A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) de Campo Grande realiza entre os dias 6 e 31 de agosto a Campanha de Vacinação contra a Poliomielite e o Sarampo, com o objetivo de imunizar crianças de 12 meses a menores de 5 anos (4 anos, 11 meses e 29 dias). A meta é vacinar ao menos 95% das crianças dessa faixa etária e a ação estava prevista no calendário do Ministério da Saúde.
O propósito da Campanha é captar crianças ainda não vacinadas ou que não obtiveram resposta imunológica satisfatória à vacinação, minimizando o risco de adoecimento dessas crianças e, consequentemente, reduzindo ou eliminando os bolsões de não vacinados. Não será realizada vacinação contra sarampo voltada para adultos e o Dia D está marcado para 18 de agosto, um sábado.
Os pais e responsáveis são atores sociais importantes no processo de manutenção da eliminação das doenças imunopreveníveis e por isso devem comparecer às unidades básicas de saúde (UBS/UBSF) com suas crianças, levando a caderneta de vacinação para avaliação e registro da vacina. As salas de vacinação das unidades funcionam de segunda a sexta-feira, das 7h15 às 11h e das 13h às 16h45.
Contra a Poliomielite será utilizada a VOP (vacina oral – gotinha) em crianças que já tenham recebido uma ou mais doses de VIP (vacina inativada poliomielite – injetável) ou VOP, independente do intervalo entre a dose da rotina e a ser administrada na Campanha. A VIP será administrada em crianças que ainda não foram vacinadas.
Já contra o Sarampo será aplicada a Tríplice Viral, que protege contra o Sarampo, Caxumba e Rubéola. Para esta vacina, serão seguidas algumas determinações específicas do Ministério da Saúde:
Serão vacinadas: crianças que não foram imunizadas; ou que já receberam a vacina há mais de 30 dias; ou completaram esquema vacinal (tríplice + tetra) há mais de 30 dias.
Não serão vacinadas: crianças que receberam a vacina Tríplice Viral ou Tetra Viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela) há menos de 30 dias.
Não há contra indicações absolutas para a VOP (gotinha) e a VIP, evitando a vacinação em crianças com infecções agudas e com febre acima de 38ºC; com hipersensibilidade conhecida a algum componente da vacina (estreptomicina ou eritromicina); ou que apresentaram qualquer reação anormal à vacina no passado.
No caso da Tríplice Viral, administração desta vacina deve ser adiada nas seguintes situações: doenças agudas febris moderadas ou graves; após uso de imunoglobulina, sangue e derivados; crianças em uso de drogas imunossupressoras ou de biológicos; em uso de corticosteroides em doses imunossupressoras; em uso de quimioterapia antineoplásica só devem ser vacinadas 3 meses após a suspensão do tratamento; e, transplantados de medula óssea recomenda-se vacinar com intervalo de 12 a 24 meses após o transplante para a primeira dose. A vacina é contraindicada em casos de Anafilaxia (alergia grave) a dose anterior da vacina; ou em crianças menores 5 anos de idade de com imunodepressão grave.
Cobertura Vacinal
Até junho deste ano foram vacinadas 6756 crianças com a Tríplice Viral, atingindo a cobertura vacinal de 95,14%, enquanto que na VIP, 5403 crianças receberam a 3ª dose o que representa 76,09% da meta. Em 2017 a cobertura foi de 96,44% e 83,02%, respectivamente. Por isso, os pais e responsáveis devem aproveitar a Campanha para atualizar a Caderneta de Vacinação das crianças, eliminando os bolsões de não vacinados.
Poliomielite
No que se refere à poliomielite, esta é uma doença infectocontagiosa viral aguda, caracterizada por um quadro de paralisia flácida, de início súbito. Acomete em geral os membros inferiores, de forma assimétrica, tendo como principais características a flacidez muscular, com sensibilidade preservada, e a arreflexia no segmento atingido. A transmissão ocorre por contato direto pessoa a pessoa, pela via fecal-oral (mais frequentemente), por objetos, alimentos e água contaminados com fezes de doentes ou portadores, ou pela via oral-oral, através de gotículas de secreções da orofaringe (ao falar, tossir ou espirrar). A falta de saneamento, as más condições habitacionais e a higiene pessoal precária constituem fatores que favorecem a transmissão do poliovírus.
Sarampo
O sarampo é uma doença infecciosa exantemática aguda, transmissível e extremamente contagiosa, podendo evoluir com complicações e óbito, particularmente em crianças desnutridas e menores de um ano de idade. A transmissão ocorre de pessoa a pessoa, por meio de secreções respiratórias, no período de quatro a seis dias antes do aparecimento do exantema até quatro dias após. O último caso da doença registrado em Campo Grande foi em 2002.