Empresários e trabalhadores do setor de eventos protestaram em frente a Prefeitura de Campo Grande, reivindicando que o setor seja autorizado a trabalhar com até 40% da capacidade e até meia-noite.
Decreto publicado na sexta-feira (4), com validade a partir de hoje, proíbe festas, eventos e reuniões de qualquer natureza que gerem aglomeração de pessoas. A medida foi tomada devido ao aumento dos casos de Covid-19.
De acordo com o empresário Thiago Batistote, 32 anos, proprietário de três salões de festa, disse ao Correio do Estado que o setor de eventos tem sofrido desde o início da pandemia, por ser um dos primeiros a fechar e último a retornar as atividades.
“Eles comparam muito a gente com festa clandestina, mas a gente dentro do buffett está usando toda a biossegurança necessária, fizemos todos os projetos de biossegurança, estamos com equipes preparadas”, disse.
Conforme o empresário, após o protesto de um grupo de cerca de 60 pessoas, o prefeito Marcos Trad chamou representantes de cada segmento para reunião.
No entanto, o prefeito já sinalizou para a classe que irá liberar o trabalho seguindo as regras de até 40% da capacidade máxima do espaço, com medidas de biossegurança.
“A gente quer aumentar para 50% e tentar alterar o horário para até meia-noite e mostrar que não somos festas clandestinas, que estão acontecendo e a gente vai ficar pagando o preço”, disse.
Edna da Silva Ribeiro, 58 anos, é proprietária de uma empresa de decorações de festas e também participou da manifestação.
“Com o fechamento que ele quer fazer para nós, a gente vai ficar sem trabalho. Com o primeiro fechamento atrasou contas, tivemos que dispensar ajudantes, foi muito difícil e se fechar de novo vai piorar mais ainda”, disse.
O prefeito está reunido com representantes de djs, bares, restaurantes, buffets, músicos e Ministério Público Estadual para tentar chegar a uma definição sobre o funcionamento destes tipos de estabelecimentos.