Cidades

HÁBITOS

Sul-mato-grossenses trocam a comida caseira por restaurantes

Pesquisa aponta que em dez anos população que come fora de casa foi de 25,9% para 42,5%

Continue lendo...

Os velhos hábitos de alimentação do sul-mato-grossense tem mudado. No período de dez anos, os tradicionais churrascos fartos de fins de semana foram trocados pelas filas em praças de alimentação dos shoppings e por restaurantes espalhados pelo Estado. É o que afirma a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF)  divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em uma década, desde 2008-2009 a 2017-2018, a despesa com alimentação no domicílio vem perdendo lugar para a alimentação fora do domicílio. Conforme o levantamento, que levou em conta 909.062 famílias de Mato Grosso do Sul, no período de 2008 a 2009, 74,1% dos gastos com alimentação correspondiam a alimentação no domicílio, e 25,9%, a alimentação fora do domicílio.

 Já os resultados do novo levantamento realizado entre 2017 e 2018, a participação das despesas com alimentação no domicílio caiu para 57,5%, enquanto os gastos com a alimentação fora do domicílio aumentou para 42,5%, detalha o documento divulgado nesta sexta-feira (4).

No supermercado, a maior despesa da população do Estado é com as carnes, vísceras e pescados, que correspondem a 14,2% da alimentação, enquanto os cereais e leguminosas, representam 6,3% das despesas.. Há dez anos, as proteínas animais correspondiam a 18% dos hábitos de compras. 

As famílias de Mato Grosso do Sul gastaram em média R$ 4.903,67 por mês entre 2017 e 2018. As maiores despesas dos sul-mato-grossenses foram com habitação (26%), alimentação (16,4%) e transporte (15,8%). De acordo com a pesquisa, o gasto médio com moradia é a maior despesa das famílias sul-mato-grossenses, e mensalmente foram investidos R$ 1.272,97. A despesa com a alimentação foi de R$  806,48 entre 2017 e 2018. Já o gasto médio com transporte  foi de R$ 777,03.

Na comparação por classe social, as famílias com rendimento de até dois salários mínimos (R$ 1.908,00), tiveram gasto médio de R$ 1.729,77. E dedicaram 57,80% do total com moradia e alimentação. Foram R$ 669,01 investidos em habitação, R$ 329,99 com alimentação e R$ 131,14 com transporte.

MUDANÇAS

A opção por comer fora é replicada por todo o País. Do total das despesas das famílias brasileiras com alimentação, quase um terço (32,8%) é dedicado à refeições fora do domicílio. Na comparação com os dados da pesquisa anterior, realizada entre 2008 e 2009, chama atenção o aumento da alimentação fora do domicílio da área rural, que pulou de 13,1% para 24%, ao passo que na área urbana ficou estável, por volta de 33%.

“É possível que haja uma mudança na área rural, como mais pessoas trabalhando fora ou mais mulheres no mercado de trabalho, por exemplo”, comentou o gerente da pesquisa, André Martins. “Com mais acesso ao mercado de trabalho, sobra menos tempo para o consumo no domicílio e a preparação dos alimentos”, informou.

Para a alimentação no domicílio, a distribuição dos alimentos adquiridos pode ilustrar essas mudanças de hábitos. As despesas com cereais, leguminosas e oleaginosas, produtos associados ao preparo da comida em casa, vêm caindo ao longo do tempo, passando de 10,4%, em 2003, para 5% nesta última pesquisa. O grupo de óleos e gorduras, que em 2003 contribuía para 3,4% das despesas com alimentação, agora chegou a 1,7%.

A participação de alimentos preparados e bebidas ou infusões tem crescido ao longo das pesquisas. “Este é um fator importante sobre a condição de nutrição das famílias, pois são produtos muito associados a consumo de açúcares, gordura e sódio”, explicou André.

A alimentação fora do domicílio também é um fator de preocupação para a nutrição dos brasileiros. “Os nutricionistas veem com cautela essa questão, já que há mais chances de se consumirem alimentos de baixa qualidade nutricional, como lanches e fast food”, afirmou o gerente da POF.

Investigação

Cantor esfaqueado em Campo Grande é operado e não corre risco de vida

Begèt de Lucena, de 36 anos, foi esfaqueado no tórax e nas costas na madrugada de hoje (1º) por três homens na região central, próximo à Feira Central. O caso segue em investigação pela Polícia Civil.

11/10/2024 17h02

Tendo faixa até mesmo junto do ícone Ney Matogrosso, Begèt há tempos marca os calendários culturais locais, sendo atração de caraterísticos festivais

Tendo faixa até mesmo junto do ícone Ney Matogrosso, Begèt há tempos marca os calendários culturais locais, sendo atração de caraterísticos festivais Reprodução/Marithê do Céu

Continue Lendo...

O cantor Begèt de Lucena, de 36 anos, que foi esfaqueado na madrugada desta sexta-feira (11) em Campo Grande, passou por cirurgia e não corre mais risco de vida.

A informação é da produtora do artista, que relatou ao Correio do Estado que o cantor passou por procedimentos cirúrgicos na manhã de hoje e não corre mais risco de morte.

