Cidades

Prêmio

Trio descobre meio natural
para reparar erros no DNA
e vence Nobel de Química

Trio descobre meio natural
para reparar erros no DNA
e vence Nobel de Química

G1

07/10/2015 - 08h19
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O Prêmio Nobel de Química de 2015 foi para três pesquisadores que descobriram mecanismos biomoleculares naturais que reparam erros no DNA, a molécula que contém as informações para o desenvolvimento e funcionamento dos seres vivos.

Paul Modrich, 68, americano, Aziz Sancar, 69, turco e Tomas Lindahl, 77, sueco, dividem os 8 milhões de coroas suecas (US$ 963 mil) do prêmio em três partes iguais.

Modrich trabalha na Universidade Duke, de Durham (EUA), Sancar, na Universidade da Carolina do Norte (EUA), e Lindahl, no Instituto Francis Crick, de Hertfordshire (Reino Unido).

O DNA é uma molécula relativamente instável e sua composição pode ser danificada por raios ultravioleta, por substâncias tóxicas e por próprio processo de duplicação, que envolve uma química sofisticada.

Os cientistas que receberam o Nobel de química neste ano descobriram mecanismos que existem em praticamente todos os seres vivos e servem como "caixas de ferramentas" naturais para consertar esses defeitos que surgem espontaneamente.

A estrutura do DNA foi descoberta em 1953, e até a década de 1970, cientistas ainda acreditavam que ele fosse uma molécula estável. Trabalhos de Lindahl, porém, mostraram que o DNA era tão frágil que tornaria impossível a existência da vida sem um meio de proteção. O próprio sueco passou a investigar o problema e descobriu um mecanismo chamado de "reparação por excisão de base", que fica em alerta para erros na cópia das bases nitrogenadas que compõem as "letras" do código do DNA

Esse processo, porém, não dava conta de explicar toda a estratégia da molécula para se manter estável. Sancar, então, passou a estudar danos que os raios ultravioleta causam aos cromossomos. Ele descobriu o "reparo por excisão de nucleotídeo", que detecta danos extraídos em pedaços maiores da molécula. Nucleotídeos incluem segmentos do "eixo" no qual as "letras" são afixadas. Pessoas que nascem com defeitos congênitos nesse sistema de reparo são extremamente susceptíveis a câncer de pele.

Modrich, por sua vez, descobriu um sistema batizado de "reparo de pareamentos errados" (mismatch repair), que detecta erros de cópia quando o DNA é replicado para a divisão celular. Problemas nesse mecanismo também estão ligados a alguns tipos de câncer.

Os mecanismos descobertos pelos pesquisadores estão todos ligados a enzimas, proteínas que promovem reações bioquímicas, produzidas pelo organismos. Elas são capazes de detectar erros no DNA, remover partes da molécula, e recolocar as peças faltantes.

Aplicações médicas
Lindahl, que concedeu nesta manhã uma entrevista coletiva por telefone, se disse surpreso com o anúncio do prêmio. "Eu sabia que, ocasionalmente, em outros anos meu nome já havia sido considerado para o prêmio, mas até aí, centenas de outras pessoas também foram" afirmou. "Me sinto muito sortudo e orgulhoso."

Na entrevista, o cientista ressaltou a importância do estudo dos mecanismos de reparos de DNA para o desenvolvimento de medicamentos.

"Droga contra o câncer frequentemente agem danificando o DNA da célula tumoral para tentar matá-la, e a célula tumoral reage tentando reparar seu DNA", explicou. "É uma faca de dois gumes: somos gratos por ter reparo de DNA, mas não nos agrada que as células tumorais o tenham também. Temos de compreender esses mecanismos para que possamos fornecer boas terapias seletivamente."

Segundo o cientista, medicamentos que tentam atacar parasitas como vírus e bactérias também tem esse aspecto em foco. "Os mecanismos de reparo de DNA são distribuídos universalmente: todas as células vivas possuem esquemas que são mais ou menos eficientes", explicou. "Tentamos identificar alvos frágeis em patógenos que atuam reparando DNA para que possamos tentar danificá-los."

Polícia investiga

Corpo de bebê de 9 meses que morreu em hospital é exumado para investigação

Criança teve parada cardiorrespiratória e família contestou causa indicada na certidão de óbito, sendo autorizada a exumação para apurar o caso

14/05/2025 16h44

Maria Hellena morreu após tomar medicação em hospital e polícia investiga causas

Maria Hellena morreu após tomar medicação em hospital e polícia investiga causas Foto: Arquivo Pessoal

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Uma bebê de 9 meses, identificada como Maria Hellena Lopes Gomes, que morreu no dia 29 de abril em Paranaíba, teve o corpo exumado para investigação, após a família contestar a causa da morte indicada na certidão de óbito.

