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CRIME ORGANIZADO

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Tráfico em Santa Catarina era comandado de presídio de Mato Grosso do Sul

Detento de penitenciária de Naviraí articulava assaltos violentos em Santa Catarina e trocava os bens roubados por drogas

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Engrenagem do crime comandada por um detento da penitenciária federal de Naviraí foi alvo da ação conjunta entre as polícias civis de Santa Catarina e Mato Grosso do Sul na manhã desta terça-feira (27).  

Apesar de agir em Santa Catarina, a quadrilha expandiu os acordos comerciais para aquisição de drogas por meio da ação do principal chefe. Com a prisão em Naviraí, o detento, que não teve o nome revelado pelas autoridades policiais, passou a organizar a troca de bens roubados por droga pura.  

Cláudio Monteiro, delegado responsável pela Diretoria Estadual de Investigações Criminais de Santa Catarina (Deic-SC) e por conduzir as investigações, disse ao Correio do Estado que os presos agiam conforme o famoso toma lá, dá cá. “Eles assaltavam pessoas violentamente em Florianópolis, levavam os carros até Mato Grosso do Sul e trocavam pelo equivalente em drogas. Com os entorpecentes em mãos, os traficantes distribuíam a droga na zona de ação”, explica o condutor da investigação.  

De acordo com o delegado da Polícia Civil de Iguatemi, Felipe Candido Rosseto, braço sul-mato-grossense da investigação, “a quadrilha vinha com dois carros: um era usado para a troca de bens e o outro para a viagem de retorno. Essas pessoas que viviam em MS eram membros do PGC e serviam como base no Estado. Eram todos uma família”, ressalta. Por PGC, o delegado se refere ao Primeiro Grupo Catarinense, organização criminosa que comanda o tráfico de drogas naquele estado. “O PGC é o equivalente ao PCC [Primeiro Comando da Capital], eles dominam Santa Catarina e são responsáveis pela não entrada do PCC por lá”, elucida.  

Sobre a família, a relação era de sangue mesmo. “No Estado, foram cinco alvos conduzidos. Todos com pedido de prisão preventiva. A mãe, um filho, a esposa dele, um primo e um colega. Esse último era o único que não era parente”, enumera Rosseto.  

Segundo a nota divulgada pela Polícia Civil de Santa Catarina, foram cumpridos 30 mandados de busca e apreensão e mais 20 de prisão preventiva. Ao todo, foram 50 ordens judiciais cumpridas. Em Mato Grosso do Sul, além das cinco prisões preventivas, também foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão. “Conseguimos cumprir todas as ordens”, ressalta o delegado de Iguatemi. PANDEMIA

Cláudio Monteiro revelou que houve algumas dificuldades no meio caminho. “A investigação estava sendo realizada desde 2019 e, por causa da pandemia de coronavírus, muitos dos conduzidos conseguiram mudar de residência e atrapalharam um pouco a ação. Mas dos 20 mandados de prisão temporária foi possível conduzir 19 pessoas”, informa.  

Os alvos no Estado foram um dos que mudaram de endereço e prejudicaram os trabalhos. “Essas pessoas têm uma alta mobilidade. Por isso começamos a investigação aqui em Iguatemi, porque eles moravam por aqui. Depois tivemos de monitorá-los em Mundo Novo e Naviraí, cidades onde foram cumpridas as ordens de judiciais”, destrincha o delegado Felipe Rosseto.  

Para unir a operação de roubo ou furto e distribuição de drogas com a receptação e aquisição de entorpecentes, o detento do presídio de Naviraí era a chave principal do esquema. “Quem articulava isso tudo era o detento em Naviraí”, afirma Rosseto.  

Na Operação Sistema, os cinco alvos em Mato Grosso do Sul serão processados por tráfico de drogas, associação criminosa para o tráfico de drogas e formação de quadrilha. 

PANTANAL

Bombeiros irão prevenir incêndios com apoio de 52 militares, 13 viaturas e 5 embarcações

Prevenção é feita por meio da abertura de aceiros e capacitação de fazendeiros/produtores rurais sobre como devem agir em caso de queimadas

16/04/2024 12h45

Coronel Adriano Noleto Rampazo, do CBMMS MARCELO VICTOR

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Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul (CBMMS) atuará na prevenção de incêndios no Pantanal Sul-mato-grossense.

De acordo com o subcomandante geral da corporação, coronel Adriano Noleto Rampazo, cerca de 52 militares estarão alocados em 13 bases e terão apoio de, no mínimo, 13 viaturas e cinco embarcações, a partir de maio de 2024, no Pantanal. 

O objetivo é realizar trabalho preventivo de combate ao fogo nos meses de estiagem, que ocorre de maio a outubro. Militares irão conferir aceiros, abrir pontes para facilitar o acesso e capacitar fazendeiros, produtores rurais e funcionários de como devem agir em caso de incêndios. 

Segundo o subcomandante do CBMMS, a prevenção é o melhor caminho para evitar o incêndio florestal.

“O trabalho preventivo auxilia muito a diminuir os focos de incêndio, principalmente na capacitação que nós fazemos. A maioria das fazendas tem tratores, tem caminhões-pipas, mas não sabem como utilizar, conferindo a estrutura que as fazendas têm para auxiliar nos combates, porque cada fazenda também tem que ter sua estrutura. Então, nós vamos fazer essa capacitação”, explicou.

