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Sem movimento, rodoviária volta a funcionar com restrições

Já no primeiro dia, equipes da Semadur e Vigilância Sanitária fiscalizaram o terminal

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Depois de ficar 32 dias sem viagens por conta da disseminação do novo coronavírus em Mato Grosso do Sul, o terminal rodoviário de Campo Grande Senador Antônio Mendes Canale voltou ao funcionamento neste sábado com 70% da capacidade e apenas para viagens intermunicipais. Como esperado por conta do isolamento social, a retomada das atividades hoje teve pouco movimento e alguns ônibus seguiram (viagem) praticamente vazios. 

Fiscais da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (Semadur) e Vigilância Sanitária estiveram no local para verificar se as normas contidas no plano de biossegurança como as marcações no chão, a limpeza do local, o fluxo e embarque de pessoas está sendo feito de maneira correta. 

Segundo o secretário da Semadur, Luis Eduardo Costa, a fiscalização serve para ajudar o funcionamento uma vez que o objetivo principal da prefeitura é diminuir ao máximo o fluxo de pessoas. Acontece as pessoas estão usando a forma clandestina para embarque e desembarque interestadual, mas se tivesse, aumentaria muito o fluxo dessas pessoas, e estamos tentando diminuir a quantidade de pessoas nos municípios apenas para viagens necessárias”, disse. 

Acosta também explicou que as empresas também apresentaram plano de segurança na prefeitura e serão fiscalizadas. “Se houver denúncia a fiscalização vai vir e tomar as devidas providências, não terá agentes fixos para ficar aqui, não tem nem como, porque temos outras situações na cidade de fiscalização e isso aqui é uma forma de viver com a pandemia, todos vão ter que aprender a viver nesse formato por um período”, explicou. 

De acordo com a chefe de serviços de fiscalização municipal Renata Rodrigues o terminal rodoviário ainda passa por fase de adaptação, mas que os próximos dias também serão fiscalizados. Se houver irregularidades, após processo administrativo o local poderá ser multado em até R$ 15 mil reais. 

Percorrendo os corredores quase vazios, a reportagem do Correio do Estado, conversou com uma das poucas passageiras que chegaram à rodoviária. 

A aposentada Hirene da Silva, de 65 anos, saiu de Rondônia onde estava desde dezembro na casa da irmã estava esperando abrir uma das empresas para comprar uma passagem rumo a Três Lagoas, sua cidade natal. “Estava na casa da minha irmã quando começou a pandemia e consegui voltar só agora, eu ouvi dizer que tinha várias mortes na minha cidade, estou com um pouco de medo de voltar”, contou.  

A retomada das viagens é uma luz no fim do túnel para as empresas de transporte rodoviário. Encarregado da agência Cruzeiro do Sul, contou que, com a retomada das viagens a expectativa agora é que a compra de passagens aumente nos próximos meses já que a empresa trabalha apenas com passagens intermunicipais. “A expectativa é que melhore o movimento, ficamos mais de 30 dias sem vender passagens e ficamos parados, estamos retomando aos poucos, teve ônibus que viajou com apenas dois passageiros”, disse. 

RESTRIÇÕES
A principal mudança é que os ônibus só poderão circular em viagens intermunicipais e com 50% da capacidade. As empresas devem respeitar o distanciamento dentro dos ônibus, pulando fileira de poltrona e permitindo apenas que parentes fiquem próximos.

Geralmente os carros possuem entre 43 e 46 lugares, mas só poderão seguir viagem com 23 poltronas ocupadas, seguindo recomendação do plano de biossegurança.

Os passageiros deverão estar usando máscaras e antes da viagem passarão por uma triagem, com aferição de temperatura e entrevista.

Fronteira

Azul anuncia voos diretos para Assunção, no Paraguai, a partir de dezembro

Atualmente, a capital paraguaia tem entre dois e três voos diários para o Brasil, todos eles operados pela Gol e pela Latam

15/04/2024 21h00

Alto volume da dívida da Azul com os arrendadores de aviões decorre de uma negociação feita no início da pandemia Arquivo/ Correio do Estado

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A Azul Linhas Aéreas anunciou, na tarde desta segunda-feira (15), que começara a operar voos para Assunção, no Paraguai, a partir de quatro cidades brasileiras: Campinas (Viracopos), Curitiba, Florianópolis e Recife.

O início da operação está marcado para dezembro, com aeronaves Embraer E-2, com capacidade para 136 passageiros, ou Airbus A320, para 174 passageiros.

