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ELEIÇÕES

Sob Macron, França deve renovar Assembleia

Segundo as previsões de voto, a Casa será mais feminina, jovem e civil

FOLHAPRESS

18/06/2017 - 09h01
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A Assembleia Nacional que deverá ser eleita no segundo turno das eleições legislativas francesas, realizadas neste domingo (18), não se parecerá em nada com a anterior.

Segundo as previsões de voto, a Casa, que corresponde à Câmara dos Deputados brasileira, será mais feminina, jovem e civil.

Com isso, o presidente francês, Emmanuel Macron, terá dado um importante passo rumo a uma de suas promessas de campanha: a renovação da política, em um país desgostoso com seus atuais representantes.

Dos candidatos apresentados por seu movimento, o República em Frente!, metade era de mulheres e metade de pessoas que nunca ocuparam antes cargo público.

A Assembleia Nacional atual, eleita em 2012, tem 155 mulheres, que correspondem a 26% do total dos 577 deputados –o que já era em si um recorde. Neste ano, 248 mulheres lideram o segundo turno, 197 delas representando o movimento de Macron.

Somando-se a isso, dos 515 candidatos da República em Frente! classificados ao segundo turno, mais da metade jamais foi eleita a cargos públicos, segundo levantamento do jornal "Le Monde".

NOVO PERFIL

Catherine Fabre, 38, representa essa renovação feminina e vinda da sociedade civil. Ela lidera a disputa no centro de Bordeaux, no oeste francês, uma circunscrição conhecida por eleger pesos pesados da política nacional.

Bordeaux é, por exemplo, a fortaleza do conservador Alain Juppé, que foi premiê e é hoje prefeito da cidade de 240 mil habitantes –a sua área metropolitana, com 1,1 milhão de moradores, é a quinta maior do país.

"Temos muitos problemas na França, mas os partidos tradicionais disputam entre si sem levar em conta o interesse público", diz Fabre à reportagem. Professora, ela nunca se envolvera com a política.

"Quando conheci o República em Frente!, pela primeira vez na vida concordei com uma ideologia", conta.

Ela entrou para o movimento querendo ajudar. Aos poucos, formou uma das equipes de militantes mais importantes da agremiação. "Éramos poucas pessoas, e foi emocionante", afirma.

Caso eleita, Fabre pretende ocupar seu assento por um ou dois mandatos no máximo. Ela diz identificar um cansaço da população em relação aos políticos que fazem carreira, longamente sentados na Assembleia.

"Um dos problemas da política francesa é que a prioridade dos deputados é se reeleger, e não representar o cidadão", diz. Descontentes, os eleitores têm migrado para partidos no extremo político, como a ultranacionalista de direita Frente Nacional. Sua líder, Marine Le Pen, chegou ao segundo turno das eleições presidenciais.

Não será, no entanto, uma experiência fácil para candidatos como Fabre, nunca antes eleitos à Assembleia.

"Há armadilhas em todos os lugares e pessoas ruins que não querem que tenhamos sucesso", diz. "Vai ser difícil lidar com o revanchismo dos outros partidos."

As siglas tradicionais devem ser derrotadas no domingo. As projeções indicam que o República em Frente! terá de 415 a 455 cadeiras, enquanto os Republicanos terão de 70 a 110, e os socialistas terão de 20 a 30.

RISCOS

A inexperiência dos candidatos de Macron é sua vantagem neste pleito, mas pode também ser sua desvantagem enquanto governar, diz Gilles Ivaldi, do Centro Nacional de Pesquisa Científica.

"Os eleitores de fato querem renovar a política, mas as funções da Assembleia são bastante complexas", afirma. "Os deputados precisam votar em legislações."

Será difícil, também, manejar uma maioria tão grande e tão heterogênea. "Especialmente nos momentos difíceis do governo, Macron vai precisar de deputados experientes, que trabalhem bem sob pressão", afirma Ivaldi.

Não há uma solução fácil para o dilema, diz. Mas o governo deve, como primeiro gesto, garantir que políticos experientes sejam nomeados aos cargos-chave, como o de presidente da Assembleia.

Com isso, tentará mitigar o risco que seus próprios militantes identificam. Se frustrar os eleitores, Macron pode abrir espaço para movimentos populistas nas eleições de 2022, como a Frente Nacional –que, entre outras propostas, defende retirar a França da União Europeia.

"Temos consciência da nossa responsabilidade", afirma a candidata Fabre. "Somos obrigados a ter sucesso. Caso contrário, toda a esperança vai virar desespero."

Confusão

Justiça concede medida protetiva contra policial federal que agrediu criança em condomínio

Agressão ocorreu após briga entre criança e filho do servidor público em partida de futebol

07/02/2025 17h20

Momento em que o policial agride o garoto e uma funcionária da família

Momento em que o policial agride o garoto e uma funcionária da família Foto: Reprodução

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Um mês após a justiça conceder uma medida protetiva contra o policial federal que agrediu uma criança de 12 anos em um condomínio localizado no Jardim São Lourenço, o pai do garoto agredido, policial rodoviário federal, foi à Delegacia de Proteção à Criança e o Adolescente (DPCA) nesta quarta-feira (5), desta vez contra a esposa do agressor, que segundo o boletim de ocorrência, estaria difamando ele e seu filho entre os moradores do condomínio em que vivem. 

