Suspensa desde a noite de terça-feira (8), a coleta de lixo em Campo grande já é motivo da dor de cabeça de muitos moradores. Além dos bairros, a falta do serviço no centro da Capital preocupa, e muito, empresários e consumidores.
Na Rua 14 de Julho, a principal do comércio da cidade, os sacos de lixo estão amontoados em frente de todas as lojas e até caminhar pelas calçadas virou tarefa difícil de ser realizada.
O empresário Rafael Souza, de 32 anos, tem um restaurante na 14 de Julho e disse que os funcionários estão tendo de reembalar o lixo, tendo em vista que animais rasgaram as sacolas durante as duas noites sem coleta.
“Acredito que amanhã o pessoal já começa a reclamar do lixo. Por enquanto não tem cheiro”, disse.
Uma funcionária do restaurante afirmou que um cliente já reclamou do acúmulo de lixo em frente ao estabelecimento.
Outro comerciante que está preocupado é o farmacêutico Renan Ugulini, de 29 anos. Ele afirma que o problema maior é a contaminação de funcionários e consumidores por conta do lixo.
“Ainda pode chover e a água levar essa contaminação para longe. Sem contar o cheiro, que daqui a pouco já vai começar”, relatou.
A preocupação também está por conta de idosos e crianças, que podem tropeçar nos sacos, muitos com materiais cortantes.
A costureira Maria Aparecida de Lima, de 35 anos, quase se envolveu em acidente com o lixo. Ela conta que saiu do bairro Nova Lima para pagar contas no Centro e quase caiu. “O maior risco é cair na rua, tropeçar no lixo”, conta a moradora.
PARALISAÇÃO
Uma nova assembleia de trabalhadores foi realizada na manhã desta quinta-feira em uma das sedes da Solurb, no entanto, nenhum acordo foi firmado. Por um lado, a prefeitura diz que não há parcelas em atraso, por outro, a concessionária afirma que repasses em mais de R$ 20 milhões estão em aberto.