Cidades

EM COPOS PLÁSTICOS

TJ valida lei que permite venda de bebidas em estádios da Capital

Procurador-Geral de Justiça propôs Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI)

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Comercialização e consumo de bebidas alcoólicas nos estádios de futebol de Campo Grande continuam permitidas, desde que servidas em copos de plásticos. Desembargadores do Órgão Especial do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul julgaram improcedente a Ação Direita de Inconstitucionalidade (ADI) em face da lei que dispõe sobre o assunto.

Na ação, Procurador-Geral de Justiça, Paulo Passos sustentava que a lei municipal afrontava preceitos das Constituições Estadual e Federal, por entender que a legislação da Capital é em sentido contrário à norma federal.

Município e a Câmara Municipal pediram a improcedência da ação, afirmando inexistir inconstitucionalidade formal e material na norma.

Lei Complementar nº 283/2016 do Município de Campo Grande permite comercialização e o consumo de bebidas alcoólicas nos estádios de futebol do município, da abertura dos portões ao público até o final da partida, desde que servidas em copos plásticos.

A legislação federal sobre o assunto proíbe ao torcedor acessar e permanecer no recinto esportivo portando bebidas ou substâncias proibidas ou suscetíveis de gerar ou possibilitar a prática de atos de violência.

Relator do processo, desembargador Ruy Celso Florence, considerou que a norma municipal não conflita com a federal, já que regulamenta a comercialização dentro dos estádios, enquanto o Estatuto do Torcedor dispõe sobre condições de acesso e permanência do torcedor no recinto esportivo.

“Em vez de tentar impedir o consumo de bebidas no estádio, é muito mais salutar ao poder público exigir do promotor do evento e do administrador do estádio a implementação de medidas de segurança concretas e efetivas, que assegurem a incolumidade física dos torcedores", disse o desembargador.

Ruy Celso Florence acrescentou ainda que a lei está em vigência desde maio de 2016 e "não há notícia de que houve acréscimo dos índices de violência nos estádios da Capital em razão da norma em questão".

Dessa forma, ele considerou que a lei complementar não padece de vício de inconstitucionalidade formal e/ou material e julgou improcedente o pedido formulado na ação direta de inconstitucionalidade.

 
 

JUSTIÇA

Lentidão no e-Título foi causada por grande número de acessos, diz TSE

Aplicativo chegou a ter 7,6 milhões de buscas por minuto pela manhã

06/10/2024 16h30

Foto: MARCELLO CASAL / RAGÊNCIA BRASIL

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A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, disse neste domingo (6) que a lentidão relatada por eleitores no aplicativo e-Título foi provocada pelo grande número de acessos simultâneos no início da manhã. 

Neste domingo, eleitores buscaram as redes sociais para reclamar da lentidão da plataforma, que é utilizada principalmente para fazer a justificativa pela ausência na votação. 

Segundo Cármen Lúcia, a demora ocorreu pela alta demanda, e os usuários ficaram em uma fila virtual à espera de atendimento. 

“No início da manhã, nós tivemos um número enorme de pessoas que acessaram ao mesmo tempo. Nós chegamos a ter 7,6 milhões de buscas por minuto. Realmente há uma demora, é como se fosse uma fila. Não há problema algum. O que há é uma demora na resposta considerando o número de acessos que foram feitos”, afirmou a ministra. 

Segundo o TSE, o eleitor que quiser realizar a justificativa ainda hoje tem até as 17h (horário da Brasília) para entrar no aplicativo. 

O prazo para justificativa é de 60 dias após cada turno. Quem não votar no primeiro turno pode votar no segundo ou vice-versa.

Pelas regras, o eleitor que não estiver em seu domicílio eleitoral deverá justificar ausência na votação. A restrição ocorre porque não há possibilidade de voto em trânsito nos pleitos municipais.

RECEPÇÃO

Repatriados do Líbano são recebidos por Lula em São Paulo

Presidente diz que guerra é maneira de Netanyahu se manter no poder

06/10/2024 16h00

presidente disse que vai fazer todo o possível para trazer ao Brasil todos os brasileiros, ou libaneses que tenham parentes brasileiros

presidente disse que vai fazer todo o possível para trazer ao Brasil todos os brasileiros, ou libaneses que tenham parentes brasileiros Foto: PAULO PINTO/AGENCIA BRASIL

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Ao receber neste domingo (6) 229 repatriados do Líbano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez duras críticas ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e prometeu trazer para o país todos os brasileiros ou parentes que queiram vir. Os repatriados desembarcaram na Base Aérea de São Paulo, em Guarulhos.

Lula afirmou que os confrontos com o Hamas, na Palestina, e mais recentemente com o Hezbollah, no Líbano, são a maneira que Netanyahu encontrou para se manter no poder.

“Vocês sabem que tivemos uma posição muito dura contra o ato do Hamas de invadir Israel, mas temos também uma posição muito dura contra o governo de Israel, matando crianças e mulheres, sem nenhum respeito pela vida humana. Agora, [a guerra] é uma forma que o presidente Netanyahu encontrou para ficar no poder, que é se vingar dos palestinos, e agora de Beirute”.

Para Lula, “atacar Beirute (capital do Líbano) por conta de um grupo (Hezbollah) que estava querendo atacar Israel é não levar em conta a necessidade de evitar que o povo seja a vítima”. E completou: “Porque, normalmente, a vítima não é quem faz a guerra, é o povo inocente que não quer guerra; as vítimas são nossas mulheres, nossas crianças, porque a gente não perde só a vida, perde escola, hospital, uma série de coisas que trariam tranquilidade”.

A primeira-dama Rosângela Lula da Silva, a Janja, também fez um apelo “aos homens do mundo”: “Parem de matar nossas crianças e mulheres. Parem com essa guerra. O mundo precisa de paz, não precisa de mais mortes”.

Ao final, o presidente disse que vai fazer todo o possível para trazer ao Brasil todos os brasileiros, ou libaneses que tenham parentes brasileiros. “Enquanto tiver um companheiro, seja ele brasileiro ou parente de brasileiro lá no Líbano, vamos buscar porque não deixamos ninguém para trás. A gente vai tentar trazer todos aqueles que quiserem vir. Que Deus abençoe a todos, que possam reconstruir a vida aqui e encontrem no Brasil a felicidade que tiraram de vocês lá no Líbano”, completou.  

Lula ressaltou a importância da cultura árabe para o Brasil e o mundo: “Vocês sabem que aqui tem por volta de 8 milhões, 9 milhões de árabes. Provavelmente há mais libaneses morando no Brasil do que no próprio Líbano”. O presidente lembrou que os libaneses ajudaram a construir São Paulo e “têm muita responsabilidade por aquilo que somos”.

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