Vânya Santos
De posse de um habeas corpus, o vereador Riovaldo Pires Martins (DEM), 45 anos, compareceu ontem à tarde, para presidir sessão plenária na Câmara Municipal de Rio Verde. A liminar revogando o pedido de prisão preventiva foi concedida pelo desembargador da 1ª Turma Criminal do Tribunal de Justiça, João Carlos Brandes Garcia, às 13h53min, sete minutos antes do início da sessão. A presença do vereador, acusado de matar Laudenir Rosa Santiago Pereira, de 29 anos, no dia 25 de julho deste ano, causou surpresa aos funcionários da Câmara e também à própria polícia, já que até no início da tarde ele ainda era considerado foragido.
De acordo com assessoria da Câmara Municipal, o vereador só perdeu uma sessão, já que o episódio ocorreu no decorrer do recesso parlamentar e, durante o tempo em que esteve foragido faltou apenas a sessão do dia 2 de agosto, já que as reuniões na câmara ocorrem apenas na segunda-feira à tarde. O departamento informou ainda que caso Riovaldo continuasse ausente, a mesa diretora tomaria providências necessárias para recompor a presidência, seguindo o regimento da casa.
Apesar de o vereador Riovaldo ter presidido a sessão plenária de ontem, ele ainda não havia comparecido para prestar depoimento na delegacia do município. Conforme o delegado Eder Oliveira Moraes, a expectativa era de que ele se apresentasse durante o expediente desta segunda-feira. No entanto, caso ele não compareça para prestar depoimento nos próximos dias poderá receber intimação.
Crime
O presidente da Câmara Municipal, vereador Riovaldo, é apontado como autor do assassinato de Laudemir. A vítima foi morta com um tiro de espingarda durante uma briga na Chácara Carneiro, de propriedade do acusado, localizada no distrito de Colônia Paredes, em Rio Verde. Na ocasião, ocorria um jogo de futebol entre amigos. O acusado estava desaparecido desde o último dia 25, data em que ocorreu o crime.
O desentendimento começou porque o cunhado da vítima, Sebastião Marques, 55 anos, discutiu com a esposa e Laudemir saiu em defesa da irmã. O marido desaprovou a atitude da vítima e quebrou uma garrafa no tórax do cunhado. O vereador então pegou uma espingarda e atirou contra Laudemir.
Segundo o delegado Eder, laudo necroscópico apontou que Laudemir morreu em decorrência do tiro disparado pelo presidente da câmara. Apenas um tiro foi efetuado, mas vários chumbinhos atingiram a vítima, inclusive no pulmão. Tanto Sebastião quanto o vereador devem ser responsabilizados pelo homicídio.