De acordo com a nota publicada no Instagram do artista, antes do processo cirúrgico, foi necessária uma estabilização do cantor, que estava em estado grave e com sinais de hemorragia devido às facadas na região do tórax e nas costas.

Apesar do alívio, familiares de Begèt de Lucena seguem no hospital, acompanhando de perto o quadro clínico do artista.

O caso 

Conforme informações da Polícia Civil, o cantor estava com amigos em um estabelecimento nas ruas 14 de Julho e General Mello, próximo à Feira Central, quando, em determinado momento, acabou se distanciando dos amigos.

Depois de um certo tempo, testemunhas se depararam com o cantor sendo esfaqueado por três homens. Ao verem as mulheres, os homens partiram para cima delas, mas, ao gritar por socorro, as suspeitas correram e fugiram do local.

Desesperadas, as mulheres socorreram Begèt de Lucena e o encaminharam até a Santa Casa de Campo Grande.

A Polícia Militar foi acionada para ir até o local, mas o estabelecimento estava fechado e não havia vestígios de pessoas na região.


O caso segue em investigação pela Polícia Civil de Campo Grande. 

 

Assine o Correio do Estado

 

JOGOS DE AZAR

Ministério da Fazenda pede bloqueio de dois sites de apostas do Mato Grosso do Sul

Lista divulgada nesta sexta-feira (11) possui 2 mil bets ilegais no Brasil que não passarão por processo de regularização

11/10/2024 16h15

As bets que atuam em Mato Grosso do Sul, e estão na lista de bloqueio, já patrocinaram clubes de futebol profissional e campeonatos amadores locais

As bets que atuam em Mato Grosso do Sul, e estão na lista de bloqueio, já patrocinaram clubes de futebol profissional e campeonatos amadores locais Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

Continue Lendo...

Fora da lista autorizada pela Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda (SPA-MF), duas bets do Mato Grosso do Sul constam na lista nacional de bloqueios encaminhada nesta sexata-feira (11) para a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). 

Conforme a reportagem do Correio do Estado identificou, dos quatro sites de apostas esportivas atuantes em Mato Grosso do Sul: Gol da Sorte, MS Bet Sports, CCA Esportes Net e Sport Game MS, nenhum deles aparecem na lista do Sistema de Gestão de Apostas (Sigap), do Ministério da Fazenda, que possui mais de 185 empresas cadastradas e autorizadas para continuarem atuando no ramo de apostas esportivas no país.

Dentre estes sites, a MS Bet Sports e a CCA Esportes Net costam na lista de bets que serão bloqueadas pela Anatel, que já comunicou às empresas de telefonia para retirar do ar os domínios considerados irregulares pelo Governo Federal.

O site CCA Esportes Net, que têm localidade no município de Ponta Porã, chegou a patrocinar o Esporte Clube Comercial durante o Campeonato Sul-Mato-Grossense de futebol em 2023.

Já a MS BET Sports chegou a ser patrocinadora em Campo Grande de campeonatos de futebol amador no Jardim Campo Nobre, detendo o naming rights das competições.

Estes sites poderiam ser autorizados a atuar já que o Ministério da Fazenda possibilitou que estados enviassem uma lista de bets regularizadas em cada unidade da federação, porém o Governo do Mato Grosso do Sul não enviou lista que autorizasse nenhuma bet local.

Nesta sexta-feira (11/10), os sites de apostas que não constam na lista autorizada pela SPA-MF começam a ser bloqueados em âmbito nacional, ou seja, somente os sites que estão na lista positiva do Ministério da Fazenda terão permissão para operar nacionalmente no Brasil, até dezembro.

Até a noite desta quinta-feira (10/10), 96 empresas com respectivamente 210 bets estão aptas a permanecer no ar até o fim deste ano. 

De acordo com o Minstério da Fazenda, para que fosse identificado essas plataformas, a SPA realizou um extenso monitoramento de sites e redes sociais, conseguindo localizar, inicialmente, 2.040 domínios suspeitos, enviados à Anatel para o bloqueio de acesso em todo o Brasil.

Até dezembro, a Fazenda deve concluir o processo de análise definitiva dos primeiros pedidos recebidos, para verificar quais empresas de apostas cumprem todas as determinações da Lei nº 13.756/2018 (que legaliza a aposta de quota fixa, na modalidade de aposta esportiva), e da Lei nº 14.790/2023 (que regulamenta a exploração da aposta de quota fixa e inclui os jogos on-line nessa categoria), além das mais de dez portarias da SPA que regulamentam a atividade.

Elas precisarão cumprir, de forma permanente, todas as regras para combate à fraude, à lavagem de dinheiro e à publicidade abusiva, entre outras.

LEI

A lei que regulamenta as casas de apostas esportivas no país foi sancionada, com vetos, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em dezembro do ano passado.

Uma das diretrizes para que uma bet possa funcionar no Brasil é ela ter sede e administração no país e pagar R$30 milhões pela licença de operação.

Além disso, de acordo com a lei, menores de 18 anos não podem apostar.

(Colaborou: Ketlen Gomes)

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).