Cidades

ALERTA

Umidade relativa do ar atinge níveis críticos em Mato Grosso do Sul

Em Miranda e Amambai os índices chegaram aos 15% e 13%

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Mato Grosso do Sul registrou índices críticos de umidade relativa do ar durante a tarde desta quarta-feira (23). Segundo informações do meteorologista Natálio Abrão, em Miranda e Amambai os índices chegaram aos 15% e 13% respectivamente, situação considerada de pré-alerta.

Em Corumbá, município localizado na região oeste do estado, perto da fronteira com a Bolívia, o problema foi a alta temperatura. Os termômetros marcaram 35,7°C com sensação térmica de 40°C e umidade de 23%.

Porto Murtinho e São Gabriel do Oeste fecharam o dia com 21% de umidade. Sete Quedas e Ponta Porã tiveram 20%. Campo Grande e Sidrolândia, 19%. Já Três Lagoas, que fica na região leste de Mato Grosso do Sul, o índice foi de 18%. Todas essas situações são classificadas como emergenciais.

PREVISÃO

Campo Grande deve ficar encoberta por névoa seca durante todo o dia nesta quinta-feira (24) e terá céu nublado a partir do entardecer. Segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), a umidade mínima prevista para a Capital é de 35% podendo chegar a 80%. Essa situação dura até o sábado, quando há previsão de pancadas de chuva com trovoadas isoladas.

Em Sonora e Pedro Gomes, na região norte de Mato Grosso do Sul, os termômetros devem chegar aos 37°C com umidade mínima de 30%. Há previsão de chuva durante a noite para esses dois municípios.

Deve chover também em Três Lagoas e Aparecida do Taboado, na porção leste do estado, dissipando a névoa seca que deve pairar sobre a cidade no começo do dia. As temperaturas variam entre 17°C e 36°C.

O tempo vai dar uma aliviada em Corumbá, onde chove durante a tarde e noite com umidade podendo chegar aos 85%.

Já em Dourados e Sete Quedas, no sul do estado, a umidade relativa do ar oscila entre 80% e 30%, sem previsão de chuva, com névoa seca durante o dia e termômetros variando entre 14°C e 16°C.

Cidades

Polícia indicia "falsa biomédica" que deformou paciente em Campo Grande

A suspeita, que não possui nível superior, foi investigada após quatro mulheres que passaram por procedimentos estéticos irem parar no hospital, e uma delas ficar com deformidades

20/03/2025 15h33

Crédito: Freepik

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Uma mulher de 27 anos, que atendia pacientes se passando por biomédica e esteticista e levou pacientes a diversas internações após o atendimento, foi indiciada pela Polícia Civil de Campo Grande.

A investigação teve início quando quatro mulheres que foram atendidas pela suspeita, que atuava em um espaço de coworking, apresentaram sintomas graves após um tratamento estético de preenchimento labial em setembro de 2024.

A suspeita sequer possui formação superior e, ainda assim, se apresentava para as clientes como biomédica e esteticista.

Para se ter ideia, depois de realizar o procedimento, as vítimas foram parar no hospital, passaram por atendimento médico e, em um dos casos, uma paciente precisou ser submetida a uma traqueostomia.

Os laudos do Instituto de Medicina e Odontologia Legal (Imol) indicaram que, ocorreram lesões de natureza gravíssima, já que uma vítima acabou com deformidade permanente na região da mandíbula em decorrência de fibrose.

Investigação

Policiais da Segunda Delegacia de Polícia (2ª DP) apreenderam, na residência da investigada, medicamentos de uso estético que só podem ser utilizados por profissionais formados em medicina, odontologia e biomedicina.

Além disso, a medicação não estava armazenada da maneira indicada. Outro ponto é que os produtos não possuíam registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e foram importados ilegalmente.

Na casa da “falsa biomédica”, a equipe localizou um diploma de estética falsificado em nome de uma faculdade de Campo Grande, o que, segundo a investigação, foi utilizado para induzir os pacientes ao erro, já que confiavam na suposta formação técnica da profissional.

Ao analisarem o certificado, os peritos constataram que o documento era falso.

Com isso, a Polícia Civil acionou a Justiça, que proibiu a mulher de continuar atuando como esteticista. A suspeita foi indiciada por lesão corporal de natureza gravíssima, uso de produto medicinal sem registro na Anvisa, indução do consumidor a erro e uso de documento falso.