“PREVENIR É COMBATER”

Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas (Reflore/MS) lançou a 12ª Campanha de Prevenção e Combate à Incêndios, na manhã desta terça-feira (16), no auditório da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso do Sul (FAMASUL), localizado na rua Marcino dos Santos, número 401, Chácara Cachoeira, em Campo Grande.

O tema da campanha deste ano é “Prevenir é combater”. O objetivo é orientar e incentivar produtores rurais a prevenir incêndios antes da época de estiagem (maio a outubro), visando combater o fogo antes mesmo que ele chegue.

As formas de prevenir incêndios são:

  • Construir aceiros nos entornos das pastagens, às margens das casas, currais, celeiros, armazéns e galpões
  • Evitar usar fósforos e isqueiros próximo às áreas secas e os mantenha longe de crianças
  • Faça a correta manutenção de seus equipamentos com motores à combustão
  • Não ateie nenhum tipo de fogo em sua propriedade durante o período da seca (maio a outubro)
  • Evite usar fogo para queimar lixos, mesmo que seja os caseiros;
  • Mantenha as pastagens limpas
  • Não acenda fogueiras próximas à áreas florestais
  • Não descarte resíduos nas margens das estradas (bitucas de cigarro, vidros e latas)
  • Atuação de brigadistas

A orientação ocorre por meio de capacitações, treinamentos, palestras e peças publicitárias. Em rodovias de MS, há placas informativas instaladas na beira da via e distribuição de panfletos/adesivos que levam informações aos condutores. Além disso, profissionais do setor são treinados e capacitados para atuarem no combate ao fogo.

De acordo com o presidente do Reflore/MS, Luis Ramiro Junior, a campanha é essencial para evitar e minimizar incêndios no Pantanal.

“A campanha é voltada para a conscientização do público em geral em relação aos incêndios florestais que a todo ano são recorrentes, temos os períodos mais secos que ainda vão acontecer, então a gente faz agora com que as pessoas comecem a se preocupar porque na época da seca precisamos estar preparados para caso o fogo ocorra e a gente ter como lidar. Mas, o que a gente quer, é que o fogo não corra. O melhor combate é a prevenção. A gente quer que o produtor rural se prepare”, disse.

As queimadas são extremamente nocivas ao meio ambiente, pois emitem poluentes atmosféricos, reduzem a biodiversidade, destroem matas, devastam a vegetação, prejudicam a fauna e flora, eliminam a cobertura vegetal nativa, comprometem florestas, campos e savanas e matam o ecossistema.

Mudanças climáticas, calor excessivo, escassez de chuvas e baixa umidade relativa do ar favorecem a ocorrência de queimadas no Estado.

A campanha tem apoio da Famasul, Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MS), Governo de Mato Grosso do Sul, Corpo de Bombeiros Militar (CBMMS) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

De acordo a Famasul, 4.529 focos de calor foram registrados em 2023 e 2.368 em 2022. A área queimada em 2023 foi de 1.328.700 m² no ano passado e 736.575 no ano retrasado.

PROTESTO POR TERRAS

Manifestantes ocupam prédio do Incra pedindo retomada da reforma agrária

Protesto organizado pelo MPL começou às 5h em Campo Grande

16/04/2024 12h31

Protesto do MPL na frente do prédio do Incra-MS Foto: Felipe Araújo

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Integrantes do Movimento Popular de Luta (MPL) realizam protesto pedindo o que chamam de reajuste de terras e a retomada da reforma agrária, nesta terça-feira (16), no prédio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em Campo Grande.

Com bandeiras e até caminhão de som, o protesto liderado pelo MPL tenta conversar com algum representante do Incra.

André Hoffimiester, membro do MPL, disse que o objetivo principal do protesto é conseguir um lugar digno para os sem-terra.

“Estamos pedindo o reajuste das terras para ser liberado para os moradores que são dos sem-terra, da área rural, que fica na beira de BR. Estão em busca de uma terra, de um lugar próprio para plantar, para colher, para poder comer, sobreviver.”, afirmou.

Além de hoje, André também relatou que outras conversas entre eles e o Incra já aconteceram, mas sem resolução do caso.

“Tem uns anos, nós saímos daqui, nós conseguimos falar com o povo do Incra, recebemos um papel, né? Que nós íamos sair da beira de BR e aí ficávamos sentados em um lugar, e que nós sairíamos dali direto para as terras. Aí nós estamos aqui de novo para reforçar o que eles tinham dito naquele papel.”, exclamou André. 

Manifestantes marcam presença desde às 5h e esperam reposta do órgão para, só então, deixar o local.

 

REFORMA AGRÁRIA

Em outubro do ano passado, um protesto organizado novamente pelo MPL bloqueou a BR-163 e a BR-267, segundo a Polícia Rodoviária Federal. O pedido era para a retomada da reforma agrária e o aparelhamento do Incra.

Dois meses depois desse protesto, o órgão divulgou que pretendia retomar os assentamentos da reforma agrária em março deste ano. Porém, abril chegou e nenhuma resposta do Incra foi obtida até agora.

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