A menina morreu na Santa Casa de Paranaíba, onde estava internada devido a um quadro de febre que não baixava.

De acordo com o site local Interativo MS, a mãe relatou que a criança tomou duas vacinas dias antes, sendo uma de gripe e uma relativa a idade, tendo apresentado febre e sendo levada para o hospital, onde foi medicada e recebeu alta.

Na madrugada do dia 29, a criança novamente teve febre que não baixava e a mãe a levou novamente até a unidade de saúde.

Ainda segundo os relatos, foram feitos vários exames, entre hemograma, urina e raio-x, que não indicaram qualquer alteração, mas a menina foi mantida sob observação e com prescrição de medicação para baixar a febre.

Na troca de plantão, uma enfermeira trocou a medicação e ministrou dipirona intravenosa na criança. Pouco depois, a a mãe disse que percebeu que algo estava errado ao pegar a menina no colo e notar que ela estava roxa.

A criança teve parada cardiorrrespiratória e houve tentativa de reanimação por cerca de 40 minutos, mas Maria Hellena não resistiu e faleceu.

A certidão de óbito da bebê indicou como causa da morte insuficiência respiratória e pneumopatia, mas a família discorda do laudo, afirmando que todos os exames realizados não apresentaram alteração e nenhum diagnóstico de doença.

Mesmo com a contestação, a menina foi velada e enterrada no dia 30 dia de abril.

Exumação

Porém, como houve registro de boletim de ocorrência, a Polícia Civil autorizou, na última sexta-feira (9), a exumação do corpo para esclarecer a causa da morte.

O corpo foi encaminhado para Cuiabá, onde passará por perícia e demais análises necessárias que possam indicar a causa do falecimento.

Em nota encaminhada a imprensa, o hospital informou que a criança foi atendida e evoluiu para óbito e que o corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) por ser uma morte de causa suspeita, não natural e não esperada.

"A legista que realizou o procedimento necroscópico encontrou alterações na criança envolvendo a parte respiratória", diz a nota.

O hospital finalizou dizendo que a conduta é aguardar o trabalho do IML e que depende dos exames para esclarecer a causa do óbito.

O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil.

 

 

Cidades

Crime pirateia logo da Warner e perde R$ 16,5 milhões em apreensão de drogas

Com o entorpecente embalado com a logo do estúdio de Hollywood e até com arte do Marinheiro Popeye, a apreensão ocorreu em Campo Grande; veja o video

14/05/2025 16h33

Divulgação Choque

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Com o carro recheado de drogas avaliadas em mais de R$ 16,5 milhões, um motorista tentou despistar a ação do Batalhão de Choque, que realizava fiscalização de ônibus de viagem.

A equipe, que realizava o patrulhamento preventivo monitorando os ônibus que acessam Campo Grande, percebeu quando um veículo de cor preta entrou repentinamente no bairro Nova Campo Grande.

Os policiais imediatamente iniciaram a perseguição e, mesmo com os sinais sonoros de parada, o seguiram em alta velocidade, manobrando perigosamente pelas ruas do bairro.

Em dado momento, tentou atirar o veículo contra a viatura e, quando finalmente a equipe conseguiu fechar o veículo, o motorista se entregou e confessou que estava transportando entorpecentes.

Divulgação Choque

Chama a atenção que os tabletes estavam embalados com a logomarca do estúdio Warner Bros. e até com a do Marinheiro Popeye, famoso por comer espinafre e ganhar força.

Conforme informações da polícia, durante a vistoria no veículo foram localizados 141 tabletes de substância análoga à cocaína, totalizando aproximadamente 155 kg, além de 110 porções de haxixe tipo ice, com peso aproximado de 70 kg.

Divulgação Choque

Apreensão

Também foram apreendidos uma pistola 9 mm, dois carregadores vazios e 50 munições.

Em conversa com a equipe, o homem, que não teve o nome divulgado, revelou que foi contratado por um terceiro para deixar o carro em outro ponto da cidade, onde seria recolhido por outra pessoa.
Para transportar a droga, ele relatou que receberia R$ 500.

O prejuízo estimado ao crime organizado, de acordo com o Choque, ultrapassa R$ 16.589.400,00.

Saiba: O haxixe ice é uma forma concentrada da maconha, com alta pureza e elevada concentração de THC - o principal componente psicoativo da planta, o que potencializa seus efeitos e aumenta seu valor no mercado ilegal.

 

 

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