Cidades

CONDENAÇÃO

TCU multa ex-superintendentes do Incra por fraude na reforma agrária

Tribunal ainda proibiu condenados de exercerem cargos em comissão ou de confiança no serviço público federal

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O Tribunal de Contas da União (TCU) condenou cinco ex-servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em Mato Grosso do Sul, ao pagamento de R$ 135 mil por fraudes na reforma agrária. Os condenados também estão impedidos de exercer cargos em comissão ou de confiança no âmbito da administração pública federal pelo período mínimo de cinco anos. Os ex-servidores foram indiciados na Operação Tellus, desencadeada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal em 2010. 

Conforme publicação no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira (2), os autos do processo são referentes à auditoria realizada na Superintendência Regional do Incra no Estado, com o objetivo de avaliar a conformidade dos procedimentos realizados na seleção e manutenção de beneficiários do Programa Nacional de Reforma Agrária (PNRA), em assentamentos implantados a partir de 2008.

Estão entre os condenados os ex-servidores Manuel Furtado Neves e Waldir Cipriano Nascimento, que ocuparam o cargo de superintendente do Incra em 2010 e terão de pagar multa no valor de R$ 40 mil. Celso Cestari Pinheiro, superintendente em 2011, e Antonio Claret de Oliveira Junior, perito federal agrário, foram condenados a pagar R$ 20 mil. Além de Nelson José Pauletto, funcionário de carreira do Incra e ex-chefe da Divisão de Obtenção de Terras do órgão no Estado, cujo valor da multa é de R$ 15 mil.

OPERAÇÃO

Em 2010, o Ministério Público Federal em Dourados (MS) e a Polícia Federal de Naviraí deflagraram a Operação Tellus, que desmantelou esquema criminoso que atuava nos projetos de reforma agrária na região sul do Estado. As irregularidades somaram prejuízo de, pelo menos, R$ 62 milhões aos cofres públicos. 

A investigação comprovou que o Incra, sem qualquer justificativa, deixou de realizar a seleção dos candidatos ao programa de reforma agrária de acordo com as exigências normativas. Os lotes foram distribuídos de acordo com os interesses dos líderes dos acampamentos e movimentos sociais, favorecendo parentes e amigos.

Na época, o pagamento dos créditos aos assentados e todos os processos de obtenção de imóveis rurais para a reforma agrária no Estado ficaram suspensos temporariamente.

Ficou comprovada a participação ativa de funcionários do Incra, dirigentes sindicais e líderes de assentamentos na venda e regularização de lotes ocupados ilegalmente, por meio da emissão de documentos falsos. Também foi descoberto o desvio dos créditos concedidos aos assentados, que eram direcionados para empresas específicas, que também faziam parte do esquema.

CONDENAÇÃO

Em setembro do ano passado, a Justiça Federal acatou pedido do Ministério Público Federal (MPF) em Dourados (MS) e condenou cinco pessoas por atos de improbidade administrativa referentes ao caso. Entre elas, quatro servidores públicos do Incra. Os réus foram condenados a pagar multa civil de R$ 10 mil, à perda da função pública, à suspensão de seus direitos políticos e à proibição de contratar com o poder público ou de receber benefícios ou incentivos fiscais pelo prazo de 3 anos. 

Além da venda de lotes, a investigação apontou que servidores recebiam propina para a regularização dos lotes e falsificavam documentos públicos com o objetivo de legitimar o golpe. Um dos beneficiários era o intermediário dos servidores públicos com os assentados. Eles combinavam como seriam entregues os documentos falsificados, quais eram os lotes desocupados e ainda cobravam, de forma ilegal, R$ 3 mil para a emissão de certidão pública. 

A investigação do MPF comprovou, em ligações telefônicas interceptadas após pedido aceito na Justiça, a autenticidade dos indícios e das denúncias iniciais. As interceptações telefônicas executadas neste caso foram essenciais para desencadear a Operação Tellus, que evidenciou a existência de organização criminosa no seio do Incra de Dourados, envolvendo diversos líderes de assentamento em Mato Grosso do Sul. 

INVESTIGAÇÃO

Segundo a Polícia Federal, o grupo fraudou a distribuição de lotes dos quatro projetos de assentamento iniciados com a compra do Complexo Santo Antônio, em Itaquiraí. Os lotes foram distribuídos em dezembro de 2008, um ano depois da desapropriação de quatro fazendas. Os 16,9 mil hectares de terra, comprados pela União por R$ 130 milhões, totalizaram 1.236 lotes destinados aos sem-terra cadastrados no Incra. Desses, quase 500 foram distribuídos ilegalmente.