O próximo passo fica a cargo do Ministério Público, que definirá por quais crimes ela será denunciada. Para se ter ideia, somando apenas as penas mínimas dos delitos cometidos, a reclusão ultrapassa dez anos e pode chegar a mais de 25 anos no máximo.

“São, em geral, métodos invasivos, com injeção de medicação além da derme”, explica a delegada que atuou no caso, Bárbara Alves. “São procedimentos caros, então o interessado deve sempre desconfiar de preços muito promocionais e pesquisar antes se o profissional possui registro no conselho de sua categoria”, alertou a Polícia Civil.

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Feminicídio

Caso Vanessa: Corregedoria da polícia aponta falhas, mas não pune ninguém

Para Corregedoria, todas medidas que estavam ao alcance das policiais foram concedidas; burocracia e lentidão de comunicação entre as instituições, porém, impediu a efetivação delas

20/03/2025 15h29

Vanessa Ricarte foi assassinada em 12 de fevereiro, horas depois de deixar a Casa da Mulher Brasileira

Vanessa Ricarte foi assassinada em 12 de fevereiro, horas depois de deixar a Casa da Mulher Brasileira Fotomontagem

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A investigação da Corregedoria da Polícia Civil sobre o atendimento que a jornalista Vanessa Ricarte, 42 anos, recebeu na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) horas antes de ser assassinada foi concluída, apontando algumas falhas no sistema de proteção às vítimas de violência doméstica. No entanto, não foram identificados culpados pelo não cumprimento de protocolos.

O procedimento da Corregedoria da Polícia Civil era a última investigação pendente sobre o feminicídio da jornalista. No início deste mês, o inquérito que apurou o assassinato de Vanessa pelo ex-noivo Caio Nascimento, 35 anos, foi encerrado, e ele acabou enquadrado pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul nos crimes de feminicídio (homicídio em que a condição de mulher da vítima é determinante para o crime), violência psicológica e tentativa de homicídio do amigo da jornalista.

As circunstâncias que levaram Vanessa Ricarte a desabafar com amigos horas antes de ser morta, queixando-se do mau atendimento na Casa da Mulher Brasileira, ainda não haviam sido devidamente apuradas, mas agora foram concluídas pela Polícia Civil.

Nenhuma delegada ou agente de polícia que atendeu Vanessa foi responsabilizada por alguma falha no atendimento. 

A Corregedoria da Polícia Civil fez a cronologia dos fatos: 

  • - Na madrugada, Vanessa procurou a Casa da Mulher Brasileira, foi devidamente atendida pelas policiais e assistentes sociais do local. 
  • - Pela manhã, às 7h, a solicitação para uma medida protetiva para Vanessa chegou no Poder Judiciário.
  • - A medida protetiva foi concedida pouco depois das 11h. 
  • - Às 16h44 do mesmo dia, a Patrulha Maria da Penha, serviço operado pela Guarda Municipal, foi acionada. Simultaneamente, Vanessa voltava para casa acompanhada de um amigo. 
  • - Entre 17h e 18h Vanessa teve forte discussão com o ex-noivo Caio, testemunhada por Joilson, e acabou ferida no peito e na barrica com facadas. 
  • - Vanessa foi atendida na Santa Casa no período noturno, e não resistiu aos ferimentos e morreu pouco antes da meia-noite daquele dia 12 de fevereiro. 
  • Fontes ligadas à Polícia Civil explicaram ao Correio do Estado, que o desabafo de Vanessa quanto ao mau atendimento foi um dos elementos centrais da investigação paralela à investigação do feminicídio, entretanto, todos os protocolos que estavam ao alcance da Polícia Civil foram cumpridos. 

Segundo a fonte, que pediu para sua identidade fosse preservada, ainda que o atendimento das delegadas da Deam não fosse cheio de empatia, e o acolhimento tenha ficado a desejar, as medidas que o protocolo de atendimento oferecia e estavam ao alcance das delegadas de polícia foram executadas, como por exemplo, o deferimento da medida protetiva e abertura da investigação.

A falha ocorreu na aplicação da medida protetiva que o poder público poderia dar. Vanessa morreu no intervalo entre a concessão da medida protetiva e a efetivação dela. 

A Polícia Civil não investigou responsabilidades no tocante ao Poder Judiciário, cujo oficial de Justiça foi notificar Caio da medida protetiva no dia seguinte ao assassinato, quando ela já estava morta e ele estava preso, ou mesmo quanto ao seguimento que a Guarda Municipal deu à notificação para dar proteção à Vanessa, enviada pela magistrada do caso minutos antes de ela ter sido esfaqueada.

 

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