Cidades

DIA NACIONAL DO SURDO

Unidades de saúde poderão
ter intérprete de Libras

Vereadores discutem leis para ampliar presença de intérprete em órgãos públicos

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Dia Nacional do Surdo é celebrado nesta quinta-feira (26) e, aproveitando a data, vereadores da Câmara Municipal de Campo Grande usaram a tribuna para reforçar a necessidade e importância da inclusão de intérpretes da Língua Brasileira de Sinais (Libras) em órgãos públicos, com prioridade para a presença dos profissionais nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).

Objetivo de ter um intérprete nas unidades de saúde é facilitar a comunicação dos pacientes surdos durante o atendimento médico. Posteriormente, os profissionais devem ser alocados também em outras repartições.

A prioridade foi definida após manifestação da Associação das Famílias, Amigos e profissionais e Pessoas Surdas de Mato Grosso do Sul, por meio de seu presidente, Adriano Ginoto, que afirmou que a necessidade mais imediata dos surdos seria contar com esses profissionais nas UPAs.

Presidente da Comissão Permanente de Legislação, Justiça e Redação Final, vereador Otávio Trad afirmou, durante sessão nesta quinta-feira, afimou que será agendada reunião com o prefeito Marcos Trad (PSD) e os demais vereadores, onde será discutida a aplicabilidade de lei que trata do treinamento de funcionários para comunicação em órgãos públicos, reforçadas pela tramitação de quatro propostas que devem ser unificadas para ampliar o acesso e assegurar a presença do intérprete. 

“Temos hoje quatro projetos, de 15 autores, e iríamos fazer reunião entre vereadores para otimizar as propostas e transformá-las num só projeto. Temos como preferência a aplicabilidade da Libras no poder público”, disse.

Há duas leis municipais aprovadas e sancionadas sobre Libras, que estão sendo analisadas pelos parlamentares para evitar duplicidade de projetos. Leis foram aprovadas uma em 1993 e outra complementar em 2005.

“É uma lei ampla e abrangente que fala da capacitação e disponibilização dos funcionários aptos a se comunicarem em Libras. Por isso, quero convocar os autores dos projetos em trâmite e os demais que desejarem participar para reunião com o prefeito para discutir a aplicabilidade”, afirmou o vereador.

Além das UPAs, a meta é ampliar a necessidade nos órgãos públicos municipais. Na Câmara de Vereadores, há pouco mais de um ano foi convocada a intérprete de Libras Helga Pereira, mas há planos de ampliar a presença dela nas atividades da Casa, além de ampliação de acessibilidade na parte estrutural.

PROJETOS 

Tramitam atualmente na Câmara o Projeto 9.297/19, dos vereadores Carlão, Otávio Trad, Cazuza, Delegado Wellington, Dr. Cury, João César Mattogrosso, Ademir Santana, Betinho e Junior Longo, que altera a Redação do artigo 2º da Lei 5.686/2016, dispondo da obrigatoriedade do intérprete em todas as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e em todos os eventos públicos oficiais realizados no Município.

Ainda, o Projeto de Lei 9.447/19, do vereador Ayrton Araújo do PT, que dispõe sobre a obrigatoriedade de espaço reservado para pessoas surdas em todos os eventos públicos oficiais do Município; o Projeto de Lei 9.414/19 Vereador André Salineiro, sobre a obrigatoriedade da presença de intérprete de Libras em todos os órgãos públicos. 

Há ainda o Projeto de Lei Complementar 627/19, do vereador Otavio Trad, que altera o artigo 1º da Lei 5.206, de 19 de julho de 2013, dispondo que da obrigatoriedade da disponibilização do intérprete em todas as unidades de atendimento à saúde e à assistência social públicos e nos eventos públicos oficiais. 

Já estão em vigor legislações sobre o tema. A Lei 5.206/13, dos vereadores Cazuza e Carlão, que trata da inserção do interprete de Libras em eventos oficiais do Executivo, a qual teve alteração proposta pelo vereador Carlão, para obrigar a presença dos intérpretes nas UPAs.  

* Com informações Câmara Municipal

FATALIDADE

Passageira passa mal em ônibus e chega a Campo Grande morta

Idosa embarcou em Cuiabá (MT) e foi vista ainda com vida em Rondonópolis (MT), era hipertensa e diabética, mas teve medicação interrompida pelo médico recentemente

24/03/2025 12h20

Idosa de 87 anos chegou a Rodoviária de Campo Grande morta

Idosa de 87 anos chegou a Rodoviária de Campo Grande morta Foto: Gerson Oliveira/Correio do Estado

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Uma idosa de 87 anos, sem nome divulgado, morreu durante viagem de Cuiabá (MT) a Campo Grande, mas só teve a morte constatada quando chegou na capital sul-mato-grossense.

Segundo boletim de ocorrência, registrado na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac-Cepol), a passageira foi vista ainda com vida em Rondonópolis (MT), quando desceu do ônibus para ir ao banheiro e se alimentar.