Iniciada no dia 10 de janeiro deste ano, a discussão começou após uma briga em uma partida de futebol entre a criança agredida e o filho do policial federal, de 11 anos, que vive no mesmo condomínio. 

Momento em que o policial agride o garoto e uma funcionária da família

Nas imagens cedidas ao Correio do Estado, é possível identificar que os garotos se desentendem durante a partida de futebol, contudo, a confusão foi levada até o policial federal, que saiu de sua casa e, segundo o boletim de ocorrência, apertou o braço esquerdo do menor, que estava acompanhado de uma funcionária da família, que assistia a partida entre os jovens.

Momento em que o policial agride o garoto e uma funcionária da família

Ao ver o policial puxar o braço do garoto, a mulher pede para que ele pare com a agressão, entretanto, é possível identificar que o agressor também puxa o braço da mulher, que reclamou do fato. Conforme apurado pela reportagem, tanto a mãe, quanto o pai do garoto agredido não estavam em casa durante o ocorrido. Seguranças do local acalmaram o caso. 

Momento em que o policial agride o garoto e uma funcionária da família

Medida protetiva 

Cabe destacar que a medida protetiva contra o policial federal foi concedida um dia após a agressão, pelo juiz Marcelo Ivo de Oliveira.

Em sua justificativa, o juiz determinou que o policial federal fosse afastado de qualquer convívio com a criança, além de estar proibido de se aproximar do garoto, familiares e testemunhas, por qualquer meio de comunicação, por pelo menos 100 metros de distância.

Novo pedido

Mesmo com o cumprimento da medida por parte do policial federal, o pai do garoto agredido esteve na DPCA, e alegou que a esposa do funcionário público tem pedido para que as demais crianças parem de brincar com seu filho.

Na ocasião, segundo a ocorrência, ela teria dito que o seu filho é quem teria sido agredido e pediu para que a criança saísse “da influência desses marginais", diz o boletim de ocorrência. Segundo contou o pai do garoto agredido, ela teria dito que ele é usuário de drogas e o chamado de “maconheiro”, ocorrência atendida pelo delegado Pablo Gabriel da Silva. O caso segue em segredo de justiça. 

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Cidades

Irmãos que cometiam estupros em série são presos em Campo Grande

Um dos acusados já havia sido preso no ano passado, enquanto o outro foi capturado nesta sexta-feira

07/02/2025 17h00

Homem estava foragido e foi preso por equipes da Deam por série de estupros em Campo Grande

Homem estava foragido e foi preso por equipes da Deam por série de estupros em Campo Grande Foto: Divulgação

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A Polícia Civil prendeu, na noite dessa quinta-feira (7), Osnil Pereira Ramos, de 47 anos, suspeito de cometer uma série de estupros em Campo Grande. O irmão dele, Alessando dos Santos Ramos, 34, já está detido desde o ano passado, acusado dos mesmos crimes, cometidos em 2024.

Contra Osnil havia um mandado de prisão em aberto, que foi cumprido hoje por policiais da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam).

De acordo com a Polícia Civil, em outubro do ano passado foi deflagrada operação para prender os dos dois irmãos apontados como suspeitos dos crimes sexuais, mas no dia 30 de outubro, apenas um deles foi preso, enquanto o outro foi considerado foragido.

Através de investigações, a Deam localizou Osnil em uma região de mata no bairro Nova Bahia.

Após ser ouvido em termo de interrogatório na delegacia, ele foi encaminhado ao Instituto de Medicina e Odontologia Legal (Imol) para coleta de material genético para confronto com o material coletado em uma das vítimas no dia do crime.

Além das atitudes criminosas de Osnil Pereira e Alessandro dos Santos Ramos, um irmão mais velho dos dois também está preso por estupro. 

Os casos

Segundo informaram as delegadas Elaine Cristina Ishiki Benicasa e Analu Lacerda Ferraz, da Deam, em outubro passado, os crimes eram cometidas nas mais diversas regiões de Campo Grande, com relato de uma vítima também no estacionamento da loja Havan, na Avenida Ernesto Geisel. 

Pelo menos seis mulheres foram vítimas dos irmãos e fizeram o reconhecimento dos suspeitos.

A polícia afirmou que as principais vítimas eram mulheres idosas ou moradoras de rua, devido à vulnerabilidade dessas pessoas.

Com relação as mulheres que não viviam em situação de rua, o "modus operandi" dos suspeitos consistia em sondas a casa das vítimas, passando constantemente pelo local para levantar informações sobre quando as pessoas estariam em casa e se havia mais alguém no local.

Ao adentrar na residência, era usado de violência, tanto na abordagem quanto no crime sexual. Geralmente, o suspeito pegava uma faca, anunciava o roubo e cometia o estupro, fugindo em seguida.

A Polícia ressalta que o número de vítimas pode ser maior, pois os crimes sexuais são sub notificados, muitas vezes por falta de coragem ou mesmo excesso de vergonha em ir à delegacia em busca de ajuda.

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