom desfile da noite foi da Império de Casa Verde, que cantou os 400 anos da cidade paulista de Itu. Última escola a desfilar no grupo especial de 2010, a Pérola Negra terminou seu desfile já sob o amanhecer do domingo, com enredo inspirado no cantor e apresentador Rolando Boldrin. Também homenagearam cidades as escolas Águia de Ouro e Tom maior, cantando as histórias de Ribeirão Preto e Brasília, respectivamente. No Rio O desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro do grupo especial estava previsto para começar ontem às 21h, com a União da Ilha, escola que acaba de retornar ao Grupo Especial. Em seguida, Imperatriz Leopoldinense, Unidos da Tijuca, Viradouro, Salgueiro e Beija-Flor passam pelo sambódromo. Hoje desfilam Mocidade Independente, Porto da Pedra, Portela, Grande Rio, Vila Isabel e Mangueira. Olinda Na madrugada de ontem, o Homem da Meia Noite arrastou, segundo dados da Polícia Militar, mais de 250 mil foliões em Olinda. As pessoas se apertam em meio às ruas estreitas da cidade e aguardam a passagem do bloco penduradas em janelas e nos monumentos. E a tradição ultrapassa a brincadeira do reinado de momo e mistura misticismo e religião. De acordo com o presidente do clube do Homem da Meia Noite, Luiz Adolfo Alves de Silva, o personagem nasceu no dia 2 de fevereiro de 1932, de uma dissidência da troça Cariri de Olinda, que abria, até então, o carnaval na cidade no começo da manhã de domingo. “O Homem da Meia Noite nasceu dessa dissidência, como uma questão mística de ter nascido no dia de Iemanjá e é considerado uma figura mística do candomblé. Por isso ele não é um boneco, e sim um calunga”, disse.