Na volta para o veículo, a idosa disse ao seu filho que iria dormir até chegar a Campo Grande, um trajeto de quase 500 quilômetros, cerca de 8h de ônibus.

Porém, ao chegarem na rodoviária da capital sul-mato-grossense, a passageira se encontrava em rigidez cadavérica, ou seja, mudança bioquímica nos músculos o corpo entra duas a três horas após a morte.

À Polícia, o filho da idosa afirmou que ela era hipertensa e diabética, mas sua medicação havia sido interrompida pelo médico recentemente. Na Depac-Cepol, o caso foi registrado como morte natural, às 11h da manhã de ontem, domingo (23).

Morte acidental

Uma mulher de 68 anos morreu ao bater a cabeça no teto do carro, enquanto passava pelo quebra-molas da rodovida, BR-163, no município de Sonora (MS), em outubro do ano passado

Conforme o boletim de ocorrência, o caso aconteceu em uma rodovia onde a idosa e seu marido viajavam de Varzea Grande (MT), com destino a Campo Grande. Ainda segundo informações, o carro teria "rampado" em um quebra-molas, causando o acidente,

A mulher foi socorrida pela equipe de suporte da BR e encaminhada para o hospital local, onde foi constatado uma fratura na vértebra. Por conta da gravidade, ela foi novamente encaminhada a Santa Casa de Campo Grande no dia 12/10, onde aguardava cirurgia para correção. 

No entanto, no início da noite de ontem, depois de uma piora no quadro com hemorragia, a mulher veio à óbito por morte encefálica.

*Colaborou Alicia Miyashiro

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MPL

Protesto por reforma agrária ocupa Incra em Campo Grande e rodovias de MS

Multidão foi vista descendo em 'peregrinação' pela avenida Rui Barbosa até chegarem à sede do Instituto, presentes até em trechos rodoviários pelo interior do Estado

24/03/2025 11h39

Manifestentes chegaram à sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) após longa caminhada em Campo Grande

Manifestentes chegaram à sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) após longa caminhada em Campo Grande Marcelo Victor/Correio do Estado

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Manifestantes em busca de reforma agrária protestaram na manhã de hoje (24) em Mato Grosso do Sul, com a ocupação de trechos rodoviários no interior do Estado e a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) após longa caminhada em Campo Grande. 

Quem passou pela Rui Barbosa nas primeiras horas desta segunda-feira (24) se deparou com o grupo, formado em maioria por integrantes do chamado Movimento Popular de Luta (MPL), que marcharam com bandeiras e faixas rumo ao prédio do Incra na Capital. 

Reivindicando que o Governo Federal faça o assentamento, as famílias do movimento se dizem "cansadas de tantas promessas".

"Os trabalhadores sem terra de Naviraí, mundo novo, Anaurilândia, nova Alvorada do Sul, Campo grande, cobram agenda com o presidente Lula e assentamento das famílias no MS", expõe o MPL em nota.

Reflexos dos protestos

Além do leve transtorno causado na Rui Barbosa em Campo Grande, graças ao engarrafamento causado ainda que os manifestantes seguissem em uma única faixa próximos ao meio fio, os protestos se espalharam por alguns pontos do interior do Estado. 

Como por exemplo a altura do quilômetro 112 da rodovia MS-395, segundo informações da Polícia Militar Rodoviária (PMR), que liga Anaurilândia ao município de Bataguassu, bloqueada nas primeiras horas da manhã. 

Com a maioria desses manifestantes pertencendo ao assentamento Florestan Fernandes, localizado em Anaurilândia, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) indicou que até antes do horário do almoço esse trecho citado já havia sido liberado dos pneus e bloqueios colocados. 

Além desse ponto, as duas principais rodovias de Mato Grosso do Sul também receberam pontos de interdição, sendo a BR-267 em Nova Alvorada do Sul e ponto da BR-163 em Naviraí, ocupado por volta de 04h, que ainda se manteve após sete horas de duração. 

Há cerca de um ano, em 16 de abril de 2024, esse mesmo movimento realizou a ocupação do Incra em Campo Grande com a mesma finalidade: chamar atenção dos representantes do Instituto e tirar a reforma agrária do papel. 

MPL

O Movimento Popular de Luta foi inaugurado em 2017, sendo que em junho de 2023 cerca de 400 famílias já se acomodavam à beira da BR-262, no anel viário de Campo Grande, classificado pelos internos como uma "insatisfação dos vários movimentos existentes", surgindo com o papel de denunciar e reivindicar terras improdutivas. 

Aproximadamente seis anos após sua fundação, o MPL já contava com cerca de oito acampamentos e em torno de duas mil famílias acampadas à época, com o acampamento de Campo Grande dividido em seis grupos com coordenadores e sistema de organização próprio, como acompanhado pelo Correio do Estado. 

"Sabemos que o capitalista diz não ser preciso ter reforma agrária, seu projeto traz misericórdia milhões de sem terra jogados na estrada, com medo de ir para cidade enfrentar favela, fome e desemprego sair dessa situação e segurar na de outro companheiro", cita hoje o Movimento em publicação nas redes sociais.

 

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