As fortes chuvas que caem em Campo Grande estão atrapalhando os trabalhos de desassoreamento do Lago do Parque das Nações Indígenas, mas o cronograma de entrega está mantido. Pelo menos é o que afirma o secretário municipal de obra Rudi Fioresi . "Nós terminamos o lago menor. Esse já está restabelecido, com água. Vamos ao lago maior com maior volume para ser retirado. As chuvas da semana passada atrapalharam um pouco. Hoje não deu para trabalhar e amanhã também, pois o solo ainda continuará encharcado e as máquinas não poderão entrar. Só retomaram os trabalhos na segunda-feira (8) com a previsão inicial de terminar em quatro meses. Tem que ter calma nessa hora. Esperar secar para voltar a trabalhar", argumenta.
Durante o trabalho de desassoreamento do lago do Parque das Nações Indígenas, foram removidos 15 mil metros cúbicos de areia do lago menor. Na segunda fase, devem ser retirados mais 130 mil metros cúbicos. Para o transporte de todo este material, serão necessários 30 caminhões. Ao todo, serão investidos R$ 8 milhões nas obras, que incluem a construção de um piscinão, controle de erosão e recomposição vegetal.
O Governo do Estado de Mato Grosso do Sul publicou na edição desta quinta-feira (4) do Diário Oficial do Estado extrato de termo de cooperação mútua para estabelecer entre os partícipes ações para a solução do problema de assoreamento da cabeceira da Microbacia do córrego Prosa, dos Lagos do Parque das Nações Indígenas e do lançamento na rede de drenagem do Córrego Reveilleau, localizado na mesma área, em Campo Grande.
Em maio deste ano, o secretário de estado de Mario Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck, anunciou investimentos de R$ 8 milhões para o desassoreamento do lago. Ao todo seis convênio foram firmados relacionados a manutenção do espaço.
As medidas, iniciadas no mês de junho. foram anunciadas depois de comoção gerada entre os mais de 2 mil frequentadores do Parque. O temor era de que o lago desaparecesse, já que um grnde banco de sendimentos se formou em um dos principais cartões postais da Capital.
Além da Semagro, o convênio foi assinado pelo Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), Secretaria de Infraestrutura (Seinfra), Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul), Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (Semadur), Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano (Planurb), Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep).
As intervenções na cabeceira da Microbacia do córrego Prosa e o lançamento na rede de drenagem do Córrego Reveilleau na área do Parque serão realizadas em até 24 meses, podendo ser prorrogado, na forma da lei e por acordo entre os participes, mediante a assinatura de Termo Aditivo.
No final de maio, o secretário da Sisep, Rudi Fioreze, informou que a prefeitura municipal fará as intervenções de proteção no lançamento do Córrego Reveilleau para deter sedimentos e controlar as cheias desse curso d’água, na Avenida Mato Grosso. Segundo a prefeitura, no local será construído um ‘piscinão’, com capacidade de contenção de 22 mil metros cúbicos de água.
PEIXES
O processo de desssoreamento necessitou da secagem do lago do Parque das Nações Indígenas. Com isto, alguns peixes acabaram morrendo, mesmo com a transferência natural de alguns dos animais para um lago menor. Técnicos do Imasul trabalham na retirada e monitoramento dos peixes que habitavam o lago.