CAMPO GRANDE

Morre o pastor Antônio Dionízio, presidente da Assembleia de Deus Missões

Ele lutava contra um câncer há muitos anos, não resistiu e faleceu

25/03/2025 10h55

Antônio Dionízio, presidente da Assembleia de Deus Missões

Antônio Dionízio, presidente da Assembleia de Deus Missões DIVULGAÇÃO

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Presidente da Assembleia de Deus Missões (ADM), pastor Antônio Dionízio, faleceu na manhã desta terça-feira (25), aos 75 anos, em Campo Grande.

Ele lutava contra um câncer há muitos anos. O líder religioso havia completado mais um ano de vida na sexta-feira (21). 

Há 34 anos como pastor presidente, ele presidia a Igreja Evangélica ADM-Campo Grande desde 6 de junho de 1991.

Informações sobre velório e sepultamento serão divulgadas nas próximas horas.

A morte foi confirmada no perfil oficial da Assembleia de Deus Missões em uma rede social. Veja:

Antônio Dionízio, presidente da Assembleia de Deus Missões

A igreja é frequentada pela prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP) e pelo deputado estadual, Lídio Lopes (Patriota).

O deputado estadual lamentou a morte do líder religioso nas redes sociais. 

"Até breve, meu eterno e querido Pastor Antônio Dionízio. Hoje, nossos corações se enchem de saudade, mas também de gratidão. Perdemos aqui na terra um grande homem de Deus, um pastor que dedicou sua vida ao Evangelho, cuidando de tantas almas com amor, sabedoria e temor ao Senhor. Sua voz ecoará para sempre em nossas memórias, suas orações continuarão nos fortalecendo, e seu legado jamais será apagado. A dor da despedida é real, mas temos a esperança da eternidade! Sabemos que hoje o céu recebe um servo fiel, e que um dia nos reencontraremos na glória. Que o Espírito Santo conforte a família, os amigos e toda a nossa igreja nesse momento. Seguiremos em frente, honrando a missão que ele cumpriu tão bem. Obrigado, Pastor, por tudo que fez por nós! Preciosa é aos olhos do Senhor a morte dos seus santos – Salmos 116:15", disse o parlamentar em publicação nas redes sociais. 

Elizeu Dionízio, filho de Antônio Dionízio e ex-vereador de Campo Grande, também lamentou a morte do pai nas redes sociais.

“Hoje meu pai partiu. Dia triste. Silencioso. O coração sente e a alma se cala. O Senhor o recolheu… E mesmo sem entender tudo, eu confio. Porque sei em quem tenho crido. Fica a saudade, ficam as memórias. Fica o amor – eterno. Descanse em Deus, pai", disse seu filho em publicação nas redes sociais. 

Igreja Evangélica Assembleia de Deus Missões foi fundada em 1944. Possui unidades em diversos bairros de Campo Grande e está presente em mais de 30 países.

Antônio Dionízio, presidente da Assembleia de Deus Missões

VEJA VÍDEO

Motociclista é baleado por policial após briga de trânsito na capital

Caso aconteceu no bairro Aero Rancho, onde uma moradora filmou todo o desenrolar da discussão, que também teve troca de agressões

25/03/2025 09h40

Momento do disparo do policial contra a perna do motociclista

Momento do disparo do policial contra a perna do motociclista Foto: Reprodução

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Um motociclista, sem nome divulgado, foi baleado por um policial civil após acidente e briga de trânsito no cruzamento da Travessa Ricky Nelson com Maria Soares das Dores, no bairro Aero Rancho, em Campo Grande, na tarde desta segunda-feira (24).

Uma das moradoras da região filmou toda a discussão após a colisão. No vídeo, é possível perceber, desde o início, a reciprocidade nas agressões. Ao tentar erguer sua moto para sair do local, o motociclista é impedido pelo policial que coloca o pé no veículo, mas o rapaz reage dando golpes com o capacete contra o agente.

Várias vezes o policial ameaça o motociclista caso não coopere. “Vai lá para a parede. Cadê a habilitação? Cadê o documento? Você vai levar um tiro”.

O rapaz não deixa barato e fala que, caso o agente o impeça de levantar sua moto mais uma vez, algo poderia acontecer. E aconteceu. O motoqueiro tentou levantar seu veículo, foi impedido pelo policial e, diante disso, deu um golpe com o capacete no vidro traseiro do carro do agente.

Com isso, o policial efetuou um disparo na perna direita do motociclista, que caiu e ficou no chão. Ele foi socorrido pelo Samu e encaminhado consciente à Santa Casa.

Já o agente foi à delegacia registrar um boletim de ocorrência e informou a Polícia Civil sobre o ocorrido. Até agora, a força de segurança não se pronunciou acerca do caso.

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