Atualmente, a capital paraguaia tem entre dois e três voos diários para o Brasil, todos eles operados pela Gol e pela Latam a partir no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.

A Azul ainda não divulgou os horários e a frequência dos voos. A companhia informou, apenas, que os voos que partem de Viracopos e Curitiba serão regulares, enquanto os de Florianópolis e Recife serão sazonais -operados apenas durante a alta temporada de verão.

"Esta nova rota surgiu a partir de uma provocação da Embratur, que nos cantou a bola de que a conexão com o país poderia ser melhor estudada e desenvolvida", disse Vitor Silva, gerente de planejamento e estratégia da Azul, durante o anúncio da nova rota, em um evento de turismo em São Paulo.

Também presente no anúncio, o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, ressaltou que a importância do Paraguai também como origem de turistas. Segundo ele, em 2023 houve um aumento de 19% no fluxo de paraguaios para o Brasil, que se tornou o quarto maior emissor de turistas para o Brasil. "Esse fluxo, entretanto, acontece principalmente por via terreste", disse.

Assunção será o oitavo destino internacional na malha da Azul, que também voa para Orlando e Miami, nos EUA; Punta del Este e Montevideo, no Uruguai; Paris, na França; Lisboa, em Portugal e Curaçao, no Caribe. A companhia ainda não divulgou

PETROBRAS

Tribunal derruba liminar que suspendeu conselheiro da Petrobras

O mérito da ação será analisado ainda pela Quarta Turma -órgão de segunda instância- do tribunal

15/04/2024 20h00

A AGU (Advocacia-Geral da União) já recorreu também da decisão que afastou Mendes da Petrobras.. Divulgação

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O juiz federal do TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) Marcelo Saraiva derrubou nesta segunda-feira (15) uma liminar -decisão provisória- que suspendia o mandato do ex-ministro Sergio Machado Rezende no conselho de administração da Petrobras.

O presidente do colegiado, Pietro Mendes, continua suspenso. Rezende fora afastado do conselho na semana passada, em liminar de primeira instância concedida a pedido do deputado estadual de São Paulo Leonardo Siqueira (Novo), sob o argumento de que sua nomeação fere o estatuto da estatal.

O mérito da ação será analisado ainda pela Quarta Turma -órgão de segunda instância- do tribunal, com sede em São Paulo.

Siqueira é também o autor da liminar que suspendeu o mandato de Mendes, por suposto conflito de interesses entre seu papel no conselho da estatal e sua atividade como secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do MME (Ministério de Minas e Energia).

A AGU (Advocacia-Geral da União) já recorreu também da decisão que afastou Mendes.

Petrobras e governo esperam que a suspensão do mandato também seja revertida neste caso.
A indicação de Rezende é questionada pelo descumprimento de quarentena exigida para a nomeação e ex-dirigentes sindicais ao conselho das estatais.

A Petrobras argumenta que uma liminar do ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski eliminou essa restrição.

A estatal chegou a alterar seu estatuto usando como justificativa a liminar, em uma decisão que gerou críticas de investidores privados e especialistas em governança.

Na época, a empresa defendeu que seguirá a lei, caso a liminar de Lewandowski seja derrubada.

"Nesse momento processual, entendo que não houve descumprimento do Estatuto Social da Petrobras no tocante ao requisito da quarentena, isso porque, no momento da posse prevalecia o entendimento da Suprema Corte", escreveu Saraiva.

Assim, diz ele, a manutenção do afastamento do mandato gera "perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo" e pode acarretar "vultoso impacto financeiro" na vida de Rezende, que também teve o salário de conselheiro suspenso.

Ex-dirigente do PSB, Rezende foi ministro da Educação e de Ciência e Tecnologia nos primeiros mandatos do presidente Lula. Foi excluído da lista do governo para a renovação do conselho na próxima assembleia, dando lugar ao secretário-executivo-adjunto do Ministério da Fazenda, Rafael Dubeux.

Mendes, por sua vez, deve ser reconduzido como presidente do conselho, segundo a lista apresentada pelo governo à estatal.

Aliado próximo do ministro Alexandre Silveira, ele chegou ao MME ainda no governo Bolsonaro -primeiro, como diretor do Departamento de Biocombustíveis, em 2020.

Foi promovido a secretário-adjunto em 2022 e levado ao colegiado que define a estratégia da estatal pelas mãos de Silveira em 2023. Tem tido embates com o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, que passou as últimas semanas sob fritura.

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